O Trabalho de Ética

                Texto: Ética e o caixa dois: Isso é da nossa Tradição?

Luiz Flávio Gomes

Resenha Crítica

                           

GOMES, Luiz Flávio. Ética e o caixa dois: Isso é nossa tradição (?). Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3397, 19 out. 2012.

Apresentação do Autor da Obra

       Luiz Flávio Gomes, nascido em Sud Menucci em 06 de maio de 1957 é jurista e professor, Doutor em Direito Penal pela faculdade de Direito da universidade Complutense de Madrid. Mestre em Direito Penal pela faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Foi policial militar, delegado, promotor de justiça e Juiz de Direito.

Perspectiva da Obra

Na Obra o autor trás uma perspectiva questionaria sobre a ética na sociedade. Até que ponto se deixou de seguir nossos próprios instintos, aquilo que sabemos ser correto para seguir um padrão que se enquadra na ’maioria’. E nos indaga afirmando que para sermos éticos e coerentes devemos remar contra a maré. Indo contra tudo aqui que é posto como correto.

Breve síntese da Obra

Nas épocas atuais, se defende mais o que está incorreto do que o correto? Aonde nossa ética vai parar? Será que ser correto é ir contra tudo que é feito no nosso dia a dia, será que chegamos a esse ponto em que a ética tornou-se um fardo e é mais fácil deixar que outro tome nossas decisões nessa ilusão de ter se livrado da liberdade?

Principais teses desenvolvidas na obra

° Existe alguma força sobrenatural que leva nossos representantes públicos a agirem da mesma forma?

° Deve-se assumir sua responsabilidade pelo ato que tomar, a responsabilidade pela sua liberdade.

° A ética tornou-se um fardo?

GOMES, Luiz Flávio. Ética e o caixa dois: Isso é nossa tradição (?). Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3397, 19 out. 2012.

Ética e o caixa dois: Isso é da nossa tradição?

Resenha Crítica

 No texto o autor aborda o tema da ética na questão do caixa dois, que é um assunto que cada vez mais nos deparamos no nosso dia a dia, nos jornais e em todos os meios de comunicação.

 Luiz Flávio nos leva ao questionamento sobre a liberdade, somos livres para tomar nossas decisões ou somos levados a seguir caminhos que já são predeterminados por uma sociedade cada vez mais afastada da moral? Essa é principal indagação que devemos nos fazer em nossas vidas. A obra nos leva a reflexão também de que a ética é interna, que somos livres para escolher o que queremos fazer, temos essa liberdade mesmo quando não queremos, a liberdade está em nós. Esse é um ponto bem interessante, pois por muitas vezes e por diversos motivos, às vezes nos sentimentos presos a algo e há tomar alguma decisão baseada em algum fato que em nós foi posto, mas a verdade é que somos livres para seguir e percorrer o caminho que quisermos.

  Conseguimos compreender na obra também o quanto a sociedade está inversa, a ponto de que se quisermos agir corretamente devemos remar contra a maré, ou seja, ir ao contrário daquilo que a maioria vai, e claro que a verdade está presente nessas afirmações basta olhar ao nosso redor, olha que o que passa todos os dias em nossos noticiários.

 Muitos de nós temos o medo de assumir a responsabilidade em ser livre e tomar decisões contraria as que todos tomam, talvez por isso estejamos tão de encontro com uma sociedade injusta e imoral, pois é mais fácil ser igual a todos do que ser diferente, chamar atenção, e lutar contra tudo que vai tentar lhe afetar a partir daquele momento. Até quando ficaremos assim? Até que ponto vamos nos calar diante absurdos feitos e que nos afetam diretamente todos os dias, essa é a analise do autor e que com toda certeza concordo. Mas só concordar, será que isso basta? Até quando vamos ter certeza que de está errado mais não vamos fazer para mudar tudo isso? Temos que começar a aceitar o fato que temos LIBERDADE, essa palavra que talvez assuste um pouco, mas que está em cada um de nós e que tem um pode maior do que podemos imaginar. Devemos começar a usa-la com mais frequência, começar uma mudança que a sociedade precisa urgentemente.

...