CONCEITO ORÇAMENTAL

Caruaru

2013

PRODUÇÃO TEXTUAL

1. INTRODUÇÃO

Historicamente percebemos uma mudança significativa na forma de conduzir as empresas e atual cenário econômico, diante da alta competitividade do mercado, torna-se imprescindível que as organizações tenham um processo de gestão empresarial cada vez mais eficiente e eficaz. Com esta visão, o planejamento orçamentário surge como um diferencial para as organizações que utilizam como forma de gerir seu negócio. Através do orçamento é possível controlar o rumo dos negócios, fazendo comparações entre as previsões e o que foi de fato concretizado, bem como avaliar o desempenho dos projetos. Desta forma, é possível classificá-lo como uma ferramenta de extrema importância par o sucesso do empreendimento.

O presente trabalho procura apresentar o orçamento empresarial como uma importante ferramenta para a tomada de decisão e planejamento empresarial, sendo portanto um forte aliado no processo de gestão.

2. CONCEITO DE ORÇAMENTO

2.1. Contextualização

Segundo Lunkes (2003) a necessidade de orçar é tão antiga quanto à humanidade. Desde o tempo das cavernas os homens precisavam prever a necessidade de comida para os longos invernos, com isso desenvolveram práticas antigas de orçamento.

A palavra orçamento, Desde os antigos romanos, já era conhecida e servia para coletar os impostos através de uma bolsa de tecido chamada de fiscus. Contudo, encontramos registros das práticas contemporâneas de orçamento no desenvolvimento da Constituição Inglesa em 1869, pois a Lei determinava que o rei e o primeiro ministro, poderiam cobrar impostos ou gastar recursos com a autorização do Parlamento e posteriormente entregava ao Parlamento os planos de despesas.

Segundo Moreira (1992) o estudo sobre orçamento, nasceu nos anos 20 do século passado como uma ferramenta de gestão de custos. Grandes empresas adotaram de imediato o sistema que estabelecia metas fixas e planejamento contábil para o futuro. Posteriormente, esse sistema foi aperfeiçoado por Henry Ford, que trabalhava sob a lógica de primeiro produzir bens em grande quantidade para depois se preocupar com a venda. Para aquela época, era uma maneira simples e eficaz de se programar operações. Com o aparecimento da administração científica, houve um grande avanço na aplicação do orçamento empresarial. Pode-se observar conforme Moreira (1992) que a gestão organizacional tem evoluído qualitativamente desde o advento da Revolução Industrial, o que tem proporcionado ao longo dos anos o surgimento de novas técnicas para o processo de elaboração de orçamentos.

2.2. Conceito

Para a contabilidade o orçamento é uma demonstração das receitas e despesas de uma empresa, no entanto, de forma globalizada e contextualizada com as novas tendências de mercado o orçamento passa a ser compreendido na própria contabilidade como o processo de planejamento da gestão. Catelli (2001) afirma que os orçamentos devem expressar quantitativamente os planos de ação, refletindo as diretrizes, os objetivos, as metas, as políticas estabelecidas para a empresa, para determinado período, que servem também para a coordenação e implantação desses planos.

Funcionam como um instrumento de controle administrativo de três maneiras:

1- Como meio de organização e direção de um grande segmento do processo de planejamento administrativo;

2- Como uma contínua advertência em procurar desenvolver os planos e programas guiando a administração no dia a dia;

3- Como avaliador de performance real. (CATELLI, 2001. p. 250)

Compreendemos, portanto o orçamento como um instrumento cuja função é direcionar as atividades da organização, com o objetivo de orientar a gestão para que alcance os objetivos estabelecidos no plano de gestão empresarial.

Através do orçamento é possível fazer uma simulação do desempenho da organização, baseados em planos pré-estabelecidos. Desta forma, o orçamento torna-se uma ferramenta de vital importância no processo de gerenciamento de qualquer negócio, servindo de principal fonte de direcionamento para à tomada de decisão.

3. TIPOS DE ORÇAMENTO

3.1. Orçamento Geral.

Entende-se como orçamento geral a elaboração de todas as peças orçamentárias a partir da fixação de determinado volume de produção ou de vendas, ou seja todas as despesas e receitas em um determinado período de exercício.

3.2. Orçamento Flexível.

A base para a elaboração do orçamento flexível é a perfeita diferenciação entre custos fixos e variáveis. Os custos variáveis seguirão o volume de atividade, enquanto os custos fixos terão o tratamento tradicional.

O orçamento flexível uma vez elaborado permite modificações ou ajustes em decorrência dos desvios observados durante a sua execução entre o que foi fixado e o que foi realizado.

4. PONTOS POSITIVOS DO ORÇAMENTO PARA A GESTÃO.

O processo de gestão associada a um controle de orçamento apresenta inúmeras vantagens para a organização assim como coloca Sanvicente e Santos (2000), ”o orçamento obriga a empresa a análise antecipada das políticas básicas”. Tung, 1994, “complementa descrevendo que o orçamento fortalece a administração, por meio do aperfeiçoamento de seus sistemas de registro, análise, relatório, entre outros”.

O orçamento é uma forma de direcionar os gestores a quantificarem e datarem as atividades pelas quais são responsáveis, e com este sistema de mensuração têm-se, portanto um maior controle de todo o sistema gerencial e provisionando os futuros investimentos e realocações de investimentos, o orçamento para ser bem aplicado numa empresa, requer as atitudes apropriadas e o conhecimento da técnica envolvido na sua utilização, exige, portanto, do gestor um maior desdobramento para alcançar os objetivos

5. AS QUESTÕES TRIBUTÁRIAS PARA O ORÇAMENTO

O nível de tributação