O Orçamento Familiar

ORÇAMENTO FAMILIAR

OLIVEIRA, Rogério^[1]

VICENTE, Jones F.^[2]

RESUMO: O planejamento e o orçamento financeiro, é uma ferramenta muito eficaz para obter o controle das receitas e despesas, contribuindo significativamente no processo decisório da gestão do seu dinheiro. Este artigo tem por objetivo apresentar o orçamento familiar como uma importante ferramenta para cuidar da saúde financeira, obtendo um controle exato das receitas e despesas mensais auferidas. Algumas pessoas resistem em adotar métodos que ajudem a controlar o orçamento doméstico ou com o planejamento financeiro pessoal. Na maioria das vezes, a demora na busca de soluções podem acarretar em sérios problemas financeiros, porem de grande relevância para o bem estar pessoal e familiar. Em plena crise no país, o desemprego aumentando, é bem mais fácil culpar o governo, a inflação e os impostos abusivos, do que obter medidas para controlar os desvios do dinheiro. O ser humano em si quando gasta o seu dinheiro, faz com a finalidade de atender as suas necessidades, mas nem sempre é assim, muitas das vezes compramos coisas sem ser exatamente necessárias, somente para satisfazer nossos desejos, utilizando cartões de credito, cheques especiais e empréstimos. Os problemas financeiros acontecem na maioria das famílias, onde a falta de controle do dinheiro acarreta não somente na obtenção de dividas, mas sim na tranquilidade do lar e o convívio com a família. O orçamento doméstico é uma importante ferramenta para conviver com a crise em paz.

Palavras-chave: orçamento familiar, planejamento financeiro, endividamento.

 

1. INTRODUÇÃO

Desde o começo dos tempos, as famílias, mesmo que rusticamente controlavam seus bens de alguma maneira. As práticas de controle das entradas e saídas de recursos financeiros auferidos mensalmente, variam das mais rusticas ou são realizadas sem planejamento algum.

Os hábitos de consumo dos brasileiros, por necessidade ou por desejo, nos últimos anos, nos obriga a conviver com financiamentos, parcelamento em lojas, cartões de credito, empréstimos, que na maioria das vezes é feito sem o controle e consequentemente obtendo dividas e os problemas financeiros.

Na maioria das vezes, o dinheiro gasto com coisas desnecessárias poderia ser poupado para investir em uma capacitação profissional, o que poderia significar uma melhoria na condição financeira, contribuindo para o bem estar da família.

A solução é a implantação do Orçamento Familiar. No início há resistência por partes das pessoas envolvidas, pois nenhuma pessoa gosta de mudanças repentinas ou de seguir regras. Mas não é tão complicado, é apenas questão de costume, pois depois, seguindo o orçamento e observando o quanto pode economizar, tudo se torna simples, vantajoso e até satisfatório.

A família consegue chegar no fim do mês com sobra financeira, pode guardar esse dinheiro em uma poupança ou investir em algo mais rentável. Um orçamento familiar bem elaborado, pode fazer mais pelo futuro do que vários anos de trabalho, o ato de poupar, permite que se adquira imóveis, faça uma viagem desejada, ou supere épocas difíceis. Poupar para emergências também é uma medida inteligente, pois a vida de vez em quando nos traz surpresas desagradáveis, como doença na família, acidente de carro e outras situações.

Esta falta de conhecimento de como se lida com o nosso dinheiro, juntando com a falta de planejamento já vem desde o ensino fundamental e médio, pois não estudamos, de maneira formal, por meio de conteúdos disciplinares, noções de comercio, economia, finanças e tributos.

O objetivo deste trabalho é mostrar que as famílias ou as pessoas em si podem usufruir de uma tranquilidade financeira, e que consequentemente trará diversos outros benefícios, garantindo a segurança no futuro.        

        

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Diante da situação de incerteza econômica atual, a melhor coisa a fazer é economizar nas compras, e a pior é recorrer a empréstimos. A organização da vida financeira é essencial para evitar o superendividamento. Para isso, é necessário definir as necessidades da família e planejar gastos, considerando sempre a renda disponível.

A falta de um orçamento familiar levam a maioria das famílias ao excesso do consumo através, dos cartões de credito, crediários em lojas, cheques e empréstimos.

Endividamento é um fator decisivo que tira o sono e a paz de muitas famílias, que consequentemente causa o stress e brigas, levando até a separação da família.

Para quem não controla seus gastos, ou tem compulsão por comprar coisas, a facilidade de contrair dívidas, nomes negativados é muito grande. Principalmente com grandes descontos, promoções e parcelamento em várias vezes, tornando a situação mais difícil ainda de ser resolvida.

Uma pesquisa realizada em março/2016 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostra que 58 milhões de devedores estão negativados. O superendividamento é um problema que se torna ainda mais grave em períodos de crise econômica, quando a perda do emprego é uma realidade em muitas famílias.  

A falta de planejamento financeiro e utilização inconsequente do credito geram o endividamento das famílias, que passam a utilizar parte de sua renda para o pagamento de juros, reduzindo a possibilidade de consumo e investimentos. É muito importante que a família tenha consciência que de sua renda, apenas uma parcela se destine ao pagamento de prestações e empréstimos. Por isso a criação de um planejamento financeiro é essencial.

O fato do brasileiro viver em uma cultura voltada ao consumismo e, também pelo acesso fácil a créditos pessoais e aos empréstimos, que alguns anos atrás não existiam, acabaram gerando o endividamento das famílias. Os brasileiros em si são educados desde crianças que necessita sempre de algo novo para satisfazer-se. Isso tudo pela ideologia do consumismo, que é manipulado pela mídia.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo possui caráter exploratório, sustentado na pesquisa bibliográfica, no qual os dados foram buscados em livros e internet, que serviram de suporte para direcionar a pesquisa e as discussões dos resultados apresentados.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para desenvolver um orçamento familiar adequado, a família tem que ter conhecimento dos valores, objetivos e prioridades e, os objetivos devem refletir honestamente seus desejos e necessidades ao longo da vida.

No orçamento familiar devem constar as receitas e despesas de todos os membros que fazem parte do grupo familiar, pois é uma maneira de apurar o que está sendo gasto hoje, além de planejar as despesas de forma antecipada, para não gastar mais do que se ganha.