Estrutura de Capital e Alavancagem Financeira
Por: Roberta Rodrigues • 8/10/2019 • Trabalho acadêmico • 783 Palavras (4 Páginas) • 192 Visualizações
Estrutura de Capital e Alavancagem Financeira
Os investimentos em ativos não circulantes e circulantes precisam ser financiados com alguma fonte de recursos. As lojas físicas e os centros de distribuição, na sua maioria, são construídos em imóveis alugados. Os investimentos necessários nessas instalações têm sido as benfeitorias imobilizadas no ativo não circulante. No passado, a frota de transporte de mercadorias era própria, na sua maioria; porém uma boa parte da frota é terceirizada atualmente. Os aluguéis das lojas físicas e o custo de transporte na distribuição e logística são contabilizadas nas despesas com vendas, enquanto os aluguéis dos centros de distribuição são contabilizados nas despesas gerais e administrativas.
No ativo circulante, os créditos concedidos aos clientes-consumidores são transferidos por meio de cessão de recebível à empresa financeira coligada “Luizacred”, diminuindo as contas a receber de clientes no Magazine Luiza.
Os fornecedores financiam uma boa parte do ativo circulante do Magazine Luiza. Desses fornecedores, em torno de 10% recebem à vista por meio de operação bancária conhecida como “compror”, na qual o Magazine Luiza continua pagando nos prazos normais, mantendo esse passivo na rubrica fornecedores.
A estrutura de capital caracteriza-se pelo alto uso de recursos de terceiros. As fontes de financiamento do mercado financeiro têm se constituído principalmente de capital de giro em moeda nacional e em moeda estrangeira, debêntures, notas promissórias, e financiamentos de FINEP, BNDES e outros bancos de fomento, tais como o Banco do Nordeste.
A alta alavancagem financeira é uma característica geral do setor, através da qual se aumenta a rentabilidade aos acionistas, embora a lucratividade e a rentabilidade operacional sejam relativamente baixas. O nível da alavancagem financeira do Magazine
Luiza tem sido menor do que a da B2W e a das Lojas Americanas nos últimos anos, conforme evidenciado no Anexo A, ao final deste relatório. Porém, era extremamente alta, em função do baixo capital social em relação aos passivos até o IPO ao preço de R$16,00/ação em maio de 2011. A cotação da ação caiu até R$ 1,80/ação em 30/09/2015.
Foi feito um grupamento de 8 ações para 1 em 01/10/2015, passando a R$13,15/ação nesse dia, para reduzir as oscilações da cotação.
A alavancagem financeira havia-se reduzido após o IPO, porém voltou a aumentar até 2015, quando o desempenho da empresa e do setor como um todo foi desastroso. A partir de 2016, a empresa adota uma nova estratégia financeira. Identificada como a medida de “disciplina financeira” no conjunto de medidas de reestruturação, pode ser notado o começo da mudança da estrutura de capital, reduzindo os empréstimos e financiamentos, embora o endividamento total não diminua.
Além disso, o bom desempenho operacional e o mercado de capitais apresentando otimismo para a recuperação da economia facilitaram a implementação desta nova estratégia financeira. Após chegar ao menor nível em 14/12/2015, a ação da empresa passou a ser valorizada no mercado progressivamente e chegou ser cotada a R$621,70/ação em 04/09/2017. Foi, então, realizado o desdobramento de 1 ação para 8, passando a ser cotada a R$ 82,00/ação em 05/09/2017. Nesse ano, a empresa
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