O Que é Comunicação
Por: IsadoraeIsabela • 22/10/2021 • Ensaio • 1.026 Palavras (5 Páginas) • 77 Visualizações
DÍAZ BORDENAVE, J. E. O que é Comunicação. Editora Brasiliense. Primeira edição, 1982.
[1] Isadora Oliveira
O livro traz em seu contexto o importante papel da comunicação na sociedade, porém questiona a forma da sua empregabilidade para o real desenvolvimento do homem no seu convívio social. Ilustra a educação, com seus currículos defasados e disciplinas integradas sendo recortadas como se fosse possível, reduzi-las, e ainda diz que os meios de comunicação, buscam mais a lucratividade e poder, do que alcançar o bem-estar social, onde as pessoas realizem com plenitude o seu potencial humano.
O autor começa narrando a descoberta do “homem social” na década de 70, enfatizou que ele seria o produto e criador da sociedade e cultura o qual estaria inserido, onde o que rodeia o homem não é apenas o meio ambiente físico, mas também o social, composto por pessoas e relações de interdependência. Isso foi pensado apenas na década de 70, nas anteriores 50 e 60, a preocupação era com o conhecimento e melhoramento de seu entorno. E modelos mecanicistas eram empregados, advindos das ciências físicas e naturais, não trazendo a interação psíquica e social propriamente humanos. O planejamento, a organização ainda que empregados com boas intenções produzia formas manipulatórias e desumanas de trabalhar com as pessoas. O convívio social requer regras e organização, para que se estabeleça a ordem e a mediação dos conflitos. O homem não pode viver sem organização. Mecanizar, automatizar comportamentos é perigoso e tende a manipulação. O ideal social seria a temática da discussão e diálogo, interação psíquica como refere-se o autor. Mas a própria educação da forma como é pensada, ilustrada no texto não leva o homem a lugares de debates. A exemplo de uma sala de aula formatada em fileiras, e não em círculos como bem demonstra o autor.
No decorrer do texto ele contextualiza os diferentes espaços sociais onde ocorre a comunicação e seu linguajar diferenciado, como: estádios de futebol, feira livre, câmara de deputados, e sala de estar de uma família que assiste novela. Em todos os cenários expostos há a comunicação, em diferentes roupagens e falas. Seria até enfadonho dizer que falamos do mesmo jeito quando estamos em uma igreja e quando estamos numa festa, ou que se comportamos da mesma maneira. Cada ambiente e suas adequações linguísticas, até mesmo o silêncio é uma forma de comunicação.
A comunicação ela advém desde que abrimos os olhos, ao nascer. A obra questiona como se deu os primeiros atos comunicativos entre os homens, trazendo que poderia ser através de gritos, grunhidos, repetições de barulhos (era primitiva), e também a ideia de signos, significação, surgimento da gramática e linguagem. Esse estudo da inicialização da comunicação é de fato fabuloso, a importância dos signos até a transformação de forma ordenada da gramática. E olha a questão da ordem aqui novamente, necessária, para que cada um não desse o significado aleatório aos mesmos signos. A partir daí o texto já relaciona a evolução da comunicação que vai do oral, passando pelos desenhos, ao escrito, até chegar aos equipamentos, dos mais remotos como a tipografia, até os satélites e computadores potentes que domina os grandes setores de comunicação do mundo, e suas indústrias de informação, entretenimento e geração de lucros. Neste contexto é importante analisar que o homem reduziu as distâncias com a evolução dos meios de comunicação, o rádio e suas radionovelas, que por muitos eram escutados e que aguçava o imaginário cada pessoa, depois essa distância encurtou com a TV e suas telenovelas, agora visuais e as transformações acerca das informações aos poucos foram popularizando e trazendo novas formas de se comunicar e a esperança de um povo que ver abrir janelas de novas possibilidades de transformação do seu mundo, antes muito limitado.
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