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Monografia

Por:   •  14/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  730 Palavras (3 Páginas)  •  189 Visualizações

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Resenha Crítica

O livro “o que é ética” de Àlvaro L. M. Valls inicia da melhor forma possível ao questionar  o conceito de ética. O autor nos ensina que existem vários significados para a palavra, sendo estudo e relexão sobre os costumes e comportamentos humanos ou a própria realização de um comportamento algumas delas.

O livro afirma que as questões da ética são constantes em nosso cotidiano e cabe a ética definir quando existe uma culpa real ou apenas um sentimento sem fundamento.

Outra questão importante a respeito da ética é se esta seria apenas o reflexo de um costume atual, ou seja, se a ética reflete na verdade as mudanças de costume sociais e se esgota nela.

O autor questiona se não existira um valor ético comum a todos os povos e, após exemplificar alguns postulados aparentemente comuns a todos, conclui que dificilmente se acharia um pressuposto ético comum e ela varia com os costumes de cada povo e, sobretudo, com a passagem do tempo.

Socrates, segundo a obra, é considerado o fundador da moral na medida em que dissocia a ideia de ética dos valores externos (costumes, leis etc), mas na convicção pessoal de cada um na consulta com seu “demônio interior”. Já Kant buscou uma ética universal apoiando-se na igualdade dos homens, o dever deve sempre basear as condutas e agindo, assim, de acordo com a moral.

A obra prossegue realizando um panorama da ética na Grécia Antiga. Platão afirma em uma de suas obras que “Deus é a medida de todas as coisas” a virtude seria a própria ideia do Bem como ordem a harmonia universal. Aristóteles, no entanto, possuía um perfil muito mais empírico que seu mestre e em suas obras específicas sobre a ética (Ética a Eudemo e Ètica a Nicômaco) percebe-se a busca por um bem mais concreto para o homem. O bem próprio do homem, segundo o filósofo grego, seria a vida teórica dedicada ao estudou ou a contemplação.

A respeito da relação da ética com a religião, o autor descorre sobre a diferença entre a religião grega e as antigas como um todo, cuja natureza era o foco e sobre a religião nascida com Issac, Abrão e Jáco, cujo Deus não se identifica com as forças da natureza e está acima de todas as coisas.

Essa diferença é especialmente importante para a ética, o objetivo das religiões com um Deus supremo passa a ser conhecer a vontade deste e aperfeiçoar-se no intuito de torna-se cada vez  mais parecido com essa figura perfeita. A obra afirma que a religião trouxe um progresso moral significativo para a humanidade, mas é necessário observar que o fanatismo religioso muitas vezes acabava e acaba por obscurecer muitos dos mandamentos de amor presentes na religião.

Quando a questão envolve o que seriam os ideias éticos, o autor alerta que essa resposta diverge de acordo com o tempo e lugar estudados. Existiam os gregos que enxergavam a ética na felicidade e na vida virtuosa, os que a enxergavam no estudo e prática teórica do bem e, ainda, aqueles que acreditavam em uma vida em harmonia cósmica.

No cristianismo, os ideais éticos se misturavam com o religiosos, ético era aquele que viva para Deus e sob seus mandamentos. Analisando a história percebemos que esses ideais cristãos estão carregados de dualismo como céu e terra, vida terrena e vida no paraíso, entre outras.  

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