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O que é Sociologia

Por:   •  18/4/2017  •  Resenha  •  2.311 Palavras (10 Páginas)  •  181 Visualizações

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O QUE É SOCIOLOGIA

INTRODUÇÃO

Para o autor Carlos Benedito Martins a Sociologia é uma Ciência que trabalha em duas vertentes uma utilizada como uma ferramenta de manipulação das classes dominantes para se manter no poder e no controle dos seus interesses e a outra por grupos de movimentos revolucionários defendendo e disseminando seus ideais.

Teve seu crescimento em grande parte do mundo disseminado em várias escolas e em outros pontos perseguido em locais com o receio da formação de grandes revoluções.

Para o autor para entender essas visões diferenciadas e entendimento dessa ciência, por pessoas diferentes é preciso estudar sua história.

Para o Autor a sociologia é uma ciência formada por um conjunto de conceitos, técnicas e métodos, utilizados para entender a vida social de todas as pessoas. E com isso se valer de uma ferramenta poderosa para orientar uma sociedade a viver melhor.

Uma ferramenta que pode ser utilizada tanto para conduzir grupos políticos e econômicos a manter seus interesses quanto para conduzir uma população a um melhor convívio nas diferentes fases da história de cada país.

O autor procura através de reflexões entender como os sociólogos podem contribuir para um melhor relacionamento entre os grupos e classes políticas.

CAPÍTULO PRIMEIRO: O SURGIMENTO

Podemos entender a Sociologia como a manifestação do pensamento moderno, não foi criada apenas por um filósofo ou cientista, mas por vários pensadores que se dedicaram para entender as novas situações de existências da época que estava em andamento.

Um dos pontos que mais ajudaram na fixação da Sociologia foi a dupla revolução (industrial e a francesa) que desencadearam através de suas transformações econômicas, politicas e culturais por volta de 1830.

A revolução industrial não foi só a criação de grandes máquinas mas foi também o triunfo do capitalismo através de empresários que foram enriquecendo a cada dia e fazendo de pessoas humildes seus trabalhadores, com jornadas de trabalhos excessivos sem férias e sem nenhuma condição mínima de trabalho. Além de tirar o ganha pão das pessoas do campo que tiveram que migrar para a cidade a fim de tentar sobreviver e manterem suas famílias dignamente. Com o aumento da população nas cidades e com a falta de infraestrutura, problemas começaram a surgir como doenças, criminalidades, prostituições, violências e tudo de ruim que se possa ter em um ambiente hostil. E com isso nasceu o proletariado e sua organização contra o capitalismo e uma inclinação para o socialismo como uma alternativa para uma melhoria.

Importante relatar que homens mesmos não sendo homens de ciência e sociólogos ajudaram muito no processo de orientação para ações de reforma para melhoria naquela época.

Contudo grandes pensadores como Owen, William Thompson e Jeremy Bentham de 1748 a 1858 o que eles escreveram foi um grande aprendizado sobre a sociedade como são formadas e como são constituídas.

Então pode-se identificar que a Revolução Industrial com toda a sua modificação na sua sociedade, ou seja pelas novas condições de existência por ela criadas. E portanto um dos pilares para o surgimento da SOCIOLOGIA.

Porém um outro ponto também contribuiu para o surgimento da sociologia que foi a nova forma de pensamento oriundo do ocidente europeu sendo a observação e experimentação, passando do método científico para a explicação da natureza o que lhes trouxe a possibilidade de a controlar e dominar. Neste período através dos racionalistas a teologia deixou de ser a norteadora dos pensamentos. Para Francis Bacon (1561 – 1626) o novo método de conhecimento, baseado na observação e na experimentação, ampliaria infinitamente o poder do homem e deveria ser estendido e aplicado ao estudo da sociedade, chegando a propor um programa para acumular os dados disponíveis e com eles realizar experimentos a fim de descobrir e formular leis gerais sobre a sociedade.

No século XVIII, ainda uma forte influência da ideia de Bacon, como a de que a indução e não a dedução, que nos revela a natureza do mundo, e a importância da observação enquanto instrumento para a obtenção do conhecimento. Também um dos grandes destaques foram os iluministas que baseados nas ciências naturais e combinando o uso da razão e da observação, analisaram quase todos os aspectos da sociedade e tinham como objetivos estudar as instituições de sua época e mostrar que elas eram irracionais e injustas que atentavam contra a natureza do indivíduo e que acabava impedindo a liberdade do homem. Também os homens comuns passaram a deixar de lado as instituições sociais as normas como fenômenos sagrados e imutável e observaram que tudo foi criado pelo homem e por ter sido criado pelo homem então passível de modificações e transformações evolutivas.

Por volta de 1789, a burguesia lutou fervorosamente contra o feudalismo objetivando manter no Estado sua autonomia em relação à Igreja. Seu objetivo não era apenas mudar a estrutura do Estado, mas abolir a antiga forma de sociedade e trazer inovações na economia, política e cultura. A igreja também sofreu com o golpe, pois foram confiscadas suas propriedades, suprimindo seus votos monásticos e tirando as funções de educação que foram passadas para o Estado. Além de amparar e incentivar os empresários.

O impacto da revolução Francesa foi tão profundo que pensadores franceses se espantaram com tantas mudanças e adesão de todos da época. Para eles a revolução era considerada uma anarquia uma desordem e seus papeis eram encontrar um estado de equilíbrio na nova sociedade e para isso seria necessário conhecer as leis que regem os fatos sociais, instituindo uma ciência da sociedade.

A burguesia uma vez instalada se assusta com a própria revolução que tem que utilizar de estratégias para controlar os revolucionários.

Com isso a revolução deveria dar lugar à organização e ao aperfeiçoamento da sociedade onde a tarefa dos fundadores da sociologia é a estabilização da nova ordem.

A França no início do século XIX, passou pelo mesmo processo da Inglaterra com sua revolução industrial. Crescimento da industrial com suas máquinas modernas, crescimento das industrias, utilização de mão-de-obra barata, redução da população rural e aumento da área urbana trazendo com isso problemas de habitação, higiene, saúde e muitos problemas sociais.

A partir da terceira década do século XIX, aumentam crises econômicas e as lutas de classes reprimidas pela burguesia

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