TRABALHO DE GESTÃO DE PESSOAS: Motivação, diferença de percepção entre funcionários e gestores.

FACULDADE SENAC MINAS

Programa de Pós-Graduação

Alexsandro José

Paôla D’Arc dos Santos

Regiane Aparecida

Solange Siqueira

Vitor Araújo

TRABALHO DE GESTÃO DE PESSOAS:Motivação, diferença de percepção entre funcionários e gestores.

Ipatinga

2014

Alexsandro José

Paôla D’Arc dos Santos

Regiane Aparecida

 Solange

 Vitor Araújo

        TRABALHO DE GESTÃO DE PESSOAS:Motivação, diferença de percepção entre funcionários e gestores.

Trabalho apresentado ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade Senac Minas, como requisito parcial para obtenção de título.

Professora: Cleuza Pimenta.

Ipatinga

2014

1. Introdução

Nos tempos atuais, são cada vez mais comuns as pesquisasque comprovam que funcionários não são máquinas voltadas a obedecer aos comandos sem questionar ou falhar. A percepção de que funcionários são pessoas inteligentes, com pensamentos, conhecimento e emoções,tem modificado os conceitos no mundo empresarial.

É crescente a busca por alto rendimento e produtividade, e, para torná-la algo alvejável, é necessário compreender a importância do fator motivacional.Tal fator é tema de diversas discussões e um desafio para os atuais gestores, pois, compreender como as pessoas reagem perante uma situação é algo altamente complexo.

As reações se manifestam das mais diferentes formas e são totalmente ligadas ao ponto de vista de cada indivíduo envolvido. Sendo assim, para trabalhar a motivação de um grupo, torna-se necessário compreender não só a mente, mas o corpo e o coração das pessoas.

Assumindo que o tema motivação, devido toda a sua complexidade, ainda demanda aclaração, o presente trabalho busca um melhor entendimento do tema, a fim de esclarecer, com base em outros estudos, os fatores responsáveis pela satisfação de um indivíduo.

1. Motivação, alguns apontamentos sobre o tema.

Segundo Bergamini (1997), a dificuldade básica deve-se a um fato simples: nem sempre dois indivíduos que agem da mesma maneira o fazem pelas mesmas razões. Pesquisas científicas realizadas sobre o comportamento motivacional revelam que não somente as pessoas têm objetivos diferentes, como as fontes de energia que determinam seu comportamento são extremamente variadas. Assim, o estudo da motivação humana consiste na pesquisa dos motivos pelos quais as pessoas fazem o que fazem e se encaminham em direção a seus objetivos – objetivos que são, em última análise, escolhas de ordem interior ou intrínsecas à personalidade de cada um.

Quanto aLEWIN (1946), motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de certa forma. Um motivo gera uma ação (origem da palavra). Esse impulso é gerado por um fator externo (provindo do ambiente) e do raciocínio do indivíduo. Está relacionada com a cognição (conhecimento) das pessoas e seus paradigmas formados durante a sua vivência.

Já Idalberto Chiavenato (1997), defende que a motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza através das necessidades humanas. As necessidades humanas ou motivos são forças internas que impulsionam e influenciam cada pessoa determinando seus pensamentos e direcionando o seu comportamento frente às diversas situações da vida. As necessidades ou motivos constituem as fontes internas de motivação da pessoa.

Destaca-se que cada funcionário deve ser motivado de forma diferente, pois cada um tem necessidades e emoções distintas. Quando uma necessidade for realizada, surgirão outras a serem supridas. Por isso, é importante que os gestores estejam preparados para perceber quais as reais necessidades dos colaboradores.

Vergara (2012), por sua vez, ressalta que a motivação é contínua, que sempre seremos motivados por algo, sendo assim, assume que a mesma é um processo que se configura a cada momento. Ademais, define tal como uma força que impulsiona o indivíduo a fazer algo e que essa força nasce das necessidades.

Nesse contexto, destaca-se a importância de trabalhos como o de Maslow (1943), que defende que o ser humano possui diversas necessidades que podem ser separadas em categorias hierarquizadas e que, para motivar uma pessoa, é necessário identificar qual é a categoria mais baixa na qual ela tem uma necessidade, de modo asuprir esta necessidade antes de pensar em outras em categorias mais altas.

        Cita-se também Herzbeg (1966) no qual desenvolve um estudo voltado a entender os fatores responsáveis pela insatisfação e satisfação no ambiente de trabalho. Como resultado destes estudos o autor denota que determinados fatores, internos e externos,possuem certa relação com a satisfação por parte do indivíduo.

Diante do tema proposto, este trabalho busca discorrer sobre as teorias de Maslow e Herzbeg, anteriormente citadas, e levantar os pontos considerados essenciais, de modo a nortear a ação dos gestores em prol do fator motivacional de seus colaboradores.

1. Maslow e a Hierarquia das necessidades

O psicólogo americano Abraham H. Maslow concluiu que um indivíduo procura satisfazer suas necessidades dentro de uma sequência lógica, uma espécie de hierarquia, em que as necessidades de nível mais baixo dominam o comportamento do indivíduo até estarem suficientemente satisfeitas, quando então entra em ação outra necessidade de nível mais elevado.

A incapacidade do indivíduo de satisfazer uma dessas necessidades aumenta sua motivação para satisfazê-la, ou seja, a pessoa aumentará seu esforço para satisfazer uma necessidade insatisfeita. Caso todo o esforço não a leve a atingir a satisfação, ela ficará frustrada.

Por outro lado, quando a necessidade é satisfeita, cessa seu efeito sobre o organismo e aumenta a motivação por outra necessidade de nível superior. A hierarquia de necessidades de Maslow sugere que as cinco necessidades básicas do ser humano estão organizadas em níveis de importância que as dividem em dois tipos: