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A Natureza das Ciências Sociais

Por:   •  17/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.943 Palavras (12 Páginas)  •  185 Visualizações

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Texto I

Natureza da ciências sociais

1.1 Conhecimento do mundo

        O ser humano em busca do conhecimento vem desenvolvendo ao longo dos séculos sistemas mais ou menos elaborados que lhes permitem conhecer a naturezas das coisas e o comportamento das pessoas.

        Pessoas com certa influencia descrevem o mundo, definem normas e procedimentos que para eles são os mais adequados. E a medida que segmentos da população lhes dão crédito, esses conhecimentos são tidos como verdadeiros.

        Para fundamentarem-se em procedimentos racional-especulativo, os ensinamentos dos filósofos têm sido considerados como mais validos para proporcionar o conhecimento de mundo. Críticos alegam que a observação casual dos fatos conduz a graves equívocos. A partir da necessidades de obtenção de conhecimentos mais seguros que os fornecidos por outros meios, desenvolveu-se a ciência.

1.2 Natureza da Ciência

        Etimologicamente ciência significa conhecimento, entretanto a conhecimentos que não pertencem à ciência, logo pode-se considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo leis que regem os fenômenos. A ciência pode ser caracterizada como forma de conhecimento objetivo, na racional, sistemática, geral, verificável e falível.

        A alguns conhecimentos são difíceis de determinar como ciência ou filosofia isso ocorre sobretudo um domínio das ciências naturais

1.3 Classificação das Ciências

        Pode se classificar as ciências em duas categorias: formais e empíricas. As formais tratam de entidades ideais e de suas relações; de fatos e de processos. As empíricas podem ser classificadas em naturais e sociais.

1.4 Peculiaridades da ciências sociais

        As ciências sociais não gozam do mesmo prestígios conferidos às  ciências físicas; as principais objeções são:

a) Os fenômenos humanos não são lineares, o que torna impossível a sua previsibilidade.

b) As ciências humanas lidam com dificuldades que não são possíveis de quantificações.

c) A imparcialidade dos pesquisadores sociais tornam-se quase impossíveis

d) A variedade de fatores dos fenômenos sociais é tão grande que tornam inviável na maioria dos casos, a realização de uma pesquisa rigidamente experimental.

        A despeita de suas dificuldades, a ciências sociais podem ser capazes de fornecer explicações segundo padrões que não se distanciam muito das ciências naturais.

a) A diferença entre ciências naturais e sociais, está somente em que as ultimas são mais probabilísticas que as primeiras.

b) O problema de quantificação se analisado com a merecida profundidade, mostrar-se-á bem menos crítico. O que ocorre é que os fenômenos humanos não podem ser quantificados com o mesmo grau de precisão das ciências naturais. Mas em, boa parte, podem ser mensurados com aplicação de escalas menos sofisticadas (denominadas de nominais e ordinais)

c) Não é impossível de se evitar o envolvimento do pesquisador social.

d) O cientista não possui o poder de introduzir modificações nos fenômenos que pretende estudar, por isso a quase inexistência do experimento. Cabe, no entanto, indagar se de fato o experimento controlado é realmente indispensável para obtenção de resultados cientificamente ocultáveis.

Texto II

1.5 Mudanças resultantes da industrialização

        As grandes transformações sociais não costumam acontecer de maneira súbita. Ainda sim, começara a despertar desde a renascença a consciência de que uma linha distintiva separava os novos tempos do que veio a se chamar Medievo.

        O avanço do capitalismo como forma de produção dominante foi-se desestruturando fundamentos da vida material como as crenças e principios morais; provocou também o enfraquecimento e desaparecimento, dos estamentos tradicionais - aristocracia e campesionato.

        A capitalização e modernização provocou êxodo de varias famílias, as cidades receptoras desse fluxo rotineiros foram crescendo acelerada e desordenadamente. A aglomeração, conjugada a inexistência de condições básicas de vivencia elevaram as taxas de mortalidades da população geral. Somente no limear do século 18 houve uma melhoria numa qualidade de vida promovendo uma sensível produção das taxas de mortalidade e um correspondente aumento da população.

        As condições de trabalho que caracterizavam o início da revolução industrial eram assustadoras, a luta por melhores condições foi árdua, e novos direitos foram sendo aos poucos conquistados e acrescentados à legislação social e trabalhistas em diversos países.

        Mudanças também ocorreram na instituição familiar nas relações afetivas - o casamento por escolha mútua. Mesmo assim, as praticas anteriores não deixam de ter vigência.

        A revolução industrial obriga a um registro mais preciso do tempo na vida social.

        O esforço para entender as causas e o prováveis desenvolvimentos das novas relações sociais motivou a reflexão que veio cristalizar-se na sociologia.

1.6 Antecedentes intelectuais da sociologia

        Pelo menos até o século 18, a maioria dos campos do conhecimento, hoje enquadrados sob o rótulo de ciência, era ainda, como na Antiguidade Clássica, parte integral dos grandes sistemas filosóficos.

        A crença de que a razão era capaz de captar a dinâmica do mundo material e de que a lei natural, inscrita nos corações do homens, pode ser descoberta espontaneamente vai ganhando força. A confiança na razão e na capacidade de o conhecimento levar a humanidade a um patamar mais alto de progresso promovendo a felicidade aqui na terra tornou-se a bandeira e símbolo do Iluminismo. Começava-se timidamente a pensar e mesmo a promover em algumas esferas a igualdade civil entre os sexos.

        Montesquieu (1689-1755) lançava mão do conhecimento histórico e empírico para fundar seus argumentos, seu legado mais importante foi a formação do pensamento sociológico.

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