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A Etica Cetista

Por:   •  16/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  800 Palavras (4 Páginas)  •  1.412 Visualizações

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Ética Ceticista

    Ceticismo, em regra é a corrente do pensamento que se contrapõe ao dogmatismo. O ceticismo implica uma constante atitude dubitativa ou em todos os graus e formas de conhecimento, convertendo a “incerteza” em característicos essencial dos enunciados tanto da Ciência como da Filosofia.

    O Cético não acredita em nada, ou desacredita de tudo, cético não é o que nega, nem o que afirma, senão o que se abstém de julgar.

    A divisa de Sócrates –“só sei que nada sei”- sustenta que algo se sabe com certeza: sabe-se, ao menos, que nada se sabe. Cumpre distinguir entre dúvida metódica e dúvida  sistemática, a dúvida serve à eliminação de possíveis erros, é uma atitude provisória, a transitória suspensão do juízo como medida de segurança contra o risco de equivocar-se, na linguagem de Garcia Máynez, mas duvidar por algum tempo, apenas como pausa para atingir a certeza, é postura dogmática, não cética.  Já a dúvida sistemática é  própria dos céticos que duvidam de tudo  e de forma permanente. Eles declaram não crer em coisa alguma e aqui já erram, pois fossem realmente céticos e duvidariam até mesmo da sua afirmação de que em nada crêem, mostra-se o ceticismo ainda mais falível quando em ação, a única atitude consequente com o credo cético consistira em abster-se de adotar uma atitude e isso é impossível na prática: a atitude de nada fazer já seria uma atitude, é a atitude da omissão. Em termos éticos nefasta e indesejável. Basta mecionar a imperativa necessidade de agir em certas  circunstâncias. Sem a ação, pode-se até cometer delito, os crimes omissivos.

       O ceticismo, é impensável como teoria, é incomátivel com a ação e impraticável como regra moral, os céticos não pregavam o ceticismo absoluto, embora para fins teóricos se admita dividir o ceticismo em total e parcial, “o ceticismo absoluto é conhecido também como pirronismo, em razão do filósofo da Grécia, Pirron que pregava a necessidade da suspensão do juízo, dada a impossibilidade de qualquer conhecimento certo: o ceticismo absoluto envolve tanto as verdades metafisicas como as relativas ao mundo dos fenômenos”. As lições de Sexto Empírico o demonstram, pois aceitava ele algumas regras propiciadoras de uma relativa felicidade: 1. Seguir as indicações da natureza; 2. Ceder aos impulsos das disposições passivas: o cético só come se tem fome, só bebe se está sedento; 3. Submeter-se ás leis e costumes do país onde se vive; 4. Não permanecer inativo e cultivar alguma das artes. A primeira repousa sobre o suposto de que o valioso é o que tem origem na natureza, a segunda se baseia na idéia de que as necessidades humanas devem ser satisfeitas com moderação, a terceira implica o reconhecimento de que as leis e costumes do país merecem acatamento e respeito. A última condena a inatividade e exalta a  dignidade do trabalho. A postura ceticista seria inversa à racionalista, Racionalismo, dizia Karl Popper “é uma atitude em que predomina a disposição a escutar os argumentos críticos e a aprender com a experiência”. O racionalismo guarda conexão estreita com o liberalismo, pois com o autoritarismo é que ele não pode se conciliar, isso porque “a argumentação- incluída a crítica e a arte de escutar a crítica- é a base da racionalidade”.

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