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Por:   •  30/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.138 Palavras (17 Páginas)  •  245 Visualizações

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1.Introdução

        O presente estudo pretende fazer uma relação entre todos os conteúdos estudados ao longo  do I módulo do curso de Serviço Social do Centro Universitário UNA, tendo  objetivo apresentar a história e o desenvolvimento do movimento LGBT.

        Fundamentado em  dados teóricos ( livros, jornais, revistas, sites) e dados empíricos (visita ao Movimento CELLOS - Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual) onde tivemos contato com integrantes do movimento, o trabalho demonstra a gênesis do movimento, suas principais demandas, sua identidade, as dificuldades enfrentadas pelas pessoas de orientação sexual diferente da heterossexual que é tida como normal e qual a contribuição que os profissionais do Serviço Social dão ao movimento.

        Este Trabalho Interdisciplinar Dirigido, intitulado TIDIR, tem ainda o intuito de conscientizar a respeito do direito ao exercício de sua cidadania que todas as pessoas possuem, independente de sua orientação sexual.

        Esperamos, portanto, atender às expectativas dos professores que nos propuseram o desafio de apresentar a evolução do movimento LGBT e promover uma reflexão acerca do respeito que cada um de nós devemos aos seus integrantes.

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2. Movimentos Sociais

        Movimentos sociais são manifestações de caráter popular com o intuito de promover transformações político-econômicas.

        Em geral são organizações bem estruturadas e que possuem algum grau de solidariedade interna entre seus integrantes que defendem alguns objetivos em comum perante a sociedade.

         Suas atividades se desenvolvem por meio de passeatas, atos públicos, simbólicos e cívicos, promoção de ações judiciais, ocupações de bens públicos, ocupações de propriedades, encampamento de órgãos, agências ou concessionárias de serviços públicos.

3. História do Movimento LGBT

        Estudos arqueológicos nos mostram que a homossexualidade já existia nas civilizações antigas. Os registros homoeróticos mais antigos datam de 12000 A.C.Civilizações antigas como Índia, Egito, Grécia e América retrataram a homossexualidade em cerâmicas, esculturas e pinturas.

Em certas épocas a homossexualidade foi considerada como doença mental ou "perversão" e vários tratamentos psiquiátricos como o tratamento de choque, a lobotomia e a castração foram ministrados objetivando a cura de tal distúrbio.

        O movimento de luta contra a discriminação e de defesa dos direitos, LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), teve início no ano 1970 quando ocorreu uma marcha reivindicativa que marcou o primeiro aniversário do confronto em Stonewall entre gays e a polícia.

        Stonewall Inn, um bar gay da cidade de Nova York, EUA, era alvo constante de ações policiais sendo que estes geralmente agrediam verbalmente os frequentadores do bar.

        Na noite de 28 de junho de 1969 uma dessas ações resultou em confronto entre clientes do bar e policiais.Uma mulher resistiu à detenção e cerca de duzentas pessoas que estavam no bar responderam à violência policial atirando garrafas e pedras contra eles.Nas três noites seguintes ocorreram mais manifestações na Chrisropher Street, a rua onde ficava o Stonewall Inn e essas noites ficaram marcadas na memória da pessoas.

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Desenvolvimento e  Demandas do Movimento

     

        O movimento LGBT surgiu com o intuito de eliminar a idéia homofóbica (de discriminação aos homossexuais) de que o homossexual (aqueles que têm atração afetiva e sexual por pessoas do mesmo sexo) é um ser anormal e inferior e lutar contra a discriminação e marginalização decorrentes de sociedades desiguais e intolerantes na qual a "opção" sexual tida como normal é a heterossexual. A preocupação é promover possibilidades de vivências mais positivas e desconstruir o conceito de que práticas homossexuais são desvios de conduta e de caráter.

         O movimento consiste neste sentido, como espaço onde seus integrantes podem agir com liberdade e se expressarem livremente sem a obrigação de silenciar os desejos, tidos por porções da sociedade como proibidos, errados, anormais e que deveriam ser escondidos. É essa então, a idéia que predomina nas reuniões: a luta por dias felizes e a livre vivà ancia de sua sexualidade.

        As práticas empreendidas pelos homofóbicos (aqueles que discriminam homossexuais) consistem em humilhações, ofensas, extorsões ou até mesmo de homicídeos motivados pela orientação sexual da vítima, sendo que as mais variadas formas de violência são praticadas por vizinhos, colegas de trabalho, instituições públicas como a escola, as forças armadas, a justiça e a polícia ou pela própria família.

        Em países com cultura heterossexual como o nosso, ou seja, países que reprimem os direitos dos homossexuais, a homofobia é um sentimento tido como "normal" pela maioria da população.         Somente no Brasil, segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia-GGB, ela é responsável direta pelo assassinato de 2.403 gays, lésbicas e travestis nos últimos 20 anos. Minas é o 3º Estado em casos de assassinatos homofóbicos com 104 casos que foram identificados como casos de homofobia. (Guia de direitos – 2007 - PAG: 15)

        As ações do movimento baseiam-se em um processo educacional de valorização da homossexualidade promovido através do diálogo com o grande público, pelo confronto e pela negociação. Cada vez mais vem sendo crescente a produção de conhecimento e a luta para a expansão de suas idéias, atingindo o espaço e o debate público e se constituindo como local de luta política.

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        O movimento tal como o conhecemos hoje, com ONGs e campanhas informativas ao público, começou a se organizar no final da década de 70 e início da década de 80. Nesta época não só o movimento LGBT, mas outros grupos sociais, articulavam-se pela defesa da visibilidade, pela promoção da cidadania e pela luta por direitos civis.

        Nunca se discutiu tanto a questão da sexualidade como na contemporaneidade. Cada vez mais o assunto invade nossas casas, escolas, igrejas, órgãos públicos e demais instituições que discutem principalmente sobre aqueles que têm comportamentos "desviantes" e os "modos" de tratá-los.Porém nem sempre tais discussões implicam em aceitação dos GLBT’s.

        Em alguns países ainda impera uma forte repressão. Em países como Angola, Namíbia, Zinbábue, Moçambique, Etiópia, Líbia e Líbano, práticas homossexuais são ilegais e consideradas crimes puníveis com até 10 anos de prisão para aqueles que forem condenados.Já na Mauritânia e no Paquistão pode ser prisão acompanhada de pena de morte e entre os afegãos e iranianos a punição é a pena de morte precedida de mutilações e outras punições corporais.

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