TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O Trabalho de Direito

Por:   •  27/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.804 Palavras (8 Páginas)  •  125 Visualizações

Página 1 de 8

O Direito regula relação de vida social, compondo interesse conflituantes. Esta composição pode revestir, essencialmente, duas formas. A compatibilidade dos vários interesses em jogo. O sacrifício do interesse que deve ceder em homenagem a outro, ou outros julgados mais importantes.

Mas a ponderação dos interesses e o seu tratamento pelo direito através de situações jurídicas obedece a valores, que não são necessariamente os mesmos em todos os ordenamentos estaduais.

De facto embora os fins de estado sejam hoje universalmente os mesmos, o seu entendimento varia em função de opções essencialmente da colectividade. Algumas dessas opções são relativamente estáveis, encontrando-se corporizadas na constituição. Pode ser o caso do regime económico e do regime político. Outras mudam com a visão constitucional. E muitas vezes o caso do sistema de governo ou do sistema eleitoral.

Introdução

Além da justiça, e da segurança, o direito, com ele o estado dos nossos dias, prossegue ainda um terceiro grande objectivo do Bem-Estar Economico, Social e cultural.

Diversamente do estado liberal do século XIX e do começo do século XX, o estado de hoje cuja as mãos na vida económica nas relações sociais e até na actividade cultural. Fá-lo, porque conclui que meros mecanismos do mercado não asseguram, necessariamente, por si só a superação ou a redução das desigualdades existente na colectividade.

Desenvolvimento

Apesar de investigações recentes e fundamentadas admitem que o óptimo económico-social pode ser obtido, em condições pré-determinadas, com maior probabilidade, mediante a lógica do mercado, não so essas condições não se encontram sempre preenchidas, como as assimetrias pessoais, funcionais e regionais exigem do estado intervenções visando garantir um patamar mínimo de Bem-estar.

E este objectivo que, por exemplo, justifica regras de direito estabelecendo níveis salarias mínimos, pensões sociais ou a tendencial gratuitidade de graus de ensino correspondendo a escolaridade obrigatória.

O fim do bem-estar económico, social e cultural e indissociável da justiça em geral, de forma especial, acha-se intimamente ligado a justiça redistributiva. Mesmo autores de base liberal, como John Rawls, o defendem. Mas, hoje, entende-se também que a salvaguarda do bem-estar constitui um contributo essencial para segurança interna e externa. A primeira e mais facilmente concretizável numa colectividade onde o Bem-estar esteja genericamente partijado pelos cidadãos. A segunda fica reforçada por um grande adesão e de consenso que o bem-estar propicia.

Também aqui se coloca a que tão do equilíbrio entre a racionalidade global e a pressão, por vezes ao totalmente racional, das estruturas sociais sobre o poder político do estado. A conjugação dos fins do estado (segurança, justiça e bem-estar), além de obrigar a um esforço de racionalidade global do sistema, suscita o problema das formas de racionalidade.

Pelo menos e possível apontar três modelos de raciocino na criação do direito, nomeadamente, em economias de mercado:

O primeiro e o modelo da subsunção, que obedece a uma racionalidade formal e respeita os valores da previsibilidade e da segurança. O direito deve preencher a certeza e evitar a insegurança quer na criação da lei, que na actuação da administração publica ou do juízo que aplicam. O direito e a sua aplicação são apresentados como um silogismo cuja concretização depende de um processo lógico conhecido, certo, repetidos automáticos.

O segundo e o do fim racional, que obedece a uma racionalidade substancial, e pretende superar segurança e justiça na resolução dos conflitos de interesses em sociedade. A lei tal como acto de administração ou acto jurisdicional, deve proceder a essa ponderação cuidadosa.

O terceiro e o modelo da necessidade racional, no qual a justiça redistributiva e o bem-estar pesam mais do que a segurança. Nele, o que importa não e tanta harmonização de interesses conflituantes quanto a satisfação de necessidades concretas de categorias de cidadãos.

Sistema económico e o regime económico

Sem substituir o estudo que melhor cabe da disciplinas como economia política ou ciência política. Mas apenas para que o leitor realize que o direito não nasce do vazio, não apresenta sequer uma mera precipitação de ideias socialmente desencarnadas.

Nasce de uma sociedade, num certo tempo e num certo espaço. Como por exemplo regime económico existente na sociedade encarnada.

Regime económico e a concretização, no tempo e no espaço, de um sistema económico.

Um sistema económico e o conjunto de princípios e de regras que presidem a organização da vida económica, que o mesmo e dizer, o modo social de produção, envolvendo a propriedade e a gestão social dos meios de produção e de distribuição dos bens económicos.

Na verdade, a actividade económica pode desenvolver-se num quadro em que a propriedade de todos ou dos principais meios de produção e de distribuição e colectiva (fala-se em sistema económico capitalista).

Pode, porem, conceber-se outo quadro de organização e funcionamento da vida económica. Com propriedade privada de todos ou dos principais meios de produção e de distribuição. E com a realização de interesses particulares, como lucro, a expansão, a superação de entidades concorrentes.

Os sois sistemas económicos anunciados são modelos, arquétipos abstractos. Os dois sistemas económicos apresentam a concretização dos sistemas económicos num determinado momento e num certo lugar.

 O regime económico atende ao modo social de produção e distribuição dominante numa sociedade específica.

O sistema político, o regime político, o sistema de governo, o sistema de partidos e o sistema eleitoral

Este também e influenciado pelo sistema pelo sistema social e pelas estruturas sociais em geral e culturais em particular, que não vamos aqui desenvolver. Sofre ainda o enquadramento do sistema político a que dedicaremos uma breve referência pela importância da sua relação com poder político.

Não são apenas o regime e as estruturas económicas que condicionam o direito criado em determinada sociedade. O poder político varia de estado para estado, de acordo com sistema político nele existente. O que abarca, no essencial, o regime político, o sistema de governo, o sistema de partidos e o sistema eleitoral.

Este atende ao conteúdo substancial que preside a actuação do poder político, ou colocando o acento tónico nos serviços dos cidadãos como pessoas ou na afirmação dos estado ou de valores transpersonalistas sobre eles prevalecentes.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (12.5 Kb)   pdf (104.1 Kb)   docx (12.3 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com