Gestão Industrial
Por: cristinabiava • 28/4/2015 • Trabalho acadêmico • 2.650 Palavras (11 Páginas) • 225 Visualizações
Gestão Industrial
1. INTRODUÇÃO
O senhor Pedro Sucesso, é um dos diretores da empresa Mardolina S/A, ele tem algumas dúvidas ligadas à gestão industrial. Através da realização deste estudo, pretende-se apresentar ao Sr. Pedro Sucesso uma visão sobre a Contabilidade Industrial, seus Custos, no caso os custos inerentes ao produto vendido, sobre a formação dos preços de vendas e seus tributos.
2. Contabilidade Industrial na atualidade
Ao analisar a ampla e completa literatura sobre a contabilidade de custos podemos encontrar vários conceitos apresentados. Esses conceitos demonstram algumas diferenciações.
Todavia, qualquer que seja o conceito de contabilidade de custos utilizado identifica o registro, acumulação e organização dos custos relativos às atividades operacionais do negócio e auxilia a administração na tomada de decisões e de planejamento.
Um sistema de contabilidade de custos é desenvolvido para atingir finalidades específicas, que podem estar relacionadas com o fornecimento de dados de custos para a medição dos lucros, determinação da rentabilidade e avaliação do patrimônio, identificação de métodos e procedimentos para o controle das operações e atividades da empresa e a provisão de informações sobre custos para a tomada de decisões e planejamento através de processos analíticos.
2.1 Sistemas De Acumulação De Custos
É de suma importância inicialmente conceituar o sistema de acumulação de custos, e este corresponde ao ambiente básico no qual operam os sistemas e as modalidades de custeio. Desta forma, primeiramente, antes de decidir quanto ao sistema ou à forma de custeio a ser adotada, a empresa deverá escolher o seu sistema de acumulação de custos, orientando-se, pelo sistema produtivo da empresa.
O sistema de acumulação de custos tem por objetivos a identificação, a coleta, o processamento, o armazenamento e a produção das informações para a gestão de custos. O tipo de sistema de acumulação de custos a ser adotado pela empresa é totalmente dependente do produto ou do serviço produzido, bem como do processo de produção empregado.
Definem-se como sistemas de acumulação de custos dois sistemas básicos de produção: o sistema de produção por encomenda e o sistema de produção continua. Onde o sistema de produção por encomenda é caracterizado pela fabricação descontinua de produtos não padronizados. E já o sistema de produção continua caracteriza-se pela fabricação em série de produtos padronizados.
Como citado anteriormente, a escolha do melhor sistema de acumulação de custos deve ser realizada após conhecer a produção da empresa, quando o sistema produtivo for descontinuo, produzindo bens ou serviços não padronizados, seguindo a solicitação dos clientes. Para estas empresas o sistema de custeio mais indicado é o sistema por ordem ou encomenda.
Já pensando nas empresas que produzem em série, bens ou serviços padronizados, será indicada a adoção do sistema de acumulação de custos por processo.
a) Custos por ordem de produção: este é o sistema no qual cada elemento do custo é acumulado segundo ordens específicas de produção referentes a um determinado produto. As ordens de produção são as solicitações realizadas pelos clientes, e estas são emitidas para o início da execução da atividade produtiva e nenhum trabalho poderá ser iniciado sem que seja devidamente precedido pela emissão da correspondente ordem de produção. Os termos "ordem de fabricação", "ordem de serviço" ou "ordem de trabalho" são sinônimos de "ordem de produção".
b) custos por processo: o sistema de acumulação por processo é usado, constantemente, na contabilização dos custos de produção em grandes quantidades. Normalmente, todos os produtos são fabricados para estoque, onde uma unidade de produção é idêntica a outra, os produtos são movimentados no processo de produção continuamente, e todos os procedimentos de fábrica são predominantemente padronizados.
2.2 Custeios Variáveis
O Custeio variável considera que os custos fixos não devem ser inseridos no custo dos produtos ou serviços ofertados, considerando que apenas os custos variáveis incidem na elaboração do produto. Neste caso, os custos fixos são tratados como despesas do período.
Confirma-se nas palavras de PADOVEZE, DIAS (2007) utiliza-se para custeamento dos produtos da empresa, apenas os gastos variáveis e/ou diretos, suja apropriação não constitui nenhuma dificuldade. Com isso, elimina-se a necessidade de rateios e estimativas e, conseqüentemente, as distorções geradas por eles.
Pode receber outras terminologias, tais como custeio direto ou marginal (MÜLLER, 1996). Kraemer (1995) ressalta que “defensores do custeio variável afirmam que os custos fixos estão mais estreitamente relacionados com a capacidade de produzir do que com o volume de produção, e que qualquer rateio destes aos produtos (ou as atividades) é subjetivo e altamente questionável”.
Vale lembrar que este sistema de custos não é permitido pela legislação fiscal, e serve somente para fins gerenciais. Mesmo não sendo aceito pela legislação fiscal, o custeio variável apresente vantagens sobre as demais. Podemos destacar as seguintes:
- Apresenta o Resultado Operacional em função das vendas
- Não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar custos fixos, já que esses são deduzidos diretamente do resultado.
- Torna evidente a Margem de Contribuição de cada produto, muito utilizada no processo decisório.
2.3 Custeios Por Absorção
O Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os custos (sejam eles fixos ou variáveis, diretos ou indiretos) à produção do período. Os gastos que não são efetuados para a produção (despesas) são excluídos.
A maior distinção no custeio por absorção é entre custos e despesas. Essa separação é importante porque as despesas são contabilizadas imediatamente contra o resultado do período. E também somente os custos relativos aos produtos vendidos terão o mesmo tratamento.
Nas palavras de Martins (2000, p. 41-42), “o custeio
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