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A UBERIZAÇÃO DO TRABALHO

Por:   •  15/3/2021  •  Resenha  •  607 Palavras (3 Páginas)  •  119 Visualizações

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Aluno : João Victor Gonzaga

UBERIZAÇÃO DO TRABALHO

Numa sociedade onde a ideia de economia compartilhada se faz cada vez mais presente, em face das novas modalidades de acúmulo de capital e consumo, surgiu o termo Uberização, entre tantos meios de consumo e economia em prática, são completamente diferentes do propósito dito inicialmente. Como foi discutido em palestra o objetivo primordial do CEO da Uber, Dara Khosrowshahi era de reduzir os estacionamentos, de forma a criar mais parques, visando assim uma nova economia, mais “verde”, tornando a cidade mais sustentável. Assim, as propagandas feitas em relação ao aplicativo tinham questões políticas envolvidas, como por exemplo, um motorista negro (mostrando a ideia de que a população negra norte-americana poderia trabalhar e não ficaria afastada daquela novidade), demonstrando que a vida teria mais dificuldades sem o aplicativo, trazendo a ideia de que as facilidades proporcionadas pelo aplicativo iriam ajudar a sociedade como um todo assim como tudo em volta, principalmente a unidade de medida maior do século 21, o tempo. O aplicativo buscou evidenciar como o tempo seria otimizado e como as atividades diárias seriam resolvidas e desenvolvidas sem perder nenhum momento do dia.

O contrato que é firmado com o motorista pela plataforma da empresa, explica em seu texto que a Uber não é apenas um aplicativo de transporte e entrega, mas em verdade, trata-se de uma plataforma de internet, feita para conectar as pessoas, desta forma, resta inviabilizada uma possível ligação o motorista prestador de serviços e a empresa. Neste momento se iniciam os vícios, como se pode garantir a segurança do trabalhador que não tem ligação com a empresa a qual presta serviços? Como lhe dar a segurança na atividade a qual está desempenhando?. As pessoas que trabalham nas plataformas digitais, qual seja Ube, Uber Eats, Rappi e iFood, não possuem nenhum tipo de garantia trabalhista, assistência médica, seguros ou muito menos aposentadoria, sendo submetidos a rotinas estressantes de labor por muito tempo sem nenhuma dessas garantias. O resultado de uma pesquisa revelou que um entregador que pedala cerca de 80Km por dia, chega a receber somente algo em torno do valor de R$ 500,00 no fim do mês, ou seja, completamente desumano, tanto a carga horária quanto a distância percorrida para se receber um valor de aproximadamente meio salário mínimo, desobedecendo completamente diversas regras estabelecidas pela CLT.

Assim resta o questionamento e a reflexão entre as novas relações contratuais ou discontratuais de trabalho em face dos novos modelos de exploração, restando certo apenas que a forma em que essas grandes empresas utilizam e exploram a mão de obra barata encontrada no Brasil devido ao alto índice de desempregados, se faz extremamente desumana e, sim, podemos dizer que é uma forma ilícita. As últimas decisões do Supremo Tribunal de Justiça não reconhece a relação contratual entre essas empresas Uberistas e o trabalhador, mas em verdade, apenas uma relação civil, de troca. De forma a enxergar primeiramente o capital ao invés da pessoa, do ser humano. Colocando em grau de superioridade a proteção do patrimônio, sem levar em conta a dignidade da pessoa humana.

Portanto, cumpre ressaltar a importante de

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