Prova economia
Por: Emerson Viana • 18/9/2015 • Ensaio • 2.777 Palavras (12 Páginas) • 861 Visualizações
1 Conceito de economia
Você já deve ter ouvido falar a palavra “economia” milhares de vezes, não é mesmo? Desde
que era criança, ouvia seus pais dizerem que é preciso fazer economia, e depois que passou a
entender melhor o mundo, ouviu essa palavra ser pronunciada por uma porção de pessoas e
com as mais diversas utilizações. Tem economia financeira, economia política, microeconomia,
macroeconomia... Ufa!
Mas o que é economia, afinal? A origem da palavra é atribuída a Aristóteles, filósofo e matemático
grego que viveu entre 384 e 322 a.C. É a junção da palavra grega oikos (casa) e nomos (norma,
lei), e deve ser entendida como “administração da casa”, ou “administração da coisa pública”.
Nos tempos modernos, a economia passou a ser a ciência social que estuda a forma pela qual
os homens, as nações ou as instituições empregam seus recursos na produção de bens e serviços
para atender às suas necessidades.
A humanidade somente sentiu a necessidade de estudar economia ou ciências econômicas em
função da falta ou insuficiência de alguma coisa, ou seja: a escassez. Observe que existe um
eterno conflito entre as nossas necessidades e os recursos disponíveis. As nossas necessidades
são ilimitadas, enquanto os nossos recursos são escassos.
Vamos entender isso de outra forma. Um antigo professor de economia costumava perguntar
aos seus alunos, logo na primeira aula: quem aqui ganha pouco? E solicitava que os alunos que
julgavam ganhar pouco levantassem uma das mãos. Quando me vi diante desse questionamento,
levantei as duas mãos, confesso.
Para minha surpresa, o professor disse para eu experimentar viver na época dos meus avós, em
que certamente meus ganhos seriam mais que suficientes.
Isso me forçou a uma rápida reflexão: meus avós não tinham automóvel, televisão, telefone,
micro-ondas, TV por assinatura, celular, computador, máquina de lavar roupas etc. Sem contar
que não tinham qualquer conforto em sua residência, como chuveiro elétrico, banheiro interno,
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água tratada, esgoto, fogão a gás etc. Também tinham pouco acesso ao lazer, não viajavam,
não iam ao cinema, ao teatro, ou a algum show musical, aliás, pouco sabiam da existência de
artistas.
Dá para entender facilmente por que meus ganhos são insuficientes, não é mesmo? Eu tenho
outras necessidades, e olha que elas são infinitas, ou melhor, não basta mais eu ter um automóvel,
que deveria ser o sonho de consumo dos meus avós, um automóvel para a família inteira. As
famílias modernas possuem a necessidade de um automóvel para cada membro da família. A
vida nos impõe isso.
Agora, vamos sair do plano individual para o plano coletivo. Nesse plano, quando você ouvir
falar de necessidade, esteja certo de que alguém está se referindo aos bens e serviços que
garantem a nossa sobrevivência enquanto espécie.
Você já pensou em uma lista para as suas necessidades? Somente para ajudá-lo, elaborei uma
lista das necessidades do homem atual, e é bem provável que sua lista seja muito parecida com
esta:
• Alimentos;
• Vestuário;
• Moradia;
• Móveis para a casa;
• Água tratada e saneamento básico;
• Eletricidade;
• Utensílios domésticos;
• Eletrodomésticos;
• Transporte;
• Lazer e recreação;
• Educação;
• Saúde;
• Segurança;
• Cultura.
Observe que a lista é infindável, e existe apenas uma pequena parcela da humanidade que
consegue usufruir da totalidade da lista de necessidades humanas. Uma parcela significativamente
maior consegue acesso somente a uma parte da lista, a parte denominada necessidades básicas,
ou seja, as necessidades ligadas às questões de sobrevivência.
Porém, milhões de pessoas em todo o mundo não conseguem alcançar a lista de necessidades
básicas como um todo, e ainda assim em quantidades insuficientes. Você já imaginou quantas
pessoas passam fome no mundo? Ou no Brasil? Quantas pessoas não têm acesso a água
tratada ou saneamento básico? Quantas pessoas moram na rua? Pois é, o nome dessa situação
8 Laureate- International Universities
Visão Geral das Questões Econômicas Fundamentais
é “exclusão social”. Os socialmente excluídos não possuem acesso aos bens e serviços mais
elementares para a sua sobrevivência e, por conseguinte, não participam das decisões da
sociedade.
Outro detalhe importante que precisa ser levado em consideração é que, dentre a parcela da
população
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