Argumentação Jurídica
Por: 02709542528 • 27/3/2017 • Abstract • 1.301 Palavras (6 Páginas) • 297 Visualizações
Resumo: A Arte de Argumentar – Gerenciando razão e emoção (Antônio Suárez Abreu)
O autor propõe com sua obra levar elementos para que as pessoas possam melhorar seu relacionamento profissional, a capacidade de trabalhar em equipe e resoluções de conflitos. Segundo ele, as pessoas teriam mais sucesso e o país seria uma líder mundial, se se preocupassem em gerenciar suas relações com as outras pessoas que as rodeiam profissionalmente e pessoalmente. Porém, para alcançar isso, necessita-se de saber conversar, argumentar e convencê-las, para que as mesmas exponham seus pontos de vista, seus motivos e desta forma haver uma interação entre locutor e interlocutor.
O maior desafio do Gerenciamento de Informações é o conteúdo que chega pronto ao público, sem ser investigado. O exercício para este gerenciamento está na leitura de clássicos, pois por este meio, pode-se realizar conhecer as pessoas e as coisas, sem limites no espaço e no tempo, e ver os mesmos panoramas com novos olhos. É essa gente, afiada no estudo dos clássicos, que as grandes empresas querem contratar.
Por conseguinte, quando entramos em contato com o outro, ao introduzirmos um assunto, preparamos a relação. E é preciso cautela, pois nos dias atuais temos muita dificuldade em ter uma aproximação com outras pessoas, devido principalmente aos avanços tecnológicos. E esta é uma grande provocação, pois o trabalho do futuro dependerá do relacionamento. É no relacionamento com o outro que vamos nos construindo e ganhando condições de sermos felizes.
No tópico seguinte o autor define argumentar como a arte de persuadir e de convencer. Convencer é saber gerenciar a informação e a fala – vencer junto. E persuadir, saber gerenciar a relação. Diferenciam entre si com relação ao ponto final, um no campo das ideias e o outro da emoção.
Em meio a um contexto histórico, o autor exemplifica o uso das técnicas de criar paradoxos a fim de desenvolver opiniões contrárias a do senso comum, chegando ao maravilhamento, ou seja, a capacidade de voltar a se surpreender com aquilo que o hábito vai tornando comum. A possiblidade de ter pontos de vistas diferentes para determinados assuntos, chamada de retórica, foi criticada por filósofos que buscavam a verdade absoluta, porém a retórica é amplamente utilizada nas ciências e na tecnologia devido, sobretudo ao exercício da criatividade.
A primeira condição da argumentação é definir uma tese e saber para qual tipo de problema seja a sua resposta, posteriormente, ter uma linguagem comum com o público. Terceiro, é ter contato positivo com o público, puramente gerenciamento de relação, sendo assim o bom humor, o respeito a hierarquias e, também, ser um ótimo ouvinte são indispensáveis. Por fim, a quarta condição alerta para o “agir de forma ética”, sendo honestos e transparentes, para que a argumentação não se transforme em manipulação. Tal atitude confere uma característica importante, a credibilidade. Ter credibilidade inclui comportar-se de modo verdadeiro, em outras palavras, basta procurar a criança que existe dentro de nós.
Além disso é preciso ter consciência do tipo de auditório, ou seja, o conjunto de pessoas que se pretende persuadir e convencer. Seja universal ou particular, este último, quando há controle das variáveis.
Sendo assim, ao iniciar o processo argumentativo visando ao convencimento, não se deve propor de imediato a tese principal ou a ideia que se quer “vender” ao auditório. É preciso preparar o terreno para ela, propondo alguma outra tese, com a qual nosso auditório possa antes concordar. Esta tese preparatória é chamada Tese de Adesão Inicial, e ganha estabilidade uma vez que o auditório concorde com ela. É baseada em fato ou em presunções.
As técnicas argumentativas são fundamentos que estabelecem a ligação entre as teses de adesão inicial e a tese principal. Essas técnicas compreendem dois grupos principais: os Argumentos Quase Lógicos e Os Argumentos Fundamentados na Estrutura do Real.
Os argumentos quase lógicos seguem a técnica da compatibilidade e incompatibilidade, na qual, a pessoa que argumenta procura demonstrar que a tese de adesão inicial de acordo com o auditório é compatível ou incompatível com a tese principal. Por exemplo, caso o auditório concorde que a cidade está um caos, logo a reeleição do atual prefeito é incompatível com a atual situação. Sendo assim, este argumento depende da natureza das coisas ou das interpretações humanas.
Na regra da justiça há uma fundamentação no tratamento idêntico a seres e situações integrados em uma mesma categoria, fundamentado na importância de um precedente. Na retorsão uma réplica é feita utilizando os próprios argumentos do interlocutor. O argumento do ridículo consiste em criar uma situação irônica, ao se adotar, de forma provisória, um argumento do outro, extraindo dele todas as conclusões, por mais estapafúrdias que sejam.
Na definição várias formas são possíveis, sendo: lógicas, expressivas, normativas e etimológicas. A lógica inclui as diferenças e gênero; na definição expressiva não há lógica, e depende do ponto de vista, como o conceito de família; as definições normativas indicam o sentido que se quer dar a uma palavra em um determinado discurso e dependem de um acordo feito com o auditório. E por fim, as definições etimológicas são fundamentadas na origem das palavras. Segundo o autor, as definições expressivas e etimológicas são as mais utilizadas como técnicas argumentativas, uma vez que permitem a fixação de pontos de vista como teses de adesão inicial.
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