TRABALHO INTEGRADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

TRABALHO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

6º/5º semestres

SÃO PAULO

2015

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TRABALHO INTEGRADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

SÃO PAULO

2015

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SUMÁRIO

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HISTÓRIA DAS PARTIDAS DOBRADAS

     

         O Método das Partidas Dobradas, descrito pela primeira vez por  Luca Pacioli no livro "Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalità" em 1494, é o sistema-padrão usado em empresas e outras organizações para registrar transações financeiras. Sua premissa é de que a condição financeira e os resultados das operações de uma empresa ou organização são melhores representadas por diversas variáveis, chamadas contas, em que cada uma reflete um aspecto em particular do negócio como um valor monetário. Cada transação financeira é registrada na forma de entradas em pelo menos duas contas, nas quais o total de débitos deve ser igual ao total de créditos.

Frei Luca Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade mas não foi o criador das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV.

O processo de registros contábeis que se consagrou por uma “equação” ou igualdade entre o débito e o crédito de contas, alega o emérito professor Federigo Melis, haver surgido na Itália, acredita-se, entre os anos de 1250 e 1280. Ninguém conseguiu, até os nossos dias, identifi car o autor das “partidas dobradas” nem apresentar provas das aplicações destas tal como o fi zeram os italianos antes da época referida (embora existam antiquíssimos documentos que autorizam a crer que a intuição para o processo tenha nascido no Oriente). Há mais de sete séculos, pois, adota-se um critério que se tornou insuperável e cuja natureza é de evidenciar “Causa” e “Efeito” de um ou mais fenômenos patrimoniais. Várias teses Teses foram levantadas pela Fundação Brasileira de Contabilidade, no século XIX, visando hipotetizar o nascimento das partidas dobradas no Império Romano, mas nenhuma prova foi apresentada e nem encontrada. A seguir, passou-se a admitir que elas teriam nascido em Gênova, na primeira metade do século XIV, mas a tese de Federigo Melis tem fortes argumentos a favor de que o processo tivesse nascido na segunda metade do século XIII e na região da Itália denominada “Toscanal” (a mesma onde nasceu Paciolo), embora outros eminentes historiadores da Contabilidade, no século XXI, como o insigne professor Carlo Antinori, tenham contestado a origem evocada por Melis; que a intuição para o processo é antiquíssima, todavia, não foi contestado.

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CONTAS PATRIMONIAS X CONTAS DE RESULTADOS

As contas patrimoniais formam a espinha dorsal de uma empresa representada por bens, direitos e obrigações. Os ativos representam futuros benefícios econômicos esperados, direitos que foram adquiridos pela entidade como resultado de transação corrente ou passadas, segundo Moontiz e Sprouse , esta definição influenciou nas decisões dotadas hoje pelo IASB. Walter B. Meigs e Charles E. Johnson andam em sua mesma linha de pensamento já que para estes: ativos são “recursos econômicos possuídos por uma empresa” uma vez que recursos econômicos têm a ver com direitos futuros porque uma empresa pode por exemplo, utilizar uma duplicata a receber (direito futuro) e descontar no banco para ter o dinheiro antecipado virando recurso econômico.

O ativo é parte principal de uma empresa, pois ele representa os recursos econômicos que estão à disposição da mesma, recursos estes adquiridos através de investimentos dos próprios donos que podem ser representados através de suas diversas contas. Os ativos representam também o que poderá trazer de benefícios futuros para entidade, ou seja, o benefício econômico embutido em um ativo que é o seu potencial de contribuir para o fluxo de caixa ou equivalentes. O saldo devedor de uma instituição deve ser maior que o saldo credor, é através da capacidade de cumprir suas obrigações que se definirá o quanto a empresa é solvente.

 As contas de ativos têm influência primordial sobre as contas de passivos, receitas, despesas e patrimônio líquido. Moontiz e Sprouse definem receita como: “Receita de uma empresa durante um período de tempo representa uma mensuração do valor de troca dos produtos (bens e serviços) durante aquele período”. Brevemente poderíamos dizer que as receitas são originárias da comercialização/validação positiva do ativo, ou seja, sua capacidade de gerar retorno econômico a empresa contribuindo para o aumento das disponibilidades sob a forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, produtos ou à prestação de serviços. Teoricamente as despesas são causadas pelo consumo de bens e serviços no processo de produzir receitas e ainda sacrifício ou expiração do ativo. Os passivos podem ser vistos como “ativos negativos” de uma empresa, pois eles representam as obrigações que a entidade tem para com terceiros, enquanto que o patrimônio líquido representa os ativos líquidos, livre dos direitos de terceiros, dentro do patrimônio líquido encontramos o resultado apurado pela empresa obtido de suas receitas e subtraído suas despesas representado através das reservas de lucro.

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RESOLUÇÃO

        A interpretação dos autores sobre os conceitos das contas de resultado e das contas patrimoniais é um reflexo da maneira como a contabilidade foi se adaptando às necessidades da humanidade durante seu desenvolvimento econômico ao longo da história e como os indivíduos na sociedade percebiam as mudanças. As diversas percepções são cada vez mais próximas na medida em que os sistemas econômicos dos países seguem padrões parecidos.

        No Brasil a contabilidade teve origem quando a Família Real Portuguesa instalou moradia no século XIX e, tendo a necessidade de inaugurar Órgãos Governamentais que auxiliassem a administrar o país, criou o cargo de Guarda-Livros. Dessa época até meados da década de 1960, a contabilidade foi tomando forma conforme foram fundadas Instituições, organizados Congressos, oferecidos cursos técnicos e de graduação e reconhecida a profissão como parte integrante necessária à sociedade. Tanto que algumas regras - como a obrigatoriedade de assinatura dos livros e documentos contábeis - foram se estabelecendo até chegar ao ponto em que se foi discutido a padronização dos relatórios no nível nacional.