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Relatório de Estágio Supervisionado

Por:   •  27/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.460 Palavras (18 Páginas)  •  262 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Vivemos em uma sociedade baseada no consumo, influenciada pelo marketing das empresas. O papel da propaganda é nos deixar infelizes com que temos e criar o desejo de possuir o novo para ser feliz, para isso, divulga-se a ideia da felicidade comprada. O consumidor tem como ideal de vida preponderante sua potência de consumo, e se realiza consumindo. O sucesso social e a felicidade pessoal são identificados pelo nível de consumo que o indivíduo tem. Dessa forma, o indivíduo que cresce nesse ambiente consumista dificilmente aprende valores subjetivos que o edificam como ser pensante e emotivo.

Por outro lado, essa mesma população está cada vez mais consciente e exigente de seus direitos. Selos de certificação e de garantia nos produtos já são requisitos indispensáveis para responder às crescentes exigências de qualidade presente nos mercados doméstico e internacional. Da mesma forma, os serviços disponibilizados também deverão corresponder às expectativas dos consumidores, principalmente no que se refere aos critérios de conforto e rapidez. Isto permitirá não somente adequá-los às normas de qualidade e aos requisitos de aparência, funcionalidade e facilidade de manutenção exigidos pelo consumidor, como garantirá também o acesso à informação em tempo real da história, aplicação, localização e os processos aos quais o produto está relacionado.

A partir dessa realidade, as empresas têm investido esforços pela eficiência na política de relacionamento com o cliente. Segundo Bogmann (2002, p.21), “fidelização de clientes é o processo pelo qual um cliente se torna fiel, isto é, aquele cliente que sempre volta à empresa por estar satisfeito com os produtos ou serviços oferecidos”. Para Lovelock (2001, p.150), “fidelidade está relacionada à permanência do cliente por um período de tempo, sendo consumidor repetidas vezes”. Stone (1998, p.15) reforça esta perspectiva, dizendo que, “muitas empresas investem em planejamento e implementação de programas de marketing, visando despertar o interesse de um maior número de clientes”.

Na sociedade de hoje, onde mercado, produtos, tecnologias, concorrências e organizações estão sujeitos a frequentes mudanças e a exigências cada vez maiores por serviços sofisticados e personalizados, a inovação e o conhecimento converge-se em fontes essenciais para vantagens competitivas e sustentadas, ou seja, a base para o crescimento econômico e o aumento da produtividade. Essas transformações nas organizações requerem um novo perfil de colaborador, com competência, atitudes e capacidade intelectual que conduza a um pensamento sistêmico e crítico, capaz de reconhecer que o seu comportamento contribui, de forma decisiva e intensiva, para o sucesso da Organização, mudando um pouco os ativos convencionais.

Um dos principais problemas com os quais os recém-formados se deparam é a dificuldade de ingressar no mercado de trabalho de suas profissões. As empresas esperam que o trabalhador seja mais flexível, apresentando maior repertório de habilidades e competências (LASSANCE & SPARTA, 2003). A conquista de um espaço no mercado depende de características pessoais, competências específicas, redes de relações e capacidade de ajustar-se a diferentes demandas de trabalho. Um fator importantíssimo para se enfrentar o novo momento econômico é a questão da inteligência, observando que as quatro maiores fortunas do mundo de hoje não foram herdadas, mas adquiridas nos últimos anos como inteligência, ideias e capacidade de enfrentar e resolver os problemas de uma forma mais simples.

Essa postura das empresas leva à suposição de que a preocupação dos estudantes com o futuro profissional os faça ingressar no mercado mais cedo, ou planejar esta inserção como prioritária. Antecipando as dificuldades que vão encontrar e a possibilidade de desemprego, eles apresentam comportamentos que podem ajudá-los a enfrentar tais dificuldades ou dar-lhes algumas vantagens na dura concorrência do mercado. Por exemplo, é mais fácil entrar no mercado de trabalho como estagiário ou num cargo inferior e no momento da formatura ser reclassificado. Além disso, quanto maior for a experiência profissional maiores serão as possibilidades no mercado de trabalho. O tempo de experiência tem se tornado um requisito fundamental em seleção de pessoal.

O estágio é uma oportunidade para aquisição, pelo graduando, de experiência profissional em situações reais de trabalho, além de contribuir para ampliar e fortalecer atitudes eticamente corretas, conhecimentos e competências. A partir daí, as empresas saberão o que esperar do estagiário, os gestores e coordenadores de empresas estarão sempre observando um estagiário comprometido, pois, ele pode se tornar um eficiente colaborador no futuro, pois, o perfil de estagiário que as empresas querem é um estudante com força de vontade, disposição e responsabilidade.

O Estágio Supervisionado é uma atividade que propicia ao aluno adquirir a experiência profissional que é relativamente importante para a sua inserção no mercado de trabalho. O estágio é o momento em que o futuro profissional tem oportunidade de entrar em contato direto com a realidade profissional no qual será inserido, além de concretizar pressupostos teóricos adquiridos pela observação de determinadas práticas específicas e do diálogo com profissionais mais experientes.

No estágio, o profissional em formação tem a oportunidade de investigar, analisar e intervir na realidade profissional específica. Para Guerra (1995, p 3), “o Estágio Supervisionado consiste em teoria e prática, tendo em vista uma busca constante da realidade para uma elaboração conjunta do programa de trabalho na formação do profissional        “. Dessa forma, o estágio é o eixo central no processo formativo, pois é através dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos saberes do dia a dia (PIMENTA E LIMA, 2004).

O objetivo do Estágio Supervisionado é proporcionar ao aluno a oportunidade de aplicar seus conhecimentos acadêmicos em situações da prática profissional, criando a possibilidade do exercício de suas habilidades. Espera-se que, com isso, que o aluno tenha a opção de incorporar atitudes práticas e adquirir uma visão crítica de sua área de atuação profissional (OLIVEIRA; CUNHA, 2006). O estágio é entendido como uma necessidade, pois, o mundo do trabalho exige, além do conhecimento específico, o desenvolvimento de competências importantes no contexto contemporâneo – complexo, plural e multifacetado.

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