O RELATÓRIO JURÍDICO
Por: coruja2019 • 3/11/2019 • Relatório de pesquisa • 608 Palavras (3 Páginas) • 151 Visualizações
UNIP – Universidade Paulista
Centro de Psicologia Aplicada - Alphaville
RELATÓRIO DE ESTÁGIO: PSICOLOGIA JURÍDICA
I – IDENTIFICAÇÃO
Relatores:
Supervisora:
Interessados:
Endereço:
ASSUNTO: Estágio realizado no dia 24/11/2017, das 14hs às 17hs,
II – DESCRIÇÃO DA VISITA E DOS ATENDIMENTOS
Durante o atendimento na DDM, chegou uma usuária para realizar um boletim de ocorrência de estupro de vulnerável.
Vilma 44 anos estava visivelmente nervosa, então pedi para ela me relatar os fatos: Contou-me que estava vindo do CAPS, estava com um papel na mão, dizendo que a pedido da psicóloga que estava atendendo sua filha, Camile de 15 anos, havia sido chamada para conversar, e contou que sua filha estava sendo abusada pelo seu cunhado.
Perguntei quando havia ocorrido isso, contou que a filha vem demostrando comportamentos agressivos, e tem ficado muito isolada em casa, apresentando um quadro de depressão, e tentou suicídio por três vezes. Contou que a Camile tentou contra a própria vida tomando remédios que o psiquiatra passou para ela em grande quantidade, por duas vezes e ainda havia cortado os pulsos com gilete.
Dna Vilma questionava o que estava acontecendo, porem a filha não falava para a mãe, o que ocorria com ela. Essa semana a Camile foi encaminhada para a psicóloga do CAPS a pedido do psiquiatra, e foi em conversa com a psicóloga que ela relatou os abusos sofrido pelo tio que mora no mesmo quintal que a família.
Perguntei como era a dinâmica da casa, quem morava com elas, ela falou que tem quatro filhos Igor de 20 anos casado, Renan de 17 anos que mora com ela, Vitor de 19 anos e Camile de 15 anos que foi muito desejada, pois ela queria uma menina.
Disse que estava se sentindo culpada por não ter protegido sua menina, falou que precisava trabalhar e Camile costumava ficar sozinha em casa, pois o pai também trabalha, e não sabia como iria levar essa notícia para casa, pois temia que o marido matasse o irmão.
Então ela me disse que a psicóloga vai ajudá-la a falar para o marido, na próxima segunda, mas não sabia como iria esconder isso o final de semana todo.
Falei para Vilma que entendia sua angustia, que era legitima a sua dor, mas que ela precisaria manter a calma para poder ajudar a filha nesse momento de vulnerabilidade emocional, e que não era só a Camile que iria precisar de ajuda, mas a família.
Como a filha não estava com ela na delegacia a delegada informou para retornar com a adolescente, pois é necessário para colher o depoimento da vítima, e dar andamento no processo, e finalizamos o atendimento.
III – PROCEDIMENTOS.
Nesse atendimento realizei uma escuta ativa por trinta minutos e intervenção psicológica com finalidade de acolhimento. Os dados foram analisados à luz da abordagem sistêmica e os aportes da Psicologia Jurídica.
V – IMPRESSÕES PESSOAIS
Observei a mãe emocionalmente abalada coma notícia, a culpabilização que decorre nesses casos, pela genitora, a falta de recursos simbólicos para elaborar o trauma, e a necessidade de acompanhamento psicológico para o sistema familiar.
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