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COSO - Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission

Por:   •  17/7/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  717 Palavras (3 Páginas)  •  360 Visualizações

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MBA FGV – Gestão Financeira: Controladoria e Auditoria – Turma 20 – Porto Alegre

Andre Franzen

Daniel Bortolini

Daniel Cirne

Fredi Moroni

Heitor Lambert Assmann

COSO - Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission

Em 1975, nos Estados Unidos, foi criada uma iniciativa independente com o propósito de estudar as causas de fraudes nas demonstrações financeiras e contábeis. Era uma comissão formada por integrantes das principais associações de classe dos profissionais ligados à área financeira. Foi batizada de National Commission on Fraudulant Financial Reporting (Comissão Nacional sobre Fraudes em Relatórios Financeiros) e seu foco de análise inicial foi controles internos.

A evolução das atividades dessa comissão culminou com a criação, em 1985, de um comitê. Assim foi criado o COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), uma entidade sem fins lucrativos, dedicada à melhoria dos relatórios financeiros por meio da ética, efetividade dos controles internos e governança corporativa. É patrocinado por cinco das principais associações de classe de profissionais ligados à área financeira nos Estados Unidos (American Institute of Certified Public Accounts, American Accounting Association, Financial Executives International, The Institute of Internal Auditors e Institute of Management Accountants).

Em 1992, o comitê COSO publicou o trabalho Internal Control – Integrated Framework (Controles Internos – Um Modelo Integrado), o qual se tornou referência mundial para o estudo e aplicação de controles internos e traz a seguinte definição:

“Controle Interno é um processo, estabelecido pelo Conselho de Administração, Diretoria, Gerência ou outras pessoas da companhia, desenhado para prover razoável segurança de que os seguintes objetivos sejam atingidos:

1. Eficácia e eficiência das operações;

2. Confiabilidade dos relatórios financeiros;

3. Conformidade com as leis e normas aplicáveis.” (COSO,1992).

Essa definição foca diversos conceitos-chave, como o “processo”, a “garantia razoável” e os “objetivos” do controle interno. O controle interno é considerado um processo, porque deve ser planejado, executado e monitorado pelos diretores e gerentes de uma entidade e porque representa o somatório de uma série de ações integrantes dos processos de uma entidade.

Em 2004, foi publicado o COSO ERM, uma abordagem da estrutura proposta em 1992 direcionada para gerenciamento de riscos. Apenas em 2013 foi publicado novo trabalho com o desenvolvimento de uma Nova Estrutura Integrada, a qual foi formulada para atender às necessidades dos novos ambientes de negócios da atualidade. Abaixo a figura demonstra as principais alterações.

[pic 1]

Com base na concepção de que o controle interno é um processo, o COSO 2013 estabeleceu a atual Estrutura Integrada, dividindo-a em cinco componentes:

  • Ambiente de Controle: é o sistema intangível que permeia os processos e controles da companhia. Quando efetivo, a organização e seus agentes sabem as suas responsabilidades, o limite de sua atuação e agem de forma correta e eticamente adequada;
  • Avaliação de Risco: engloba as atividades de identificação e gerenciamento dos riscos operacionais e estratégicos da empresa, agindo, sempre que possível, de forma proativa, a fim de evitar percalços desnecessários;
  • Atividades de Controle: comumente conhecidos como “controles internos”, é o grupo de atividades de prevenção e detecção de riscos das mais variadas áreas, desde financeiros até de segurança de trabalho;
  • Informação e Comunicação: não há sistema de controles internos que funcione, por mais sofisticado que seja, sem uma comunicação fluída e eficiente entre os níveis hierárquicos e áreas de uma organização. É importante destacar que, nesse componente, não é tratada somente a comunicação que se dá por sistemas formais da empresa, mas também aquela que ocorre por caminhos informais, seja entre colaboradores ou com agentes externos;
  • Monitoramento: é o componente regulador dos anteriores. Comparando com uma metodologia clássica da Administração, é como se fosse a aplicação do PDCA nos sistemas de controles internos, gerenciamento de riscos e comunicação.

A metodologia COSO contribui de forma exponencial no que tange às melhorias dos relatórios financeiros (considerando a ética, a efetividade dos controles internos e a governança corporativa). Apesar de não ter por preocupação a realidade econômica de cada empresa, a metodologia COSO apresenta como resultado novos caminhos às organizações para se tornarem mais competitivas no mercado. Promove também a melhoria nas atividades de controladoria, ampliando a vantagem competitiva das organizações e enfrentando melhor os riscos do mercado. Por fim, promove uma padronização relativa na aplicação e no entendimento universal do sistema de controle interno das empresas e gerenciamento de riscos, como elemento fundamental no governo da entidade e na garantia da obtenção dos objetivos.

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