TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

Por:   •  14/9/2015  •  Monografia  •  836 Palavras (4 Páginas)  •  1.131 Visualizações

Página 1 de 4

[pic 1]                                                                           [pic 2][pic 3]

______________________________________________________________________        

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA          CÍVEL DA COMARCA DE CORONEL FABRICIANO - MINAS GERAIS

Autos nº 0037089-69.2013.8.13.0194

DEBORAH ANGÉLICA FERREIRA SILVA VIEIRA, já qualificada nos autos em epígrafe, da AÇÃO DE DIVÓRCIO c/c ALIMENTOS, que move em face de LUAN HENRIQUE SILVA VIEIRA, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar:

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

Pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

I – RESUMO DAS ALEGAÇÕES

Ajuizou a Requerente a presente demanda objetivando a fixação da pensão alimentícia no montante de 30% (trinta por cento) dos rendimentos líquidos do Requerido. Já que em relação ao divórcio as partes concordaram em decretá-lo.

Em sede de contestação, aduz o Requerido, em síntese, “que não há de prosperar as alegações da Requerente que presume-se que goza de boa saúde, pois não juntou qualquer documento hábil que a impossibilite de trabalhar, bem como também que dependia financeiramente do Requerido”. Acrescenta que para que ocorra a entrega dos alimentos é imprescindível que haja necessidade e possibilidade, o que não ocorre nesse caso.

II – DO MÉRITO

Alega o Requerido que a constância do casamento durou somente 16 (dezesseis) meses, dando a entender que em um matrimônio que não se perdura ao longo do tempo não existem obrigações a serem cumpridas.  

Ressalta que na época em que se casaram, LUAN também era de tenra idade. Sendo que 20 (vinte) anos é idade suficiente para ter noção dos seus atos, inclusive para contrair matrimônio. Ficando claro a todo o momento a necessidade que o Requerido tem de se eximir da sua obrigação maior de que é prover o sustento da Requerente.

Assim como afirma a contestação, sabe-se que a Requerente tem sim boa saúde, mas isso não a impede de ser equiparada pelo tempo que estava na constância do casamento, onde a mesma se empenhava aos cuidados domésticos juntamente com os estudos, e não tinha capacidade para celebrar contrato de trabalho.

Não há que se falar de documentação que comprove que a Requerente dependia financeiramente do Requerido, pois, uma vez casados, e com a declaração de hipossuficiência econômica  de fls. 06 , presume-se que em um casamento em que uma das partes não tem recursos suficientes, a outra parte fica incumbida de assistir-lhe no que for possível.

Cumpre ressaltar a decisão proferida no âmbito do Egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

EMENTA: SEPARAÇÃO JUDICIAL. ALIMENTOS PARA A EX-ESPOSA. TEMPORARIEDADE.- A pensão alimentícia para a ex-mulher, ainda jovem, deve ser concedida por tempo razoável para que a mesma possa se inserir no mercado de trabalho, pois, "o instituto dos alimentos foi criado para socorrer os necessitados, e não para fomentar a ociosidade ou estimular o parasitismo. Eles se dão "pietatis causa, ad necessitatem", não "ad utilitatem", e, muito menos, "ad voluptatem".


A Apelada é estudante, e, conforme seu próprio depoimento, já trabalhou no comércio em sua cidade natal, quando de separação anterior, possuindo, dessa forma, alguma experiência laboral. Se não está trabalhando atualmente, pode fazê-lo no futuro, assim, os alimentos devem perdurar pelo tempo suficiente a que a mesma se recoloque no mercado de trabalho, pois, data venia, pensão alimentícia não é meio de vida, muito menos seguro desemprego. A Apelada encontra-se perfeitamente apta ao trabalho, para também prover a sua subsistência, sendo certo que o instituto jurídico dos alimentos não poderá caracterizar-se como um estímulo ao ócio.

Com tais considerações, DOU PARCIAL PROVIMENTO ao recurso, mas tão-somente para fixar em três anos o limite temporal da pensão alimentícia que é prestada à Apelada, contados a partir do trânsito em julgado dessa decisão, tempo em que a beneficiária da prestação deverá diligenciar no sentido de ingressar definitivamente no mercado de trabalho e, consequentemente, amealhar condições de prover sua própria subsistência.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.6 Kb)   pdf (123.9 Kb)   docx (337.1 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com