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Inteligência Artificial

Por:   •  4/9/2017  •  Resenha  •  2.462 Palavras (10 Páginas)  •  587 Visualizações

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3. A Inteligência Artificial nos dias atuais

É visível que com o auxilio de maquinas, uma pessoa consegue fazer o trabalho de várias, aumentando a eficiência. Mas não é só isso. A tecnologia permite reduzir erros e encurtar prazos, além de fazer coisas que não seriam capazes de ser feitas a mão.

Conforme um estudo da consultoria BCC Research, apontou que o mercado de “máquinas inteligentes” somou US$ 5,3 bilhões no ano de 2013, e deve chegar a US$ 15,2 bilhões no ano de 2019. Isso representa um crescimento médio anual próximo de 20% (vinte por cento). O estudo não inclui apenas máquinas, mas também software, abarcando sistemas especialistas, robôs autônomos, assistentes digitais, sistemas embarcados e neurocomputadores.

Segundo este relatório de estudo, essas máquinas são definidas, pela capacidade de se adaptar e aprender a partir de mudanças em tempo real, de operar autonomamente, ou seja, sem supervisão humana, e serem capazes de se comunicar com outras máquinas.

Em filmes de ficção, há muito tempo, já podemos perceber a presença de seres dotados de inteligência artificial, como o andróide tenente-comandante Data, da serie Star Trek, ciborgues assassinos dos filmes Exterminador do Futuro. Porém, na prática, essa realidade é muito diferente, e é recente a aparição de sistemas dotados de inteligência artificial, sendo que o que chegou ate hoje no mercado, foram sistemas mais simples e especializados.

Na área jurídica, a inteligência artificial vem avançando de modo impressionante, o que vem causando temor aos advogados, fazendo-os temer que seja a próxima vítima do Vale do Silício. Porém com pesquisas recentes, é declarado que um robô não devera substituir tão cedo um advogado humano. Já existe uma técnica de inteligência artificial, chamada Processamento de Linguagem, que tem sido útil para verificar que documentos são necessários para uma ação, por exemplo. Porém, mesmo com este avanço, as pesquisas acreditam que atividades como aconselhar um cliente, redigir uma petição, negociar e defender o cliente num tribunal, ainda continuará longe da tecnologia artificial por um tempo.

Conforme um estudo com o Professor da faculdade de Direito da Universidade da Carolina do Norte, Dana Remus e Frank Levy, do MIT, estudaram a ameaça da automação para o trabalho do advogado nos escritórios em geral. E concluíram que, se toda essa nova tecnologia legal fosse implantada imediatamente, o resultado seria uma queda estimada de 13% nas horas de trabalho dos advogados.

Segundo o estudo, uma avaliação mais realista seria de uma redução das horas trabalhadas de 2,5% ao ano durante cinco anos. Afinal, a análise básica de documentos, que tomava muito tempo de advogados, já vem sendo automatizada em grandes firmas de advocacia. Atualmente, apenas 4% do tempo dos advogados é gasto nessa tarefa durante o dia a dia.

A conclusão levou a uma pesquisa mais ampla sobre empregos e tecnologia. Em janeiro, a consultoria McKinsey divulgou um novo estudo dizendo que, embora quase metade de todas as tarefas possam ser automatizadas com a tecnologia atual, somente 5% dos empregos seriam inteiramente automatizados. Com base nesta definição, a McKinsey estima que 23% do trabalho de um advogado poderá ser automatizado.

Fica esclarecido, que a tecnologia vai influenciar elementos do trabalho jurídico dentro de uma ou duas décadas, mas não dentro de um ano ou dois, segundo especialistas. Advogados muito bem pagos usarão seu tempo trabalhando em questões legais no mais alto nível. Os demais serviços legais serão desempenhados usando a tecnologia ou, ainda, por pessoas que não estudaram direito. Os clientes corporativos com frequência não estão dispostos a pagar honorários para os escritórios onde advogados principiantes realizam as tarefas de rotina – trabalho que já vem sendo automatizado e terceirizado pelos próprios escritórios e no futuro serão facilmente substituídos pelos robôs. Portanto, o sócio de um escritório de advocacia, no futuro, será líder de uma equipe “e mais de um dos empregados será uma máquina”, disse Michael Mills, advogado e diretor de estratégias da Neota Logic, startup de tecnologia na área legal.

Seguindo o caminho da inteligência artificial no setor jurídico, startups já começam a desenvolver produtos específicos para escritórios de advocacia. Segundo a empresa de pesquisa CB Insights, mais de 280 startups já levantaram US$ 757 milhões desde 2012 em um claro sinal de crescimento e expansão nesse setor. Em muitas delas, o avanço é encorajador, mas comedido. Afinal, elas concentram-se em uma área legal específica, como falência ou patentes, ou numa determinada tarefa, como análise se contratos. 

Em Miami, Luis Salazar, sócio de um escritório com cinco advogados, começou a usar o software da startup Ross Intelligence em novembro do ano de 2016. Com ele, Salazar consegue pesquisar processos semelhantes ao que tem em mãos, além de rever casos e oferecer uma lista das ações mais relevantes. Tudo isso por meio da inteligência artificial baseada no software Watson, da IBM.

De início um pouco cético, Salazar testou o programa e se impressionou: ele precisou apenas digitar um assunto qualquer na máquina, gastando apenas alguns parágrafos de texto e minutos de seu tempo. No dia seguinte, logo de manhã, a máquina da startup Ross devolveu um memorando completo de duas páginas, bem embasado e com linguagem jurídica afinada com os melhores memorando de seu escritório. “O sistema de memorando da inteligência artificial me deixou totalmente impressionado”, disse Salazar, logo após testar o serviço. “É assustador para mim. Se o programa ficar ainda melhor, acho que muita gente pode perder o seu emprego em breve

O ritmo de avanço da tecnologia é imprevisível. Há anos economistas especializados na área afirmam que o trabalho rotineiro, como o de uma fábrica, pode ser reduzido a um conjunto de regras possíveis de serem computadorizadas. Eles acreditam que profissões como a advocacia está mais segura, porque o trabalho do advogado tem como estofo a linguagem.

Mas avanços no campo da inteligência artificial já derrubaram essa ideia. Afinal, a tecnologia já permite a realização de tarefas rotineiras, como um exame cuidadoso de documentos à procura de passagens importantes. Assim, os grandes escritórios de advocacia, sentindo o risco há longo prazo, estão adotando iniciativas para compreender a tecnologia emergente, adaptá-la e utilizá-la.

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