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Fundamentos das Ciencias Sociais/ Semana 1 à 3

Por:   •  27/9/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.427 Palavras (6 Páginas)  •  288 Visualizações

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SEMANA AULA 01 - A QUESTÃO DO CONHECIMENTO: SENSO COMUM E PENSAMENTO CIENTÍFICO.

A LINGUAGEM COMO ATIVIDADE HUMANA

A linguagem é um sistema simbólico. Para que os símbolos façam sentido, devem ser dotados de aceitação social. Ex.: Palavra “Carro”. O que é? Como você sabe o que representa?

Logo, a linguagem é um sistema de representações aceitas por um grupo social que possibilita a comunicação entre os seus integrantes.

É a linguagem que nos diferencia dos demais animais. Construída com base na razão, serve para nos aproximar da realidade, só existindo onde há racionalidade.

No momento em que damos nome a alguma coisa, tal coisa se torna individualizada, passa a existir para a nossa consciência. O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que está longe de nós.

Não precisamos mais da existência física das coisas: criamos, através da linguagem, um mundo estável de ideias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o homem deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir o seu projeto de vida.

Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da razão que se chama cultura.

O pensamento de nada serviria se não houvesse a linguagem, não existindo, também, linguagem sem o pensamento.

Assim, as coisas não têm sentido em si mesmas, mas os homens lhes dão sentido, por meio do pensamento e da palavra, que formam o conhecimento.

AS FORMAS DE CONHECIMENTO

São maneiras pelas quais o homem procura explicar o mundo.

1) O conhecimento mítico: trata-se de uma forma de conhecimento não-lógico, fantasioso, isto é, embasa-se na sensação de que existem modelos naturais e sobrenaturais donde advém o sentido de tudo o que existe; ajudando o ser humano a “esclarecer” o mundo por meio de alegoria; não é produzido através de experimentações científicas, e sim a partir da imaginação humana. Por exemplo, na mitologia grega, o comportamento do mar, isto é, se havia tempestades em alto mar, ondas fortes, escassez de peixes, ou o contrário, era resultado do temperamento de Poseidon, governador dos mares; um dos muitos deuses da mitologia grega. Temos como exemplo também o Cupido. Geralmente são criados para explicar algo ainda não explicado pela ciência.

2) O conhecimento religioso (teológico): Baseado na fé, parte da compreensão e da aceitação de um Deus ou deuses, os quais constituem a razão de ser de todas as coisas. Eles “revelam-se” aos humanos e lhes transmitem suas verdades marcadamente incontestáveis, assim, não é necessário à razão compreendê-las, e sim aceitá-las, são leis absolutas. O teólogo busca continuamente racionalizar a fé, que é algo de essência místico-emotiva. A Teologia cristã, de todas as existentes hoje, é a mais bem organizada, pois utilizou-se da Filosofia grega para arquitetar seu racionalismo.

3) O conhecimento filosófico: É o amor pela sabedoria, a busca pelo conhecimento. É interrogar o próprio conhecimento e transformá-lo em um problema. Trata-se de um conhecimento racional, isto é, argumentado, debatido e compreendido que busca saber a índole e as conjecturas do pensamento humano, partindo de determinadas normativas de lógica do pensamento, dando sentido a discussão e viabilizando atingir-se desenlaces compreensíveis que possam ser aceitos e respeitados pelos restantes. Por exemplo, em um debate, ambas as partes expõem seus argumentos com lógica, frutos de pesquisas e reflexões pessoais; ao término pode-se não haver um ganhador, e sim uma conclusão racional, fruto das exposições e lucubrações dos componentes que atende como resposta verdadeira, aceita e compreendida ao questionamento que originou a discussão.

4) O senso comum (conhecimento empírico): Para se orientar no mundo, o ser humano assume como certas e seguras diversas coisas, situações e relações entre fatos, coisas e situações. Estabelece, assim, sistemas de discursos sobre o que tem vivido, isto é, sistemas de conhecimento.

Nem sempre o senso comum representa a realidade. Às vezes, conceitos errôneos são formulados e adotados por coletividades. São, na realidade, crenças e conceitos que parecem “normais”, mas não são dotados de investigação detalhada para se alcançar a verdade mais profunda. Geralmente dão origem aos ditados populares. Exemplo: “o preguiçoso trabalha dobrado”, “quem ri por último ri melhor”, “o leite só ferve quando você sai de perto”, “a fila do lado sempre vai mais rápido”, “o telefone só toca quando a gente sai de perto”.

5) O conhecimento científico: esta forma do conhecimento é também racional, gerado a partir do exame da realidade, por meio de experimentos ou por meio da averiguação da compreensão lógica de fatos, fenômenos, enfim, o que se passa na existência cósmica, humana e da natureza. É uma forma de conhecimento produzido metodicamente, que se alicerça na experimentação, validação e comprovação daquilo que se pretende a verdade. Por meio dos princípios que obtém, possibilita ao homem desenvolver ferramentas as quais lhe permite alterar a realidade para melhor ou pior. Exemplo: através do estudo do vírus H1N1 pode-se desenvolver um medicamento para combatê-lo, mas antes que este chegasse ao mercado foi testado para garantir não apenas sua eficácia contra o vírus citado como também eliminar riscos de possíveis reações nocivas ao organismo humano. Nasce com a hipótese e só existe depois de verificado pela experiência, por meio do método científico, gerando o conhecimento científico.

SEMANA AULA 02 – A INVESTIGAÇÃO CIENTIFICA DA SOCIEDADE: AS ASSIM CHAMADAS CIÊNCIAS SOCIAIS. PROBLEMAS SOCIAIS E SOCIOLÓGICOS. INDIVÍDUO E SOCIEDADE.

As ciências sociais englobam as áreas da Antropologia, Sociologia e Ciência Política. As ciências sociais fazem parte do grupo das ciências humanas (ex.: direito, história, geografia).

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