Antigona
Por: ReiDavi • 17/10/2016 • Trabalho acadêmico • 3.186 Palavras (13 Páginas) • 430 Visualizações
FACULDADE DO ESTADO DO MARANHÃO – FACEM
COORDENAÇÃO DE DIREITO
CURSO DE DIREITO
ANA CLÁUDIA OLIVEIRA
DENILSON SANTOS MATOS
DEYNISSON RODRIGUES DA SILVA
FRANCISCO EUGÊNIO PEREIRA RAMOS
LENICE BARBOSA SILVA
LUIS MARCELO PINTO BERRÊDO
MARCELO VIEIRA SILVA
MARILDE RIBEIRO
MARLOS NOGUEIRA
RODRIGO LIMA RODRIGUES
TEREZA RAQUEL LOPES SILVA
TRABALHO REFERENTE ÀS IDEIAS CENTRAIS DA PEÇA:
ANTÍGONE / Autoria: Sófocles
São Luís
2015
ANA CLÁUDIA OLIVEIRA
DENILSON SANTOS MATOS
DEYNISSON RODRIGUES DA SILVA
FRANCISCO EUGÊNIO PEREIRA RAMOS
LENICE BARBOSA SILVA
LUIS MARCELO PINTO BERRÊDO
MARCELO VIEIRA SILVA
MARILDE RIBEIRO
MARLOS NOGUEIRA
RODRIGO LIMA RODRIGUES
TEREZA RAQUEL LOPES SILVA
TRABALHO REFERENTE ÀS IDEIAS CENTRAIS DA PEÇA:
ANTÍGONE / Autoria: Sófocles
Trabalho apresentado à disciplina História do direito humanos, ministrada pelo Profº. Rogério Saldanha da Faculdade do Estado do Maranhão –FACEM.
São Luís
2015
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO.............................................................................2
2 INTRODUÇÃO..................................................................................3
3 DESENVOLVIMENTO....................................................................4
3.1 A disputa pelo poder.............................................................................5
3.2 Antígone e a “luta” pelo direito: Direito positivo versus Direito natural................................................................................................................6
3.3 Abordagem do Ético, Jurídico e Religioso...........................................7
3.4 A gênese do direito individual........................................................,,,..9
3.5 A obre de Sófocles e a abordagem epistemológica entre direito e
sociedade.........................................................................................................10
4. CONCLUSÃO....................................................................................11
REFERÊNCIAS.
- INTRODUÇÃO
Segundo Stevam (2014), a obra Antígone do antigo dramaturgo grego Sófocles, representa uma peça fundamental para a construção de elementos de reflexão do direito, elementos estes que envolvem de um lado: a postura inquestionável e/ou “inabalável” de um Estado “opressor”, representado na figura do personagem Creonte, e de outro a defesa das necessidades do exercício de direito natural, pertinentes aos valores e/ou costumes passados de geração a geração no que diz respeito ao sepultamento de um membro da família (destaque para a personagem Antígone, uma jovem que luta contra a “tirania” de um governante que a impede de sepultar seu irmão Polinices, mediante a criação de uma lei proibitiva (édito)).
O presente trabalho enfatiza aspectos da tragédia de Sófocles, dentre eles, aquele que retrata indiretamente o perfil político no que se refere à disputa pelo poder. A disputa pelo poder, representa característica marcante de domínio das civilizações antigas, conforme a peça, cujo cenário era a cidade-estado de Tebas (Grécia antiga). Para tanto, o objetivo de alcançar o poder e o “determinismo” político vigorava mediante conflitos, batalhas e/ou disputas, ou seja, a retratação da força tirana aliada às estratégias de poderio que se sobrepunha aos direitos individuais (proibição de ações individuais, algumas delas, consideradas normas sociais), consequentemente o predomínio da criação de leis (éditos) que beneficiassem o líder na figura do Estado.
Segundo o exposto, Salvador (p. 02; 2002) afirma que em sua Antígone, Sófocles transforma o mito grego em um drama universal, de uma forma ou de outra, vivido por cada um de nós. Tal drama, refere-se a existência das leis positivas provenientes do Estado e as leis divinas, preexistentes numa dada sociedade com características peculiares dependentes do momento histórico e social.
Destarte, o presente trabalho também discorre objetivamente um paralelo entre a tragédia de Antígone, seu sofrimento ao tentar sepultar seu irmão Polinices, e a existência de um direito individual intrínseco e necessário que deveria ser amparado pelo Estado e não “esmagado” pelos interesses do mesmo. Tal aspecto leva a discussões de caráter moral, religioso e também jurídico, pois parte da ideia que Creonte projetava suas angustias, aflições e medos para a sociedade da época que o qualificava como déspota, por agir de maneira intransigente, acarretando para si futuras punições transcendentais e sociais.
Com base no exposto, consideramos também para realização deste, as afirmativas de Salvador (2002) onde, tanto Antígone como Creonte foram “castigados” por serem radicais em suas posições, não abrindo espaço para acordos ou conversações. Com isso, Sófocles tenta mostrar por meio da peça que o melhor caminho para fazer justiça seria intercalar as leis humanas com as universais, buscando um ponto harmônico para todos.
Para fins complementares do trabalho, ressalta-se a importância da obra como referencial clássico do direito, enquanto representação ocidental de fonte histórica da evolução dos direitos do homem (Epistemologia e a relação direito e sociedade).
- DESENVOLVIMENTO
- A disputa pelo poder
Percebermos na obra Antígone de Sófocles, a relação entre o direito natural, também conhecido como Jus Naturalismo, e o direito positivo ou Jus Positivismo. A tragédia ilustra o conflito entre esses dois ramos do direito: o natural e o positivo.
Após a batalha de Etéocles e Polinices motivada pela disputa do poder, os dois irmãos morreram após trocarem golpes reciprocamente. Creonte, rei de Tebas, promoveu o sepultamento a Etéocles por afirmar que este lutou a favor do bem e dando castigo a Polinices, onde afirmara que este estava em desacordo com as leis positivas, assim seu corpo não receberia o sepultamento devido, ficando em local aberto, putrefando e a mercê dos animais que por lá se encontravam. Antígone, não concordava com os princípios de Creonte e afirmava injusta sua decisão e que não poderia acatá-la.
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