Antígona – Descumpri mesmo
Artigo: Antígona – Descumpri mesmo. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: taistew • 10/9/2013 • Artigo • 380 Palavras (2 Páginas) • 365 Visualizações
Na Parte I- Epistemologia das estátuas quando olham para os pés: a ciência e o direito
na transição paradigmática - o autor constrói a ideia que a ciência, o direito, a educação, a
informação, a religião e tradição estão entre os mais importantes espelhos das sociedades contemporâneas. Espelhos no sentido de que refletem o que as sociedades são. No entanto, entre
os muitos espelhos da sociedade moderna, a ciência e o direito passaram de espelhos a estátuas. e – Portanto, tu ousaste infringir a minha lei? Tá maluca?
Antígona – Descumpri mesmo. Quer saber por quê? Porque não foi Zeus que a proclamou! Não foi a Justiça, sentada junto aos deuses inferiores; não, essas não são as leis que os deuses tenham algum dia prescrito aos homens, e eu não imaginava que as tuas proibições fossem assaz poderosas para permitir a um mortal descumprir as outras leis, não escritas, inabaláveis, as leis divinas! Estas não datam nem de hoje nem de ontem, e ninguém sabe o dia em que foram promulgadas. Poderia eu, por temor de alguém, qualquer que ele fosse, expor-me à vingança de tais leis?”
Eis, nesse diálogo, com algumas licenças poéticas, um bom exemplo do sentimento de indignação que surge toda vez que o ordenamento jurídico encontra-se fora de sintonia com o espírito de justiça presente na sociedade. Por isso, costuma-se dizer que a resposta de Antígona é uma das mais remotas defesas do direito natural.
No entanto, há outro diálogo, na mesma peça, que não é citado nos livros de introdução ao direito, que demonstra que o grande vitorioso desse embate entre direito positivo autoritário versus direito natural não foi nem um nem outro. Quem venceu foi o direito democrático.
O outro diálogo foi travado entre Creonte e Hémon, seu filho, que tinha uma quedinha por Antígona. Hémon, de forma até meio petulante, questiona a ordem do pai. O pai não arreda pé: disse que o que decidiu está decidido e ponto final. Antígona, portanto, deveria ser punida, conforme previsto na sua ordem.
Eis um trecho do diálogo:
“Creonte: Não está Antígona violando a lei?
Hémon: O povo de Tebas não concorda com você.
Creonte: Querias que a cidade me dissesse que ordens devo dar?
Hémon: Agora é você que fala como um menino. [Pouco antes, Creonte havia perguntado se cabia a seu filho ensinar-lhe
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