CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
Projeto de pesquisa: CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: melllina • 30/9/2014 • Projeto de pesquisa • 1.686 Palavras (7 Páginas) • 301 Visualizações
CAPÍTULO 1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
Serão abordados neste capítulo a história da região escolhida, Sicília, toda a contextualização história desde seus primeiros relatos de invasão até a Unificação Italiana. Ingredientes típicos as região, ingredientes base da gastronomia siciliana e seus ingredientes trazidos pelos invasores, de onde surge uma vasta diversificação e rica gastronomia. E por fim, a justificativa da região escolhida e os fatores principais que nos levaram a essa escolha.
1.1 Sicília
Sicília, a maior e mais importante ilha do Mar Mediterrâneo, localizada no Sul da Itália, é separada por 3km do continente, pelo estreito de Messina.
Sua língua oficial é o italiano, possui a maior população das ilhas do Mar Mediterrâneo (198 hab/km²), também falam siciliano, principalmente na Calábria e Puglia. Algumas minorias também falam o arbëreshë, em Palermo; galo-itálico siciliano, em Enna e Messina; e o grego, também em Messina.
É reconhecida como uma das mais completas e fascinantes regiões da Itália e visitada anualmente por milhões de turistas de todo o mundo. O turismo na ilha é favorecido pela presença e inúmeros sítios arqueológicos, belezas naturais (Teormina e Cefalù) e a pela sua gastronomia regional, provenientes de produtos típicos do local.
A região, junto com outras ilhas ao redor tem intensa atividade vulcânica, dentre os principais vulcões estão: Etna, Stromboli e Vulcano.
Foi invadida por diversos povos, durante a Pré História (3.000 a.C.) foi invadida por Sicanos, Elímios e Sículos, povo que denominou dois nomes para a região. O primeiro foi Trinacria, por causa de seu formato triangular, posteriormente nomeada Sicília, exclusivamente pelo povo Sicano.
No séc. VIII a.C. os gregos colonizaram as costas Leste e Sul, que era conhecida como Magna Grécia, fundaram colônias de comércio. Fundada pelo ano 734 a.C., Siracusa, foi a principal cidade da ilha, onde foi exercida sua hegemonia. Porém, durante a primeira Guerra Púnica, em 263 a.C., os romanos invadiram Sicília, que passou a ser a sua província. Estes, a fizeram como sua principal produtora de trigo, onde instalaram colônias em Palermo, Siracusa e Catânia.
No séc. V chegaram os vândalos, fazendo com que ocorresse o declínio da ilha. Estes expulsaram os romanos da ilha e posteriormente, ainda no séc V, os Ostrogodos fizeram o mesmo com os vândalos, momento em que adentraram as terras Sicilianas os Bizantinos, com a Batalha de Mons Lactarius (552-553 d.C.), chegando posteriormente os árabes em 827 d.C..
Após esse período conturbado de disputa de terras, veio a invasão dos Normandos pelo Sul da península itálica, no séc XI, onde expulsaram os bizantinos e os árabes.
Logo depois vieram as invasões Suábias, que durou de 1185 a 1266 d.C.; as invasões Angevinas de 1266 a 1282; invasões Argonesas de 1282 a 1513; invasões Espanholas de 1513 a 1713; e a última invasão, pelos Bourbônicos de 1734 a 1860. Após esse período, em 1860 houve a unificação Italiana, que após a Segunda Guerra Mundial, com a ilha devastada pela pobreza e por causa da máfia, recebeu um estatuto de autonomia, onde se tornou uma região autônoma da Itália, com poderes de auto governo.
1.1.1 Ingredientes Típicos
A maior ilha do Mediterrâneo, repleta de influências, dentre elas, as mais predominantes: grega, romana, espanhola, normanda e árabe, através das invasões que ocorreram antes da unificação italiana. Os gregos introduziram a cultura gastronômica siciliana a azeitona verde, vinho, pães e a ricota salgada; os romanos valorizavam o cultivo do trigo e a criação de gansos; os bizantinos introduziram ao cardápio siciliano pratos recheados e agridoce; com os normandos vieram o bacalhau seco (produto não nativo na Sicília), pratos elaborados com carne e o stoccafisso; os espanhóis trouxeram chocolate, tomates, berinjela, batata, milho, cacau e abóbora; e por fim os árabes, que trouxeram a maior contribuição gastronômica da ilha, com o açúcar, cítricos, arroz, açafrão, uva passa, noz moscada, cravo, canela, pimenta do reino, figo amêndoa e pistache. A contribuição dos franceses para a gastronomia siciliana foi a arte do servir e a paixão pela cebola.
Como em todas as regiões da Itália, os ingredientes bases de sua culinária são os nativos desta região. Por se tratar de uma ilha, a carne não é algo característico de sua cozinha. Obtemos como base da culinária siciliana: tomate, azeitona, azeite, pimenta e berinjela (que podemos menciona-la como “a carne dos sicilianos”); a massa fresca, ervas e vegetais silvestres, crustáceos e peixes, sendo sardinha, anchova, peixe espada e atum os mais populares. Podemos citar também produtos como a lentilha, grão de bico, favas, pimentão, cebola, alho, alcaparra, laranja, limão, farinha de rosca, bottarga (ovas de peixe secas), ouriços do mar, pistache (o melhor do mundo, de Bronte), manjericão, orégano, salsa, hortelã, alecrim sálvia, finocchietto selvático, pães, sfincione. A manteiga é praticamente nula do cardápio siciliano, utilizada raramente e unicamente para doces. Quando não é utilizada a manteiga, utiliza-se a banha de porco.
Podemos dizer que a gastronomia Siciliana é a mais antiga, criativa e complexa de toda a Itália, tendo como razão principal dessa conclusão as culturas e inúmeros ingredientes trazidos juntamente com as invasões sofridas durante séculos.
1.2 Justificativa
A escolha da região foi tomada após estudos sobre as regiões da Itália, onde a região da Sicília nos encantou por conta de sua contextualização histórica e toda influência gastronômica adquirida a partir das invasões. Suas contribuições para a história tanto gastronômica quanto cultural nos impulsionou a uma grande pesquisa para extrairmos todas as influências que contribuíram para a cultura siciliana. Sua gastronomia rica, a vinda de produtos de regiões como Índia e China, a eficiência em produzir produtos de excelente qualidade, dentre os vinhos e azeites, a valorização de ingredientes nativos, tendo-os como base de suas receitas e toda a paixão pelo servir e comer bem, pela influência francesa, culinária fortemente influenciada pelo mar mediterrâneo e os pratos nunca antes vistos, como ouriço do mar cru, nos possibilitaram um conhecimento e paixão imensos pela cultura e gastronomia regional.
As receitas escolhidas são tradicionais e muito antigas, com grande influência Árabe,codimentadas, nos apresentaram um modo diferente de enxergar alguns ingredientes, como
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