Esquema - Comunicação e Função da Linguagem
Por: Victoriacrf • 1/5/2017 • Trabalho acadêmico • 2.224 Palavras (9 Páginas) • 467 Visualizações
Faculdade Independente do Nordeste / Curso de Direito _ Português Jurídico/ Prof.ª Ms. Paula Barreto/ Aluna: Maria Vitória Campos Brandão.
Comunicação e Função da Linguagem
TOMASI,C; MEDEIROS. J. Linguagem. In_ português Jurídico,São Paulo:Atlas, 2010
Resumo: tem como objetivo a compreensão de alguns conceitos da linguagem que podem levar à consciência de que alguns pontos de vista difundidos na sociedade não são científicos, como, por exemplo, considerar que a linguagem gramatical seja superior à não gramatical; traz também reflexão de como se livrar do preconceito linguístico... E Pesquisas.
❖ MODELO DE COMUNICAÇAO
Nos anos de 1950, a teoria da informação exerceu forte influência nos estudos da linguística. Diga-se, porém, que a teoria da informação examina a comunicação de uma perspectiva diferente dos estudos linguísticos e, naturalmente, com outros objetivos.
∙ O Modelo Mecanicista
O modelo mecanicista foi desenvolvido por Shannon e Weaver, em 1949. É um modelo físico, e não humano. Ele considera que de um lado da comunicação há uma fonte e do outro um destinatário. A fonte transmite um sinal que é captado pelo receptor. O sinal pode ser impedido por ruído e a mensagem chegar de forma distorcida ao destinatário. O modelo ocupa-se do ato de codificar e decodificar mensagens. A fonte transforma uma informação em sinal e o receptor transforma em informação novamente. O modelo mecanicista considera a comunicação de um ponto de vista neutro, ela seria sem intencionalidade manifesta e sem relação com o contexto social em que é processada
∙ Modelo Circular De Comunicação
Enquanto o modelo circular da comunicação ocupa-se da realidade do processo, os modelos lineares de comunicação tratam da transmissão da mensagem de um emissor e a um receptor, sem preocupar-se com a reciprocidade, característica da comunicação humana. O receptor tem possibilidade de torna-se emissor e de realimentar a comunicação. Nos estudos da interação ou do diálogo entre interlocutores, um dos primeiros estudiosos foi Bakhtin. Para o autor russo, a interação verbal é a realidade fundamental da língua. Goffman estudou os procedimentos de preservação da face na comunicação. Face é a expressão social do eu individual, a imagem pública que constrói de si mesmo. Ao atingir, o indivíduo põe em risco sua face. Os procedimentos de atenuação do discurso são exemplos de proteção da face:
Vá embora! [ Suma daqui! ]
Será que você poderia me deixar sozinha, por favor? [Será possível um minuto de sossego, por favor? ]
Do ponto de vista da interação, são relevantes na comunicação os seguintes aspectos:
No processo de comunicação, o texto é produto dos falantes que se constroem enquanto constroem juntos o texto;
A imagem ou simulacros que os interlocutores constroem na interação (a imagem que emissor de si, a imagem que faz do receptor, a imagem que o receptor faz dele mesmo, a imagem que o receptor faz do emissor);
Caráter contratual (aceitação das ideias do outro) e polêmico da comunicação; Não é possível considerar a mensagem apenas como expressão de conteúdo;
Ampliação do dizer na sociedade (às vezes, nos dirigimos a uma audiência, mas outros também participam de uma comunicação, manifestando sua opinião; imagina-se o caso de alguém que repreende alguém na frente de outra pessoa e esta, embora não estivesse inicialmente envolvida na comunicação, faz observação de que não se deve falar assim... ).
Os participantes de um processo de comunicação vão construindo-se, modificando-se e transformando-se. Assim, os sujeitos da comunicação não são dados previamente, mas se constroem enquanto se comunicam. Os sujeitos são construídos por diferentes vozes que fazem deles sujeitos históricos e ideológicos. Mesmo quando pensam que são originais, repetem formulações (ideológicas) sociais.
∙ Modelo Psicológicos de Comunicação
Consideram fonte e receptor como pessoas. É no íntimo das pessoas que ocorrem os processos de composição e de interpretação da mensagem. O receptor seria estimulado pela mensagem a processar uma interpretação
∙ Antropológico de Comunicação
O modelo tem pelo menos dois expoentes à sua frente: Lévi-Strauss e Eduard Hall. A comunicação seria um sistema de mensagem que permite ser interpretado. A comunicação é um instrumento é um instrumento de organização dos componentes culturais. Os sujeitos da comunicação precisam ser considerados como sujeitos competentes, que têm qualidade que permitem que eles se comuniquem.
Semiótica
Também apresenta contribuições no estudo da comunicação, sobretudo por ocupar-se dos sistemas de signos, como sons, imagens, cores, objetos, posses, que formam uma linguagem compartilhada por grupos sociais.
Modelo Sistêmico de Comunicação
Ocupa-se de integrar a descrição dos elementos e dos processos da comunicação, procurando compreender sua funcionalidade em determinado contexto. Enfim, a comunicação exige a presença de um emissor (destinador) receptor ( destinatário ) , o canal e a mensagem. Além desses elementos, são necessários processos para que ela se estabeleça, e tais processos compreendem: composição, interpretação, resposta.
O destinatário pode ter comportamento passivo, ativo ou proativo.
A composição de uma comunicação envolve escolha dos signos, palavras, desenhos, sinais, ícones, símbolos, canal e outros. Os elementos reunidos em certa disposição compõem um sistema de signos que significam algo. Veja-se o caso de um aviso num hospital, num ônibus, à porta de um museu, no mural de uma empresa, no relógio e ponto.
❖ Funções da Linguagem
Ao estudar a linguagem, a comunicação tem lugar privilegiado. No início do século XX, Saussure afirmou ser a língua fundamentalmente um instrumento de comunicação e isso foi motivo para uma ruptura entre a linguística saussuriana e as concepções comparatistas e das gramáticas do século XIX. Estes últimos entendiam que a língua era uma representação, ou seja, representava uma estrutura de pensamento de comunicação e a “lei do menor esforço”, que a caracterizam, seriam as causas da “desorganização”
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