A LEITURA OPCIONAL
Por: Daniela Matos • 13/9/2021 • Dissertação • 1.565 Palavras (7 Páginas) • 65 Visualizações
- O Futuro Requer Cidades Inteligentes e Sustentabilidade ministrada por Wilma Kruguer
Nós vivemos em uma era digital uma era em que a tecnologia se faz presente em nossas vidas em todos os instantes desde os momentos de lazer aos afazeres domésticos, no setor de telecomunicação através dos smarthphones para encurtar as distancias e nos conectar pessoas com o mundo todo, até situações que exigem precisão como cirurgias oculares revolucionando a medicina em suas várias áreas.
Pensar na nossa realidade longe de toda essa tecnologia faz parecer inimaginável, existe uma relação de dependência entre a humanidade e a tecnologia então por que um conhecimento cientifico tão amplo que quando bem utilizado tem modernizado e auxiliado a humanidade em suas vivências ainda tem sido pouco empregado para criar cidades inteligentes?
Cidades inteligentes requer envolvimento com o outro, cidades inteligentes são aquelas que otimizam a utilização dos recursos para servir melhor os cidadãos sendo nos setores de mobilidade, a energia ou para qualquer serviço necessário à vida das pessoas. São cidades que visam a Desburocratização e transparência na gestão de seus recursos.
Requer uma boa governança que siga um planejamento urbano e se preocupe também em preservar o meio ambiente utilizando da tecnologia (inclusive a inteligência artificial) para facilitar a vida criando um sistema de trânsito inteligente, prédios inteligentes, uma cidade que atenda às necessidades de todos sejam os habitantes ou visitantes, por conseguinte inevitavelmente que haja em seu olhar uma projeção internacional tanto para trazer inovações se espelhando no desenvolvimento de outras cidades e também tornar-se exemplo para o mundo, algumas dessas cidades inteligentes são bens conhecidas como Nova York ,Paris, Berlim, São Paulo.
2-O futuro da Humanidade e os desafios do presente
Nós vivemos em uma sociedade cada vez mais individualista uma sociedade capitalista, consumista com ideais de lucro a todo e sobre qualquer custo, o futuro da humanidade mediante ideologias tão negligentes ao meio ambiente leva-nos a indagar onde iremos parar com tanto desmatamento exploração das matas extinção das espécies, aquecimento global, precisamos ter um novo olhar para o mundo.
Desde a colonização brasileira com os portugueses a nossas terras foram subjulgadas a exploração e não só a terra como os povos indígenas que tiveram até mesmo sua cultura ignorada, infelizmente a cultura ocidental prevaleceu e o nosso povo brasileiro indígena hoje luta para preservar o que é seu de direito, sua terra suas matas e sua cultura.
Daniel Munduku: Doutor em Educação (USP), escritor e liderança indígena explanou sobre a ideologia de vida indígena e como ela pode salvar-nos: os indígenas vivem em prol da coletividade do bem comum diferente da individualidade e do sistema capitalista do mundo ocidental, em sua trajetória ele encontrou na literatura indígena uma forma de construir uma ponte entre os povos indígenas e o resto dos povos, e propagar uma versão diferente da visão dos colonizadores, uma visão de valorização dos povos nativos, do meio ambiente e de nosso dever de proteção da natureza.
Os nativos -são os que estavam aqui antes da chegada dos europeus, nativo é conceituado de onde se origina é quem tem origem e se difere da visão propagada pelos europeus que denominaram os povos que aqui estavam, de índio -que significa vazio- assim sendo o indígena tem como antônimo a palavra alienígena, logo os povos são indígenas para reforçar o fato de que são povos originários.
O povo Munduruku tem narrativas, respostas para dúvidas de origem, e postura diante do mundo, em suas visões para que cada um seja um ser humano completo precisam olhar a natureza como parte e não como dono a natureza é compartilha com os seres humanos, o tempo indígena é o tempo que olha para traz, verifica o passado, valoriza suas histórias entende que tudo que temos é o hoje e o único tempo para ser feliz é o hoje, tem consciência que vivem em um sistema circular onde tudo que fazem retornam para eles em algum momento.
No ocidente a natureza foi criada para ser explorada um pensamento que joga para frente ‘ o que você vai ser quando crescer “ a criança é vista como projeto, o tempo do acumulo da disputa, corremos o tempo todo atrás desse tempo e o que precisam aprender é que o amanhã não existe, tudo que existe é o agora se o hoje não fosse o melhor momento não seria chamado ,presente, portanto deve ser visto tempo como dádiva assim sendo hoje ainda podemos fazer algo a respeito e mudar nossas concepções como parte desse todo e fazer a nossa parte para preservar o meio ambiente evitando revertendo os impactos negativos das ações humanas prolongadas.
3-Ciência Cidadã ministrada por Karen Strier
Karen B. Strier é uma antropóloga. Ela é atualmente presidente da Sociedade Internacional de Primatologia e membro-honorário da Sociedade Brasileira de Primatologia. Ela trouxe em sua exposição a importância da preservação do meio ambiente e da observação das espécies de modo a integrar a sociedade como parceira no desenvolvimento e satisfação no Projeto Muriqui um projeto de pesquisa cientifica de mais de 30 anos.
Em 2017 em sua visita de rotina a reserva que fica em Caratinga/MG coincidentemente na época em que surgia um grande surto de febre amarela observou-se que em 6 meses houve uma redução dos espécimes de muriquis em 10 % e os demais barbados e saguis também sofreram bastante, o que gerou uma dúvida do que acontecia em torno da reserva que pudesse gerar esses impactos.
Sendo a equipe pequena para realizar todo o monitoramento necessário, não havia biólogos ou investimentos para custear a participação de mais pessoas, o que entrou em pauta envolver a sociedade os proprietários das terras para auxiliar na verificação e no processo de monitoramento.
Logo, para colocar em prática esse projeto Marcello Nery Mestre em Biologia Animal (UFV) foi contatado para auxiliar a equipe nesse novo desafio de investigação através ciência cidadã – ligando a instituição de Ensino Doctum, ou seja, uma parceria entre a instituição e a sociedade, logo havia um corredor de informações um tripé consolidado através de um projeto de extensão, portanto tinha grandes chances de dar certo
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