TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O Representante da Empresa Requerida

Por:   •  12/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.587 Palavras (7 Páginas)  •  134 Visualizações

Página 1 de 7

III-        DA CONTESTAÇÃO:

O representante da empresa Requerida nega de forma veemente  as alegações trazidas no processo, pelo Requerente, de que teria assumido a responsabilidade sobre os impostos incidentes na motocicleta supracitada  a  partir do ano de 2011.

O demandante distorce a realidade fática, buscando, com a presente ação, transferir a responsabilidade fiscal sobre a  motocicleta  em comento para terceiros, por todos estes anos, não demonstrando nos autos os

Rua Artur Bernardes, nº 327 – Bairro Centro – Campo Belo/MG – CEP: 37.270-000 E-mail: wxcruz@gmail.com – Telefone: (35) 9.9747-2121

Página 7 de 14

Num. 82859487 - Pág. 7

 

requisitos jurídicos aptos a embasarem seus pedidos, o que será demonstrado na defesa que segue abaixo e, que, articuladamente, rebate as alegações do Requerente, senão vejamos:

III.a- DA REALIDADE FÁTICA:

Aduz, o Requerente nestes autos, que em meados dos anos de 2003/2004, deixou sua motocicleta na loja do Requerido para que este efetuasse  a revenda da sua motocicleta, visto que o demandado é comerciante no ramo de compra e venda de barcos e motocicletas via consignação, na região de Campo Belo/MG, há vários anos, com estabelecimento comercial situado nesta cidade desde o dia 12/12/1985 (certidão simplificada anexo).

Logo, o Requerido efetuou a revenda do bem do demandante, repassando-a a terceiro, todavia, com a promessa de entregar o recibo de transferência logo que este lhe fosse entregue devidamente preenchido pelo Requerente, então proprietário da motocicleta.

Todavia, em que pese o Requerido ter repassado o valor da revenda para o Requerente, e ter solicitado o documento para transferência de titularidade do veículo por várias vezes, este quedou-se inerte com este procedimento, motivo pelo qual não foi possível transferir a responsabilidade tributária da motocicleta para seu novo proprietário.

É de suma importância ressaltar que em momento algum o Requerente demonstrou interesse em apresentar o documento necessário para realizar a transferência de titularidade do veículo de seu nome para o do atual proprietário. Tampouco procurou saber do Requerido para quem a motocicleta havia sido revendida, ato que só veio a acontecer 07 (sete) anos após a relação jurídica consolidada, quando o demandante precisou utilizar crédito em  seu  nome e descobriu que havia uma restrição financeira junto à Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais (SEFAZ/MG), Receita Estadual, referente a

 

pendências nos tributos e multas incidentes sobre a motocicleta nos anos anteriores, o impedindo de contrair empréstimos, financiamentos e compras no crediário.

Destaca-se ainda que, ao ser procurado pelo Requerente, o demandado se dispôs a ajudá-lo a resolver tal pendência, no intuito de localizar o então comprador da motocicleta na época, para realizar a transferência de titularidade e da responsabilidade dos tributos que incidiam sobre o veículo. Vale frisar que isto só aconteceu 07 (sete) anos após efetivada a revenda  da  motocicleta para terceiro (tradição).

Após uma longa e minuciosa pesquisa para encontrar o novo proprietário da motocicleta, esta restou-se infrutífera, visto que o atual proprietário não pode mais ser localizado no endereço fornecido anteriormente. Entretanto, como foi o Requerido que de fato intermediou a revenda da  motocicleta do Requerente para um terceiro, agora em local incerto e não sabido, se comprometeu a quitar o débito inadimplente junto à Receita Estadual, por  onde o demandante daria plena e total quitação ao Requerido, sem nada mais poder requerer em juízo ou fora dele sobre o objeto daquela ação, conforme se verifica do item 4, do documento de ID 74062260 – Pág. 6.

Corroborando para com essa informação, observa-se que o Requerente trás nos autos uma cópia da petição onde pugnou pela juntada do comprovante de quitação dos débitos fiscais (IPVA / Multas / Seguro DPVAT / Taxa de Licenciamento) até o ano de 2011, conforme estipulado no  acordo  judicial devidamente homologado pela então MM. Juíza de Direito deste Ilibado Juizado Especial naquela época, a Dra. Ilca Malta Pinto, acostado  nos autos  retro, em 18/05/2011 (ID 74062260 – Pág. 7).

III.b- DA INEXISTÊNCIA DA OBRIGAÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANO MORAL:

 

O demandante requer, em suma, a condenação dos Requeridos para indenizarem ao Requerente no valor de R$  10.000,00  (dez mil Reais), a  título de danos morais, todavia, não fundamentou seu pedido em face  da  empresa Requerida, representada pelo Sr. Geraldo Magela Santos.

No entanto, as alegações do demandante não prosperam.

Explica-se:

A ação indenizatória, também chamada de ressarcitória ou reparatória, é uma forma de ação específica para a busca de indenização, ressarcimento ou reparação por atos de terceiros.

A responsabilidade civil traz alguns elementos estruturais, e o dever de indenizar abarca alguns pressupostos e classificações. Assim, para a configuração desse dever, se faz necessária a demonstração dos pressupostos e classificações a seguir tratados.

Vigora no ordenamento jurídico brasileiro, como regra, a responsabilidade civil subjetiva, que é aquela causada por conduta culposa lato senso, que envolve a culpa stricto senso e o dolo. A culpa stricto senso caracteriza-se quando o agente causador do dano praticar o ato com negligência ou imprudência. Já o dolo é a vontade conscientemente dirigida à produção do resultado ilícito.

Desta forma, a obrigação de indenizar e o direito de ser  indenizado surgem apenas se comprovado o dolo ou a culpa do agente causador do dano.

Diante disso, o autor do ilícito deve ter consciência do caráter ilegal de sua conduta, violando um dever jurídico intencionalmente (dolo) ou, ainda que não intencional, mas assumindo o risco, de forma consciente,  de causar lesão a outrem em virtude de negligência, imperícia e imprudência

 

(culpa em sentido restrito).

Entretanto, no caso em tela, não se desincumbiu o Requerente de demonstrar a existência de dolo ou culpa da segunda empresa Requerida diante dos fatos narrados.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.5 Kb)   pdf (45.8 Kb)   docx (11.1 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com