Imprudencia médica

Imprudência

Na imprudência existe uma ação, e não uma omissão como visto no item anterior. O médico em sua conduta expõe o paciente a grande risco físico devido a sua falta de zelo.

Sobre a imprudência Miguel Kfouri Neto alega:

Na imprudência, há a culpa comissiva. Age com imprudência o profissional que tem atitudes não justificadas, açodadas, precipitadas, sem usar de cautela. É o caso do cirurgião que não espera pelo anestesista, principia ele mesmo a aplicação da anestesia e o paciente morre de parada cardíaca.

Imprudente também é o médico que resolve realizar em 30 minutos cirurgia que, normalmente, é realizada em uma hora – acarretando dano ao paciente. A realização de anestesias simultâneas, o cirurgião que empreende cirurgia arriscada sem garantia de vaga na UTI, a remoção de pacientes graves em ambulâncias sem equipamentos adequados – são atos imprudentes praticados pelos médicos. (2003, p. 95).

Ao agir com imprudência o médico, tem a possibilidade de prever que sua conduta gerará algum dano, porém, acaba agindo da mesma forma, ou seja, o médico imprudente quando tendo o conhecimento do risco e conhecimento médico, age assim mesmo.

Segundo Kfouri Neto (2003), demonstra o que não é muito difícil de diferencias a imprudência da negligência, caso um cirurgião opera com um bisturi não esterilizado: caso não conheça os perigos da infecção este agirá de forma imperita; já se o cirurgião conhecer os perigos da infecção e mesmo assim realizar o procedimento médico este agirá de forma imprudente.

O artigo 32 do Código de Ética Médica demonstra situação de imprudência médica “Deixar de usar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente”.

Contudo pode ser definido a imprudência, como a falta de conhecimento técnico da profissão, o despreparo pratico, ou ainda a não observação das normas que regem a profissão, colocando em risco os pacientes.