GESTÃO DE CUSTOS NA TOMADA DE DECISÃO

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA – FCHE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JÉSSIKA PEREIRA DE FREITAS

GESTÃO DE CUSTOS NA TOMADA DE DECISÃO

Uma abordagem da gestão de custos aliada a contabilidade gerencial: um estudo direcionado a maximização do lucro em uma empresa de prestação de serviços do segmento de diagnóstico por imagem.

Recife-PE

2018

GESTÃO DE CUSTOS NA TOMADA DE DECISÃO

Uma abordagem da gestão de custos aliada a contabilidade gerencial: um estudo direcionado a maximização do lucro em uma empresa de prestação de serviços do segmento de diagnóstico por imagem.

JÉSSIKA PEREIRA DE FREITAS

Trabalho de conclusão de curso de graduação em Ciências Contábeis da Faculdade de Ciências Humanas Esuda – FCHE.

Orientador (a): Prof. Célio Roberto Oliveira

Recife-PE

2018

1. Introdução

Com a alta competitividade no mercado, observada nos últimos tempos em todas as áreas e ao passo que os clientes buscam por produtos e serviços de boa qualidade e melhores preços, as empresas obrigam-se a atender às exigências para permanência no mercado e com o desafio de aplicar preços suficientes para cobrir seus custos e despesas e apresentar um retorno ao empreendimento.

Os gestores, por sua vez, independente do ramo de atividade ou do porte da empresa, devem ter como ferramenta a tomada de decisão. É neste momento que a contabilidade deixa de servir como técnica e assume função relevante no setor gerencial, tendo em vista que essas empresas necessitam de estratégias eficientes e capazes de tornar real a sobrevivência no ambiente competitivo. Martins (2003) afirma que devido ao crescimento das empresas e o distanciamento do administrador junto aos seus ativos e dados numéricos, surge então, o interesse e uso da contabilidade de custos como ferramenta gerencial.

Então, tem-se que, a contabilidade gerencial surgiu da necessidade dos gestores em terem informações confiáveis e trabalhadas de uma forma que possibilitem a tomada de decisão, em relação a capacidade produzida ou à fixação de preços de vendas, quando a informação gerada a partir da gama de dados existentes, chega ao ponto de verificar a lucratividade de seus produtos e serviços.

Nesse contexto, levantou-se o seguinte questionamento: como elevar a margem de lucro operacional de uma empresa de serviços de diagnóstico por imagem aliando a contabilidade de custos à contabilidade gerencial?

Vanderbeck (2001), em sua literatura aborda que a contabilidade de custos fornece os dados detalhados sobre custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e planejar o futuro, e as informações que permitem à gerência alocar recursos para as áreas mais eficientes e rentáveis da operação. Diante disso, torna-se essencial a utilização das analises como a do ponto de equilíbrio, a margem de contribuição, margem de segurança e alavancagem na relação custo, volume e lucro, para fins de identificação dos desperdícios e a melhora contínua da atividade empresarial.

1. Fundamentação teórica

1. Noções Introdutórias

A contabilidade, de acordo com Marion (2003), é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem para a tomada de decisão.

Medeiros (2010, p. ) afirma que,

A contabilidade é a ciência que tem como objetivo observar, registrar e informar os fatos econômico-financeiros acontecidos dentro de um patrimônio pertencente a uma entidade; mediante a aplicação do seu conjunto de princípios, normas, técnicas e procedimento próprios.

1. Contabilidade de Custos

A contabilidade de custos surgiu da contabilidade geral ou financeira, pela necessidade de controle e avaliação dos custos nas indústrias, assim como, pela necessidade de tomar decisões em relação ao que, como e quanto produzir. Conceitua-se contabilidade de custos como o ramo da Ciência Contábil que se destina a avaliar, registrar e controlar os gastos envolvidos no processo produtivo de um bem ou serviço, com o objetivo de fornecer informações de interesse aos usuários, servindo de apoio as decisões gerenciais.

        Para Cherman (2002, p. 10), a contabilidade de custos tem a finalidade de auxiliar na

“avaliação dos estoques; apuração dos resultados; controle das atividades produtivas e tomada

de decisão”. Percebe-se que parte significativa das informações produzidas pela contabilidade de custos não se destina ao público externo, vale ressaltar que são informações gerenciais elaboradas para os empresários e administradores. Neste sentido, uma das principais finalidades da contabilidade de custos é auxiliar os gestores das empresas, fornecendo informações de planejamento, controle e tomada de decisão.

Os aspectos conceituais mais relevantes para este estudo envolve ferramentas para analise de custo-volume-lucro, e para determinar a relação objetos de custos, é preciso separá-los em custos diretos e indiretos. Assim, Horngren, Foster e Datar (1997), conceituam cada qual com sua característica.

Custos diretos de um objeto de custo são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo e que podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo).

Custos indiretos de um objeto de custo são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo, mas não podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo). Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo através de um método de alocação e custo denominado rateio.

E para se discutir questões de planejamento e controle faz-se necessário um conhecimento a respeito do que são custos fixos, variáveis, que para Horngren, Foster e Datar (1997),

Um custo variável é um custo que se altera em montante em proporção às alterações num direcionador de custo. Um custo fixo é um custo que não se altera em montante apesar de alterações num direcionador de custos. Um direcionador de custos, também chamado de determinante de custo, é qualquer fator que afeta os custos totais. Isto significa dizer que uma mudança no direcionador de custo implicará uma alteração dos custos totais de um objeto de custo.