CONTABILIDADE COMERCIAL

Resenha

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 9ª ed., São Paulo: Atlas, 2010. Páginas 1 a 60.

Fatos recentes no mundo dos negócios sinalizam que os eventos contábeis são cada vez mais importantes. Hoje, mais do que nunca, o conhecimento de contabilidade é indispensável para criar, analisar e usar as demonstrações financeiras para a boa gestão das organizações. Um bom exemplo de livro que ajudar a entender essa logística, de forma mais aprofundada na contabilidade comercial é o Contabilidade Comercial, 2010, de Ludícibus e Marion.

Essa obra, em sua primeira parte, mostra de forma simples uma revisão contábil geral, trata de conceitos de comércio, sociedades comercias, também aborda a exposição de planos de contas e de abertura de empresas. Os seus exercícios de fixação ao final de cada conteúdo facilitam ao aluno um melhor aproveitamento e entendimento daquele assunto.

Um dos pontos mais marcantes e inovadores da obra é sua abordagem pedagógica. Também se destaca os exemplos práticos, no qual são mostrados passo-a-passo.

Entre os pontos da primeira parte dessa obra que merecem destaque:

• As primeiras origens históricas de comércio: Provavelmente surgiu dos fenícios, desenvolveram-se também na Grécia Antiga e os romanos.
• A classificação de entidades mercantis: Entidades comercias atacadistas, que sua clientela é preferencialmente formada por empresas industrias, agrícolas, das quais utilizam de mercadorias vendidas pelo atacadista como matéria-prima. Já a empresa mercantil varejista comercia os bens de consumo que vão diretamente para o consumidor.
• Definição de contabilidade comercial, no qual Helio Franco conceitua como o ramo da contabilidade aplicado ao estudo e ao controle do patrimônio das empresas comercias, com o fim de oferecer informações sobre sua composição e variações.
• A classificação das sociedades, que possui uma primeira divisão geral em:

1. Sociedade não personificada (Constituída oral ou documentalmente, mas não formalizou o arquivamento ou registro.)
2. As sociedades não personificadas são classificadas em: sociedade comum (explora uma atividade econômica, mas sem registro, sendo conhecida como sociedade de fato ou sociedade irregular. Sociedade em conta da participação (é um contrato de investimento comum em que duas ou mais pessoas sem reúnem para exploração de uma atividade econômica.)

1. Sociedade Personificada (Legalmente constituída e registrada em órgão competente, adquirindo personalidade formal de pessoa jurídica).
2. As sociedades personificadas são classificadas em: Empresária (Atividade própria de empresário), Simples (Atividade de não empresário com registro no Cartório civil) e Cooperativas (legislação Especial e Código Civil).
3. Existem outras subclassificações das sociedades personificadas: Empresária (Sociedade em nome coletivo, Sociedade em comandita simples, sociedade limitada, sociedade por Ações (Lei da S.A) e sociedade em comandita por Ações (Lei da S.A). Simples (sociedade simples ou sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade limitada e cooperativa).
4. O autor também sugere mais subclassificações de tipos de S.A, algumas obrigatoriedades, ações que podem ser praticadas por elas, entres outras atribuições.

• No capítulo 3, o autor aborda uma revisão de contabilidade geral onde mostra a equação do patrimônio, equação do patrimônio ampliada e um breve resumo de estática patrimonial.
• Mostra vários casos práticos de lançamentos envolvendo compras, vendas, pagamentos de obrigações, entre outros.
• Aborda ainda o método das partidas dobradas, como deve ser feita a escrituração em razonetes envolvendo casos práticos.
• No capítulo 4, aborda-se o plano de contas que é estruturado de forma ordenada e leva em consideração características fundamentais, tais como: Tamanho da empresa, ramo de atividade que a empresa opera, sistema contábil etc.
• Analisa cada característica individual da empresa como: Tamanho da empresa, ramo de atividade, o sistema contábil (equipamentos contábeis), interesses dos usuários.
• Apresenta a codificação de um plano de contas de uma empresa comercial.

Acredita-se que para ler e interpretar demonstrações contábeis, os estudantes e profissionais devem aprender a pensar criticamente. É crucial que entendam de onde os números contábeis surgem, qual o significado desses números e o que eles revelam sobre a saúde financeira da empresa. Nesse contexto o livro Contabilidade Comercial, 2010, de Ludícibus e Marion atende esses objetivos, pois desenvolve habilidades críticas e instrumental para o aprendizado da disciplina contabilidade comercial.

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