O CUSTO PADRÃO
Por: Nathalia Dark • 17/6/2019 • Resenha • 3.463 Palavras (14 Páginas) • 149 Visualizações
CUSTO PADRÃO
CONCEITOS
* São custos já pré-determinados calculados antes da realização da atividade.
* É considerado mais como uma técnica auxiliar, do que propriamente uma forma de contabilização dos custos.
* É o sistema de custo mais eficaz para se controlar os custos da empresa e pode ser utilizado tanto pelo sistema de Custeio Direto quanto pelo Custeio por Absorção, ou seja, sua utilização não significa a eliminação da apuração do custo real incorrido.
* Sua utilização não é admitida para efeito fiscal.
TIPOS DE CUSTO PADRÃO
Custo Padrão Ideal
Custo ideal de fabricação de um bem como se o fosse em um laboratório, considerando: Matérias-Primas ideais, Mão-de-Obra ideal, capacidade produtiva ideal. Em desuso.
Custo Padrão Corrente
Valor que a empresa fixa como meta para um período, para um determinado produto ou serviço, considerando as diferenças:
- Qualidade das Matérias-Primas;
- Mão-de-Obra;
- Equipamentos.
D I F E R E N Ç A S | |
CUSTO PADRÃO IDEAL | CUSTO PADRÃO CORRENTE |
Só exclui ineficiências que tecnicamente não podem ser eliminadas. | Considera ineficiências da empresa. |
Calculado em laboratório, distante da realidade. | Calculado com base em estudos teóricos, mesclados com pesquisas e testes práticos. |
Considera os melhores fatores de produção que a empresa deveria ter. | Considera fatores de produção que a empresa pode ter |
Meta de curto e médio prazo, que dificilmente será alcançada. | Meta de longo prazo que poderá ser alcançada. |
O custo padrão corrente se assemelha ao custo estimado, embora guarde diferenças básicas:
D I F E R E N Ç A S | |
CUSTO PADRÃO CORRENTE | CUSTO ESTIMADO (ORÇADO) |
Custo que deveria ser. | Custo que deverá ser. |
Mais elaborado, exigindo estudos. | Utiliza-se a média de números do passado. |
Mais científico, unindo aspectos teóricos e práticos da produção. | Só considera aspectos práticos. |
Exemplo: | Exemplo: |
Neste existe a verificação da capacidade de produtividade de cada equipamento. | Utiliza-se a média de produtividade dos equipamentos no passado. |
OBJETIVOS
OBJETIVOS GERAIS
A - Auxiliar o controle das operações, fixando uma base de comparação entre o custo que ocorreu e o que deveria ter ocorrido, cuja diferença é chamada de “variação de custo”.
B - Causa um efeito psicológico sobre o pessoal envolvido, podendo ser positivo ou negativo, dependendo da forma de tratamento dispensado à implantação.
Exemplo: Estabelecer metas inatingíveis, que o pessoal envolvido sabe que não vai atingir, poderá criar um ambiente desfavorável.
C - Criar na empresa a obrigação de registrar e controlar os custos em valores e quantidades físicas de fatores de produção(coeficientes técnicos).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
A - Promover e medir eficiências (eliminando ineficiências);
B - Controlar e reduzir os custos;
C - Simplificar os procedimentos de custos;
D - Fixar preço de venda;
E - Avaliar gerencialmente os inventários.
FIXAÇÃO DOS PADRÕES
O padrão deve ser sempre que possível fixado em quantidades físicas e de valores quer de materiais, mão-de-obra, horas de máquinas, etc. Estas tarefas são mais de responsabilidade da engenharia de produção do que da contabilidade de custos.
MÉTODO PARA FIXAÇÃO DOS PADRÕES
A - Examinar a planta dos diversos setores da produção, com o propósito de racionalizar o segmento das etapas de produção;
B - Definir o melhor lay-out do processo produtivo que possibilite o menor custo operacional;
C - Verificar os menores tempos possíveis dos principais eventos do processo produtivo;
D - Estabelecer critérios racionais para elaboração do orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação - CIF;
E - Propor tempos de mão-de-obra direta por unidade produzida;
F - Padronizar quantidade de material direto por unidade produzida;
G - Adequar o “Plano de Contas” de forma a permitir a consecução dos objetivos pretendidos;
H - Fazer uma projeção de todo processo operacional.
VALORIZAÇÃO DOS PADRÕES
Devem ser fixados em uma moeda forte, para servir de base de comparação na moeda atual, em épocas de inflação elevada, podendo utilizar-se do seguinte esquema:
1º - Transformar os valores a prazo, para valor presente;
2º - Transformar os valores apurados na moeda atual, no dia da fixação do Custo Padrão, em uma moeda forte(“que sofra menos influências externas”).
3º - Quando da comparação e análise do Custo Padrão com o custo real, transformar novamente o custo padrão em moeda atual, do dia da análise.
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