ESTUDO DE CASO BETAPHARM CORP

RESENHA CRÍTICA

REFERÊNCIA: KULP, Susan L.; RANDALL, Taylor. USA: Harvard Business School, 2005.

ESTUDO DE CASO BETAPHARM CORP. (A)

A empresa era uma das maiores empresas do mundo no seguimento farmacêutico, detendo uma cota global de cerca de 5% a 10% (entre os anos de 1996 a 2003) do mercado global, incluía em seu setor de desenvolvimento de medicamentos remédios anti-infecciosos aos que tratavam do sistema respiratório e um número menor de medicamentos ligados aos tratamentos de doenças como depressão, pneumonia e infecções bacterianas. A empresa ficava instalada na América do Norte, que por sua vez era o principal e maior consumidor, representando 49% das vendas mundiais, seguido da Europa (28%) e Japão (11%). Segundo a administração estratégica da Betapharm, todos esses números estavam primariamente ligados ao segmento crescente de idosos diretamente dependentes de medicamentos, aumento da expectativa de vida da população global e maior incidência de doenças crônicas. Neste ponto inicia-se o problema que a empresa viria a enfrentar retratando a crescente crise no mercado farmacêutico global, em destaque o que ocorreria nos próximos anos era uma alta significativa de preço dos medicamentos (causada em sua maioria por programas governamentais mal planejados), escassez de aprovações de novos produtos e a migração para opções genéricas presentes no mercado a partir do ano de 2003, quando 73% das receitas prescritas foram de medicamentos genéricos.

Nesse segmento de mercado, apenas os medicamentos com proteção de patente não poderiam possuir versões genéricas, desta forma, sua produção se tornava mais viável e barata para as farmacêuticas. O que levou a empresa a enfrentar uma “encruzilhada”, pois dispunha de lotes de medicamentos com patentes próximas de seu vencimento ou já vencidos. Assim, a Betapharm deveria assim como outras empresas, investir em vendas e marketing, e em mudanças para aprimoramento e busca por desempenhos mais satisfatórios no que se referia a aumento de demandas e projeções de crescimento de vendas a longo prazo.

Dessa forma, uma saída viável para a empresa se tornou a aquisição de um sistema chamado Emptoris ePass, que facilitou as atividades de busca de fornecedores na internet (os denominados leiloes reversos). Os gerentes da empresa almejavam que o sistema automatizado otimizasse a economia em 12,4% durante o ano de 2004, com os gastos envolvidos nas compras. Para que houvesse a condução desse novo processo, foi criado um grupo de Sourcing, que visava obter menores custos nas aquisições da empresa, esse grupo “especial” possuía membros de diversos setores da empresa onde buscavam tomar as melhores decisões para atender as expectativas da Betapharm em questões como escolhas de produtos e manutenção de seus fornecedores, lembrando que, não se buscava apenas o menor preço ou lance, os critérios de seleção iam além de fatores ligados aos custos gerais, como também aspectos como a qualidade da aquisição, tempo de entrega, e custos necessários para adaptação dos fornecedores aos novos padrões exigidos pela empresa. Priorizando sempre os baixos custos mas mantendo os padrões de qualidade que a empresa exigia.