A Evolução Histórica do Estado: A Lei dos Três Estados de Augusto Comte
Por: Matheus Maciel Alves Corrêa • 25/9/2022 • Trabalho acadêmico • 3.223 Palavras (13 Páginas) • 118 Visualizações
IAGO LUÍS FONTANINI
FILIPE FERREIRA MACHADO
JOÃO VICTOR MARQUES PEREIRA
MATEUS BONETTI
MATHEUS MACIEL ALVES CORRÊA
WILLIAM JUSTEN GARCETE
A Evolução Histórica do Estado: A Lei dos Três Estados de Augusto Comte, Classificação, O Estado Antigo, O Estado de Israel, O Estado Grego, ‘Polis’, Platão e Aristóteles.
Material de apoio ao Seminário na disciplina de Teoria Geral do Estado e Ciência Política.
Docente: Prof. ME. Karine Cordazzo
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
FACULDADE DE DIREITO
Dourados – MS
2022
SÚMARIO
1 A LEI DOS TRÊS ESTADOS DE AUGUSTO COMTE.....................................3
2 CLASSIFICAÇÃO DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO.......................4
3 ESTADO ANTIGO.............................................................................................5
4 ESTADO DE ISRAEL........................................................................................6
5 ESTADO GREGO............................................................................................. 7
6 POLIS................. ..............................................................................................8
6.1. Origem e Desenvolvimento...................................................................................8
6.2. Organização..........................................................................................................8
6.3. Principais Características e Cidades mais influentes............................................9
6.4. Declínio e dominação............................................................................................9
6.5. Principais Contribuições......................................................................................10
7 PLATÃO..........................................................................................................10
8 ARISTÓTELES................................................................................................11
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................12
1 A “LEI DOS 3 ESTADOS” DE AUGUSTO COMTE
A Sociologia surgiu na primeira metade do século XIX, sob o impacto da Revolução Industrial e no contexto de pós Revolução Francesa, um momento de transformações econômicas, políticas e culturais, o qual Augusto Comte se preocupou em dar uma resposta intelectual aos problemas que sua sociedade enfrentava, fruto da decadência do Antigo Regime e a consolidação da Modernidade. Dada a primazia da razão, Comte tentou explicar o que estava ocorrendo e maneiras de solucionar os problemas sociais através da ciência.
O pensamento comteano apresenta uma perspectiva Evolucionista, colocando sociedades diferentes da europeia na escala primitiva e a Europa do século XIX como ápice do desenvolvimento humano. O Progresso como o fator determinante para toda a humanidade e critério de comparação abriu espaço para uma visão distorcida para os diversos grupos humanos, culminando no evolucionismo e no Darwinismo Social, que justificaram o neocolonialismo e o avanço do imperialismo, sob a premissa de civilizar o mundo.
A Lei dos 3 Estados representa uma análise conceitual histórica e sociológica da humanidade. Segundo Comte, a humanidade está numa marcha de desenvolvimento, indo do misticismo e barbárie para o esclarecimento e civilização, expressando a capacidade de aperfeiçoamento da espécie humana (Darwinismo Social).
O primeiro Estado é o Teológico, representado por explicações sobre o mundo e os fenômenos baseados em divindades, entidades de ordem mística e mítica, o qual o sobrenatural comanda a realidade e a principal característica desse Estado é a Imaginação como fonte de produção de conhecimento, tendo caráter absoluto nas questões e respostas.
O segundo Estado é o Metafísico, possuindo uma percepção do mundo menos encantada como uma transição do misticismo para a ciência. Os fenômenos são baseados em entidades abstratas, mas não divinas, como a razão, a natureza ou o povo. A principal característica desse Estado é a Argumentação como fonte de conhecimento, ainda tendo caráter absoluto nas questões e respostas.
O terceiro e último Estado é o Positivo, há a busca de leis gerais confirmadas pela verificação através de um método confiável na produção de conhecimento. Os fenômenos, tanto naturais como sociais, podem ser compreendidos por regras universais que dominadas voltam para o aperfeiçoamento da sociedade, o caráter absoluto é abandonado e o conhecimento é considerado relativo, como de praxe nas ciências. Substituindo a imaginação e a argumentação pela Observação.
O Positivismo é uma doutrina baseada na excelência do conhecimento científico, creditado por Comte como única fonte de conhecimento válida. A superioridade da ciência reside na sua racionalidade e na sua relação com o real, diferente de outras explicações do mundo, como religião, o mito ou a própria filosofia até então. Portanto, a ciência seria a investigação que tem na verificação do real um dos seus pontos fortes. Dessa forma surge a expressão Positivismo, sendo aquilo que é afirmado e confirmado, ademais, possui implicações éticas quando apresenta uma forte preocupação com o bem comum.
Augusto Comte dividiu a sociologia em duas grandes áreas, Estática e Dinâmica. A Estática busca compreender a estrutura social, suas leis gerais que criam condições de existência da sociedade através das forças que mantém a união (Ordem). A Dinâmica interpreta as transformações sociais, ou seja, como as sociedades evoluem passando que um estado para o outro e suas causas de mudança (Progresso). Assim, o resultado do aperfeiçoamento humano seria uma sociedade fraterna guiada por uma elite de cientistas (avesso ao regime democrático).
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