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Uma agenda para arquitetura

Por:   •  19/10/2017  •  Resenha  •  437 Palavras (2 Páginas)  •  374 Visualizações

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“A relação entre uma nova intervenção arquitetônica e a arquitetura já existente é um fenômeno que muda de acordo com os valores culturais atribuídos tanto ao significado da arquitetura histórica como às intervenções da nova intervenção” (pag 254)

        O autor afirma nessa frase que não há formas de criar uma lei permanente e que cada caso deveria ser analisado individualmente levando em conta as discussões em que se insere.

        Solà-Morales aborda primeiramente sobre os primeiros modernos, mostrando como exemplos de projetos os arquitetos Mies va der Rohe, Ludwig Hilberseimer e Le Corbusier para reformas urbanas em Berlim e Paris, onde utilizaram a fotomontagem na contradição entre o elemento proposto e o seu contexto é o elemento mais forte da apresentação. O contraste apresentado é enfatizado pela diferença de escala, geometria, material, densidade.

        Do Renascimento ao séc XIX era comum valorizar o objeto pelo seu valor de obra de arte, a partir do séc XIX que se insere um novo valor ao objeto, o “valor do que é velho”. O gosto pelo que é novo é o dominante no período, o valor da novidade (Neuheitswert) em contraste com o valor do antigo (Alteswert).

“O que atrai a atenção do homem moderno é o testemunho de uma determinada época que um momento propicia […] A satisfação estética fundamental provém da necessária alternância entre a arquitetura nova e antiga”(pag 255)

        Solà-Morales afirma que a abordagem de intervenção por contraste (edifício históricos e as novas intervenções nas obras de restauração, que deveriam apresentar a linguagem do momento, linguagem moderna tanto em suas formas como materiais, texturas) adotada pelos modernos não é mais predominante do pensamento contemporâneo e que outras categorias serão abordadas, para isso, apresenta 4 projetos que utilizam de artifícios diferentes do contraste dos modernistas.

  • Eric Gunnar Asplund, 1913 à 1937, a ampliação da prefeitura de Göteborg
  • Castelvecchio em Verona, de Carlo Scarpa, intervenção em um castelo medieval, transformando-o em museu da cidade
  • Giorgio Grassi, o castelo de Abbiategrasso, explica que seu projeto que se baseou na própria arquitetura do edifício existente, baseado na independência entre a nova e a velha estrutura.
  • Rafael Moneo, a ampliação do Banco de España, em Madri, 1980.

“Como operação estética a intervenção é a proposta livre, arbitrária e imaginativa pela qual se procura não só reconhecer as estruturas significativas do material histórico existente como também usá-las como marcos analógicos para a nova construção. […] Todo significado possível e imprevisível se ergue sobre essa analogia.” (pag 262)

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