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Avaliação do Desempenho Econômico-Financeiro das empresas de telefonia móvel no Brasil: Vivo, Claro, Tim e Oi

Por:   •  7/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  6.229 Palavras (25 Páginas)  •  501 Visualizações

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Avaliação do Desempenho Econômico-Financeiro das empresas de telefonia móvel no Brasil: Vivo, Claro, Tim e Oi.[1]

Paloma Grasiele Sodré da Silva[2]

RESUMO

O objetivo desta pesquisa é analisar o nível de importância dos indicadores financeiros e econômicos para a verificação da situação econômico-financeira nas principais empresas do ramo de telefonia móvel no Brasil. Os índices contábeis têm como característica fundamental fornecer uma visão ampla da situação econômica e financeira da empresa, além de servirem de medida para demonstrar os resultados operacionais das mesmas. Desse modo a pesquisa caracteriza-se como descritiva, do tipo documental, com abordagem quantitativa.

Procurou-se identificar por meio dos Índices de Liquidez, Endividamento, Rentabilidade, Retorno sobre os Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) e Alavancagem Financeira a situação econômica e financeira das organizações comparando seus desempenhos e medindo a capacidade de pagamento a curto/longo prazo. Assim foi utilizada para esta análise os Balanços Patrimoniais, as Demonstrações de Resultados do Exercício e o EBTIDA das empresas, tendo como referência os exercícios de 2010 a 2015. Como resultado das análises demonstradas, concluiu-se, que as empresas analisadas, apresentam uma situação econômica- financeira favorável nos anos estudados, apenas precisando de atenção em relação aos aspectos de endividamentos e participação de Capital de Terceiros.

Palavras-chave: Indicadores Econômico-Financeiros. Demonstrações Contábeis. Análise Econômico-Financeira.

1 INTRODUÇÃO

Desde que o homem iniciou suas atividades empresariais houve a necessidade constante de se conhecer a situação econômico e financeira dos negócios aos quais estavam envolvidos, o que contribuiria para a tomada de decisão e garantia da continuidade da entidade.

As organizações necessitam entre outros de recursos financeiros para realizar suas transações, que podem ser provenientes de fontes próprias ou de terceiros. Nesse sentido se faz premente conhecer os indicadores contábeis de desempenho e como estes influenciam na situação econômico-financeira das empresas, pois é de interesse dos proprietários, investidores e credores, conhecer como as empresas administram suas operações, bem como o impacto das fontes de recursos para alcançar resultados.

Diante desses aspectos, a análise das demonstrações contábeis proporciona uma visão de curto e longo prazo da situação econômico-financeira da entidade, assim os dados apresentados nas demonstrações devem ser fidedignos para que seus gestores possam diagnosticar sua posição atual e produzir resultados que sirvam de base para a previsão de tendências futuras, avaliando os reflexos que as decisões financeiras determinam sobre liquidez, estrutura patrimonial e rentabilidade. 

Um aspecto a ser analisado é a necessidade de capital de giro para a empresa realizar seu ciclo operacional, pois a tomada de empréstimos para manutenção do mesmo, além de comprometer a liquidez, influencia o resultado das mesmas. Uma vez que, sabemos que o aumento do Capital Próprio (PL) em relação ao Capital de Terceiros propicia à organização uma posição mais sólida, diminuindo desse modo a sua vulnerabilidade as mudanças geradas no mercado.

Os credores atuais e futuros das entidades se preocupam com a capacidade da mesma em liquidar suas dívidas, assim temos que a análise de endividamento proporciona detectar a situação financeira da mesma. Desse modo é importante realizar uma verificação pautada em algumas características pertinentes a este indicador, pois recorrer a dívidas como um complemento de Capitais Próprios para realizar aplicações produtivas no seu Ativo muitas vezes é um endividamento sadio, já que as aplicações produtivas irão gerar recursos para saldar o compromisso assumido, em contra partida as que recorrem as dívidas para liquidar outras , tendem a gerar um círculo vicioso e esta poderá se tornar insolvente, acarretando sua falência.

Segundo Brigham (2006) a política de estrutura de capital envolve uma compensação entre o risco e o retorno pois, o uso de mais dívida aumenta o risco para o acionista, mas em contrapartida esta situação conduz a uma taxa de retorno esperada mais alta sobre o capital patrimonial. O autor resume que, a estrutura de capital ótima deve atingir um equilíbrio entre o risco e o retorno, de modo a maximizar o preço da ação da empresa. Ao se realizar investimentos busca-se obter rentabilidade, pois esta demonstra o desempenho econômico-financeiro dos capitais investidos, ou seja, quanto os investimentos renderam sejam eles feito com capital próprio ou de terceiros e qual o grau de êxito para a organização.

Os indicadores básicos de análise de desempenho econômico-financeiro das empresas são classificados de acordo com Assaf Neto e Lima (2009) em quatro grupos: liquidez, endividamentos e estrutura de capital, rentabilidade, e análise de ações. Como complemento desse estudo será utilizado outro indicador que permite conhecer a situação operacional de uma entidade, o EBITDA (Earning before interest, taxes, depreciation and amortization) que significa lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

O EBITDA representa o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. O mesmo para proporcionar uma melhor visão, deve ser calculado junto com outros indicadores, pois é insuficiente para estimar seu real desempenho, visto que pondera somente o resultado final da empresa na grande maioria das vezes, já que pode sofrer influência de fatores difíceis de serem mensurados. Vale ressaltar que este indicador auxilia na análise de crédito e nos múltiplos de avaliação das empresas.

Analisar o desempenho econômico-financeiro de uma empresa, nos permite conhecer entre outras, uma forma de como financiar os negócios, sendo possível perceber que uma utilização de recursos de terceiros com custo inferior ao retorno sobre investimento proporciona uma alavancagem financeira positiva. Nesse sentido conhecer esse indicador é importante para o processo de desempenho organizacional, visto que possui uma relação direta com o grau de endividamento, ou seja, quanto maior o grau de endividamento, mais elevado é o efeito da alavancagem financeira.

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