The Houston Penetrable
Por: PrisMonteiro • 22/5/2016 • Ensaio • 453 Palavras (2 Páginas) • 461 Visualizações
The Houston Penetrable, Jesús-Rafael Soto, 2004
The Houston Penetrable, obra concebida pelo artista Jesús-Rafael Soto, é uma instalação de grande escala, delicada e sensível, que consiste em um conjunto de tubos de PVC pendentes no teto do Museu de Belas Artes, com a altura de dois pavimentos. Alguns fios têm trecho deles pintado à mão, formando uma brilhante elipse amarela que flutua em uma nuvem de fundo, transparente, e se move em função de efeitos óticos e em resposta a estímulos externos e mudanças na atmosfera.
Trata-se de uma arte cinética, que gera experiências sensoriais de luz, cor e movimento. O movimento acontece com a participação do espectador, quando caminha pela escultura, formando ilusões que animam a escultura e trazem vida à arte, como mágica. De acordo com o conceito de que o espaço precisa ser vivido com todo o corpo e sentidos (e não apenas com os olhos) tem efeito eficaz por ser envolvente em sua forma e densidade, uma vez que é uma arte convidativa ao toque e totalmente imersiva para todas as gerações de visitantes, pois permite a penetração, o manuseio, a possibilidade de experimentar vários ângulos, o enredar-se como em uma floresta de plástico com milhares de braços.
O Penetrável de Houston transmite significado estésico em várias nuances, pois, ao ver de longe, tem-se a sensação leve e delicada de ver um grande sol, em meio à chuva, que paira no ar entre a animação gerada pelos outros participantes. Adentrando completamente à instalação, a obra pode despertar o sentimento agradável de visualizar pequenas ruas que desafiam a passar por elas ou, quando os tubos de PVC reúnem-se em torno do corpo, podem provocar um incômodo, ameaçador e claustrofóbico como estar em uma tempestade ou se afogando em um mar flutuante. É um ambiente de jogo, completo, cujas possibilidades precisam ser exploradas.
“A unidade é a variedade, e a variedade na unidade é a lei suprema do universo.”
Isaac Newton
A composição se enquadra na forma de arte “escultura cinética”, na técnica de “escultura por aglutinação” (aglomeração de partes para a criação de um objeto) e no gênero “abstrações geométricas” e foi construída com produtos sintéticos (PVC- Policloreto de Vinila) que a colocam na vanguarda da Op Art, que se baseia em brincar com as percepções óticas e efeitos visuais como movimento e interação ente o fundo e o foco. Op Art é a abreviação de “Optical Art” e é uma derivação do expressionismo abstrato.
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