Aspectos da origem da contabilidade

A origem da contabilidade está diretamente ligada ao comércio e ás atividades mercantil dos primórdios das civilizações. Isso porque a troca, a venda e a compra requeriam acompanhamento e controle das variações de seus bens em cada uma das transações efetuadas e de qual o rendimento de seus valores acumulados, através de registros ou relatórios simples.

Toda essa necessidade gerou certa complexidade, á medida que as operações econômicas se tornavam maiores e com maior intensidade. Dá-se aí o início da contabilidade substancialmente aplicada.

Segundo VIEIRA et al.(1959 apud LOPES DE SÁ, 2002):

“A Contabilidade nasceu na fúria dos negócios e até finais do século XIX, foi sempre feudo dos práticos, pois nunca mereceu atenção de pessoas com bastante saber e engenho para a tirarem do pântano do empirismo e das sistematizações precipitadas.”

O amadurecimento da contabilidade, tornando-se efetivamente tema de estudos, ocorreu através das escolas europeias, principalmente a Italiana, sendo os escritores italianos os pioneiros neste segmento, os quais são tidos até hoje como grandes estudiosos desta disciplina, através de sua conceituação.

Mais tarde, com a descoberta da América, impulsionada pelos desejos dos espanhóis e portugueses de um novo caminho para chegar a Ásia, houve neste território um grande desenvolvimento mercantil e econômico, em função das atividades comerciais e, consequentemente, a necessidade da aplicabilidade assídua do tema em cada uma das negociações, fazendo surgir assim, as escolas norte-americanas, voltadas essencialmente á prática.

Nas próximas páginas, serão abordadas as principais características de cada uma das dessas vertentes da origem da contabilidade, bem como o impacto delas na atualidade do contexto nacional.

1. ESCOLAS EUROPEIAS

O progresso teórico contábil teve grandes evoluções pra a contabilidade, tomamos como base o método inicial contábil divulgado no século XV na obra de Fran Luca Pacioli (Método das partidas dobradas). Logo Após, no período do século XVI, que foi denominado como cientifico, como diz Sergio Iudicibus “É o período a qual preferimos chamara de romântico. É nesse período, que talvez pela primeira vez, a teoria avança com relação às necessidades reais e complexidade da sociedade”. Está faze levou um período longo até os primeiros vinte anos do século XX. A qual a Itália era o cargo chefe e dominava o rio sena contábil. Esse período teve diversos pensamentos contábeis e pensadores.

1.1 Contismo

Foi a escola precursora da teoria, a qual acredita serem as “contas” o objeto de estudo contábil que influenciou grandes contadores da Itália como Giuseppe Bornaccini.

Tinha foco na criação de contas, mas antes dela Degranges criou a teoria das Cinco Contas dividindo as contas em:

1. Mercadorias Gerais

2. Caixa

3. Contas a Receber

4. Contas a Pagar

5. Lucros e Perdas

Posteriormente foi criada a sexta conta que denomina diversas contas.

1.2 Personalismo

Foi a escola que deu personalidade ao Contismo, foi capaz de atribuir direitos e obrigações, baseando-se na responsabilidade da gestão e pessoal, e trouxe substancia ao patrimônio.

Giuseppe Cerboni e Giovanni Rossi partiam do raciocínio de que a relações que motivam os direitos e as obrigações são importantes objetos de estudos, por essa razão, tem-se como conceito mais difundido de patrimônio o conjunto patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações.

1.3 Controlismo

Pelo inicio do XVIII o mestre Fabio Besta vinha trabalhando na teoria do controlismo, suas ideias foram tão relevantes que foram parar no debate do congresso de contabilidade realizado em 1879, em Roma.

Ele se preocupava principalmente com em saber o significado das contas e qual é a sua verdadeira expressão, basicamente se preocupava com o conteúdo das contas.

1.4 Reditualismo

No histórico contábil europeu é de grande relevância falar sobre o reditualismos, que foi desenvolvido principalmente na Alemanha. Tratava-se de uma corrente de ideias que partia do objeto de estudo contábil de reconhecimento de perda ou do lucro, levando em consideração a continuidade na atividade empresarial. Teve como principais lideres do desenvolvimento das ideias Eugen Scmalenbachn.

1.5 Pontos negativos das escolas europeias

As escolas Europeias tiveram contribuições significantes para o desenvolvimento da contabilidade, porém cabe ressaltar pontos negativos, que mais tarde levaram-nas a decadência de algumas de suas características:

• Ausência de visão a pratica da contabilidade;

• Contribuição exclusiva junto à teoria;

• Os grandes pensadores se preocuparam muito com as excessivas informações de contas contábeis e deixaram de lado a contribuição da contabilidade para tomadas de decisões.

2. ESCOLAS AMERICANAS

Com o declínio da Escola Europeia, a Escola norte-americana tornou-se mais importante, pois ela diferenciava-se basicamente em preocupar-se mais com a prática do que com a teoria. Além disso, detinha maior estrutura econômica e política, do que a Escola Europeia naquela época, em função do avanço do poderio econômico anglo saxônico.

A criação do American Institut of Certield Public Accountants teve importância fundamental no desenvolvimento da contabilidade e dos princípios contábeis, pois várias associações não pouparam esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Com ela houve uma grande integração entre acadêmicos e os já profissionais de contabilidade, diferente do ocorrido nas escolas europeias, onde as universidades foram caindo em nível e em importância.

Com o interesse dos Estados Unidos em qualificar as informações contábeis, surgiram duas frentes importantes para desenvolvimento de sua escola: uma pelo lado dos relatórios financeiros e outra pelo lado da contabilidade gerencial, que visava munir os responsáveis de informações para a melhor