Filosofia Jurídica
Por: hugotherense • 24/8/2015 • Artigo • 2.311 Palavras (10 Páginas) • 253 Visualizações
SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES
SÓCRATES
Sócrates nasceu em Atenas, por volta de 470 a.C., vindo de uma família humilde, sempre se dedicando aos estudos, meditações e na busca eterna da verdade, sempre no sentido em buscar a essência da alma humana. O interessante é que a vida de Sócrates viveu rodeada de mistérios e incertezas, umas vez que não escreveu nenhuma obra literária, o principal meio de propagação das suas ideias foram através do diálogo.
Mesmo não escrevendo nada concretamente o filósofo Sócrates deu base para inúmeras escolas filosóficas, tamanha a inteligência e capacidade de reflexão que ele possuía, influenciando inúmeros filósofos como Platão, Xenofonte, Aristófanes, Cratino, Êupolis, Ameipsias, Teopompo. Sua bondade e conhecimento se estendia à todos, ele não se preocupava em ser alguém reconhecido ou financeiramente tirar algum proveito de sua inteligência, sua busca era interior, era o bem e o justo.
A admiração era tão grande que Platão o reconhecia como sábio, encantador, Sócrates não gostava de comparações, ele não se igualava a nada e nem se sentia superior a nada, sua busca eram nas perguntas e respostas que não poderiam ser feitas ou respondidas de uma maneira clara.
“O parteiro das almas” foi um codinome bastante utilizado para se referirem ao sábio, em referência a sua mãe Fenareta, que era parteira de profissão, sua genitora abria as portas para à vida e Sócrates dava luz à consciência humana. Como lema de sua filosofia e de sua busca Sócrates adota à frase “Conhece-te a ti mesmo” como carro chefe.
O filósofo Sócrates acreditava que cada um era responsável em refletir e buscar sua verdade interior, não eram às palavras que ele dizia que faziam que os outros pudessem enxergar às coisas de uma maneira diferente, sempre humilde, Sócrates jamais se colocava como uma pessoas que se devia seguir ou buscar afirmações somente em suas palavras. Vemos essa característica no texto platônico:
Sócrates afirma:
“Tenho, de fato, a mesma importância que as parteiras. Parir com sabedoria não está em meu poder – e a crítica que muitos me infamaram, que aos outros colocando questões eu jamais apresento minha própria opinião sobre nenhum assunto e que a causa disso está no vazio de minha própria sabedoria, é uma crítica verídica. A verdadeira causa ei-la aqui: partejar os outros é a obrigação que o deus me impôs; procriar é poder que ele me retirou. Não sou eu mesmo sábio em nenhum grau e não tenho, em minha posse, nenhuma criação qualquer que seja e que minha alma ela mesma parido(...)Todos, à medida que avançam suas relações e à medida que o deus lhes seja favorável, maravilhosa é a rapidez com que eles progridem, segundo seu próprio julgamento e o dos outros.”
Vemos à humildade em sua afirmação, uma vez que, jamais ele indica a sabedoria de alguém à alguma imposição feita por ele mesmo, ou por algum modo de pensar dele mesmo, seu método, o chamado maiêutica, indica que ele apenas liberta o indivíduo da ignorância, restando à própria pessoa buscar a devida sabedoria, o mestre ensina, porém quem quer sugar toda essa informação e colocar em pratica para uma evolução pessoal é somente o indivíduo.
Com essa visão filosófica, se entendia que todas às pessoas poderiam encontrar as devidas respostas. Sócrates acreditava que existiam condutas absolutas em relação ao objetivo que o indivíduo pretende, a iniciativa e a busca constante uma hora seria recompensada, uma vez que qualquer pessoas poderia conhecer a verdade.
Em relação à ética, Sócrates esclarecia que tudo dependia de um equilíbrio, de um aperfeiçoamento interior. A ética seria uma conduta baseada no certo e no errado, na justiça, na harmonia, e caso a escolha fosse a errada deveria sofrer uma sanção, como imposição ou remédio para a alma.
A busca da felicidade sempre foi de grande relevância para a filosofia, tentar entender ou como poderia ser alcançado tal sentimento era primordial. Sócrates buscava à resposta da felicidade no equilíbrio, vindo assim a harmonia, essa harmonia encontrada pelas pessoas seria a felicidade.
Essas análises de que todos estão em um mesmo patamar de condições e inteligência imposta por Sócrates, não foi muito bem recepcionada por uma parte da sociedade grega, principalmente a parte da aristocracia grega.
Muitos dos ensinamentos de Sócrates iam na contramão da maneira como era o funcionamento da sociedade grega. Ele acreditava que com essas medidas impostas à evolução e o desenvolvimento intelectual não prosperaria e como possuía um grau de persuasão que acabava conquistando seguidores, principalmente os jovens atenienses, acabou sendo um inimigo aos olhos da elite conservadora de Athenas.
Ironicamente, o grande filosofo Sócrates que pregava que a injustiça não poderia ser combatida com injustiça, acabou sendo acusado de corromper a juventude, subversão da ordem, profanador das crenças gregas e condenado a beber cicuta, uma planta venenosa, vindo a falecer em 399 a.C.
Além de acreditar que a filosofia auxiliava na perfeição humana ao longo da vida, Sócrates também mostrava seu respeito à morte, expondo que essa evolução pessoal na vida seria transformadora no sentido de criar almas ou espíritos em plenitude, retos, virtuosos.
Infelizmente a vida de Sócrates não pode ser relatada com riquezas de detalhes, uma vez que não escreveu nenhuma obra literária ou algum documento escrito que tentasse expor suas ideias, usando somente o diálogo como forma de trabalho.
Graças aos seus discípulos que os ensinamentos de Sócrates puderam ser concretizados de uma maneira mais clara, com pesquisas e trabalhos, como um grande admirador Platão foi quem continuou com essa linha filosófica ocidental, como era chamado, e muitos outros ao longo da história.
PLATÃO
Nasceu em Atenas por volta do ano 427 a.C. o grande discípulo de Sócrates, Platão, diferentemente do criador da filosofia ocidental, Platão vinha de uma família rica, tradicional, e sua carreira foi voltada a política até que sua vocação falou mais alto foi levado cada vez mais para o lado da poesia e o teatro.
O divisor de águas para Platão foi conhecer Sócrates, onde a partir das ideias do grande pensador, pode voltar-se aos estudos dessa área tão brilhante. Platão estava em uma época em que as formas tradicionais de pensamentos, ou até mesmo de estruturas governamentais estavam sendo debatidas, muitas vezes pela maior sabedoria da sociedade, ressaltando que era uma época de expansão na área filosófica, entre outras.
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