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Estagio - Criação de uma Empresa - Unopar

Por:   •  19/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.464 Palavras (6 Páginas)  •  337 Visualizações

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3. HISTÓRICO 

A contabilidade é uma ciência que foi desenvolvida nos primórdios da história humana e, como todas as criações úteis dos homens aos homens, perpetuou-se e foi se desenvolvendo ao longo da história, culminando atualmente em um arranjo complexo de conhecimentos úteis ao progresso de empresas, indústrias e instituições. É através da contabilidade que se faz o estudo das variações quantitativas e/ou qualitativas ocorridas no patrimônio de alguma entidade, gerando relatórios com informações deveras úteis para as tomadas de decisões.

Originalmente, a contabilidade surge para auxiliar pescadores, donos de rebanho, dentre outros, a gerenciar o crescimento de seus patrimônios. Os resquícios mais antigos que temos é o da chamada “Contabilidade Empírica”. Ela surgiu numa época caracterizada pela ausência de sistematização dos registros e da falta de estudos de natureza científica sobre o patrimônio. Portanto, as formas da contabilidade empírica são bastante rudimentares.

“Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.

Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal cuja existência se queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes.” (EQUIPE PORTAL DE CONTABILIDADE, 2016)

Na bíblia também se tem passagens que discriminam a existência da “contabilidade empírica”. “No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se tinha! (Gênesis 41.49)”. Ora! Só seria possível perder a “conta do que se tinha” se houvesse contabilidade dos bens e um gerenciamento próprio a eles, mesmo que rudimentar.

A era da contabilidade empírica se inicia no mundo antigo, com as primeiras civilizações, e vai até o fato histórico que definiu a passagem do mundo antigo da contabilidade para o mundo medieval desta ciência: o surgimento do Liber Abaci, de autoria de Leonardo Fibonacci. Esse livro trouxe análises sobre peso, medidas, câmbio, e outros elementos gerais que possibilitaram uma grande evolução ao estudo da contabilidade.

O contexto histórico também requereu que o registro de patrimônios fosse desenvolvido, uma vez que nessa época que foi inventado o moinho, houve o aperfeiçoamento da bússola (consequentemente desenvolvimento das navegações e comércio) e institucionalização das finanças do clérigo. Nesse contexto foi-se surgindo diversos modos de contabilização do patrimônio, dentre eles o “livro caixa”.

A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de mineração e metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos, surgindo, como conseqüência das necessidades da época, o livro caixa, que recebia registros de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e o crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações, e referindo-se, inicialmente, a pessoas. (EQUIPE PORTAL DE CONTABILIDADE, 2016)

Apesar do desenvolvimento favorável à contabilidade, não havia de fato uma classificação, metodologia e normatização una e eficaz para que fosse possível uma análise e construção mais aprofundada. Na idade medieval não se podia caracterizar a contabilidade como uma ciência de fato, pois não se haviam escritos e estudos aceitos sobre, especificamente, o objeto patrimônio. Ao mesmo tempo, o renascimento e ascensão da burguesia requeriam cada vez mais um conhecimento sistemático e racional para orientar o comércio. Foi aí então que houve a publicação do livro "Tratactus de Computis et Scripturis" (Tratado de Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Pacioli, inserindo a contabilidade no mundo moderno.

Esse autor é considerado por muitos como o pai da contabilidade, pois foi o primeiro quem sistematizou os conceitos que envolvem esta atual ciência.

O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir conceituava inventário e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e "Dano"; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc. (EQUIPE PORTAL DE CONTABILIDADE, 2016)

Pacioli, então, foi quem deu o primeiro passo para ser desenvolvida a contabilidade do mundo moderno, a qual posteriormente, no período científico, irá ser caracterizada como uma ciência a ser estudada e analisada como tal. Apesar de não ter sido ele quem desenvolveu o método das Partidas Dobradas, ficou com o mérito da sistematização e seus estudos e conceituações serviram de base para as Ciências Contábeis do período científico.

Os primórdios desse período são consolidados pelos autores Francesco Villa e Fábio Bésta. O primeiro foi o responsável por iniciar a nova fase da contabilidade com sua importantíssima obra do século XIX: "La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche". Nela,

Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento patrimonialista. (EQUIPE PORTAL DE CONTABILIDADE, 2016)

O segundo, Bésta, foi seguidor de Villa, porém não se restringiu à teoria de seu mestre. Inovou, expandiu e demonstrou, nos estudos sobre contabilidade, o elemento fundamental da conta: o valor. Chegou muito próximo à instituir o patrimônio como objeto da contabilidade, mas esse feito foi elucidado apenas por seu pupilo europeu: Vicenzo Mazi. Foi esse quem em 1923 definiu o objeto da contabilidade como sendo o Patrimônio.

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