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A Balística forense auxiliando a justiça na elaborações de provas

Por:   •  27/10/2017  •  Seminário  •  1.944 Palavras (8 Páginas)  •  309 Visualizações

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A balística forense auxiliando a justiça na elaborações de provas

Conceitos

A priori há a necessidade de conhecimento de alguns conceitos e apontamentos para que se possa entender o que é a balística forense e como funciona o confronto microbalísco, bem como o exame em lesões apresentadas nos corpos.

Existe um ramo de estudo chamado balística forense, teve seu estudo iniciado na França, onde era estudado uma máquina chamada “Ballista” que lanchava flechas ou projéteis esféricos. O primeiro a estudar matematicamente a balística foi o Italiano Niccolò Tartaglia em 1531, A palavra Balística vem do grego βάλλειν, que significa “jogar”.

Na atualidade é uma disciplina que integra a criminalística, responsável pelo estudo das armas de fogo, munições e seus efeitos produzidos, sendo então denominados, balística interior, balística exterior e balística terminal.

Balística interior é responsável pelo estudo desde ocorrido o disparo até o momento em que o projetil deixa o cano arma. Balística exterior se inicia onde cessa o estudo da balística interior ou seja, é responsável pelo estudo do momento em que o projétil abandona o cano, sendo analisado a velocidade e energia, resistência do ar e movimentos intrínsecos.  Por último         temos a balística terminal, esta responsável pelo estudo dos efeitos causados com o impacto do projetil no alvo atingido

Hercules (HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, 1ª Edição, São Paulo: editora Atheneu, 2005.) diz que balística é a área da mecânica que estuda o movimento dos projéteis e, as forças envolvidas, trajetórias e seus efeitos finais.

Eraldo Rabelo (Eraldo Rabelo balística Forense 2° edição editora Sulina, 1982) diz o conceito de balística forense como “a parte do conhecimento criminalístico e médico legal que tem por objeto especial o estudo das armas de fogo, da munição e dos fenômenos e feitos próprios dos tiros desta arma, no que tiverem de útil ao esclarecimento a prova de questões de fato, no que interesse a justiça penal e civil”.

São diversos os exames realizados pelo estudo da balística, alguns deles são:

Exame de eficácia: Busca comprovar se arma de fogo é eficiente para a realização de disparo.

Exame metalógrafico: faz-se necessário quando uma arma de fogo encontra-se com numeração de identificação suprimida. Utilizando de reagentes químicos o perito tem a possibilidade de revelar a numeração da arma.

Exame de comparação: utilizando um microscópio próprio, é realizado a comparação entre projeteis e estojos, buscando a conexão da arma de fogo localizada com o suspeito, com o projétil localizado na cena de crime ou no corpo da vítima.

Exame de segurança: busca identificar se os mecanismos de segurança de uma determinada arma de fogo é eficaz ou não.

Histórico

Em 1835 na cidade de Londres, utilizando – se do estudo de balística, fora solucionado um crime de homicídio através do estudo da arma de fogo utilizada e o projétil.

Henry Goddard, era um investigador que observou o projétil retirado da vítima do homicídio e analisando minunciosamente notou que havia uma peculiaridade no projétil, provavelmente seria um defeito no molde. Na época os projéteis eram fabricados pelos próprios atiradores com um molde onde era derramado chumbo derretido. Gaddard percebeu que o molde daquele projétil era de propriedade do assassino, então conseguiria provar um nexo entre projétil e o assassino.

Durante as investigações vários suspeitos foram confrontados e um deles possuía um molde que repetia a deformação idêntica ao utilizado no homicídio, Gaddard, demonstrando seu vasto conhecimento ao suspeito, não o deixou com outra escolha que não fosse a confissão do crime.

Em 1925, Otto Mezquer que trabalhava no instituto de investigação química, adquiriu um microscópio comparador onde lhe permitia observar dois projeteis simultaneamente. A empresa começou então a comercializar o microscópio trazendo essa inovação ao confronto balístico.

Nomenclaturas

Para entendermos melhor o assunto e buscando o conhecimento técnico é necessário o conhecimento de alguns termos utilizados na balística.

Uma munição de arma de fogo é composta por quatro partes: projétil, estojo, pólvora (propelente) e espoleta.

[pic 1]

Projétil é a parte da munição que é lançada através do cano da arma e atinge o alvo. Ele é arremessado por consequência da queima da pólvora que acarreta em um aumento rápido de pressão no estojo que empurra o projétil para fora.

A pólvora é responsável pelo aumento de pressão no estojo que empurra o projétil, porém é necessário que se inicie a queima dessa pólvora, que é realizada pela explosão da espoleta, está localizada na base da munição onde o percursor lhe atinge causando a explosão por choque mecânico.

O estojo, também chamado de cartucho, é o objeto que une as partes da munição, normalmente é um recipiente cilíndrico que na sua base há uma espoleta, no interior a pólvora e na ponta o projetil.

O interior da arma de foto possui várias peças que trabalham em conjunto para que o disparo seja realizado, quando o cartucho está alinhado ao cano para que se efetue o disparo, sua base fica encostada na culatra. A culatra possui um orifício onde o pino percutor passa e choca-se com a espoleta do cartucho após o gatilho ser acionado. No disparo se aplica a terceira lei de Newton “A toda ação sempre há uma reação da mesma intensidade e direção, porem sentidos opostos.” Desse modo o projetil será lançado para frente pelo cano da arma até atingir o alvo e em contra partida ocorrerá o recuo da arma, onde a base do projétil colidirá com a culatra e há o ciclo na arma, caso a mesma trabalha dessa forma, como por exemplo em uma pistola, que a cada disparo o ferrolho efetua o ciclo da arma e arremessa para fora o estojo vazio e coloca na câmara um cartucho novo.

[pic 2][pic 3]

Conjunto de disparo composto por cão, percutor e culatra

O confronto

As armas de fogo possuem duas classes mais conhecidas, armas de alma lisa e alma raiada, normalmente as de alma lisa são espingardas e as armas raiadas são pistolas, revolveres, etc.

 [pic 4] [pic 5] [pic 6]

Exemplos de canos alma lisa e raiados

Armas com alma lisa, não possuem sulcos no interior do cano que são responsáveis pela aceleração do projetil, por esse motivo, essas armas são mais eficazes a curta distância.

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