O surgimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Na história da humanidade muitas já foram as barbáries que os homens fizeram contra a própria espécie. Dentre os vários exemplos de atrocidades estão: a submissão de povos por outros; conquistas de forma violenta de terras, dizimando assim populações nativas; a escravidão de seres humanos em trabalhos forçados e utilização em outros sistemas de produção; discriminação e opressão de gênero, de religião, de seita, de orientação sexual - homofobia, racismo; entre tantos outros.

Fica evidente na história das conquistas dos direitos humanos que as ações voltadas para a sua implantação efetiva no mundo contemporâneo perpassa a mesma história da realização da cidadania entre todos(as) os sujeitos de direito. Estas reivindicações pela implementação de um Estado de direito onde fossem regidos pela existência legal e promoção social do ser humano tornaram-se alvo das grandes mobilizações, organizações, controle e participação popular ao qual galgou passos junto com os grupos excluídos pelo processo capitalista desde o final do século XVIII ganhando destaque em suas lutas no início do século XX.

O surgimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos - DUDH ocorre após as atrocidades ocorridas pela Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) e os seus reflexos, tal como o ganho de força do movimento fascista , liderado por Benito Mussolini na Itália, e do movimento nazista , liderado por Adolf Hitler na Alemanha, ao qual destruíram, através de atos violentos, e a favor de uma ideologia que prezava pelo nacionalismo extremo, totalitarismo, militarismo, propaganda que incitava o ódio aos vistos como inimigos, milhões de seres humanos, sendo futuramente decretado estas ações como um dos piores crimes já cometidos contra a humanidade e como a violação dos pressuposto de respeito a dignidade humana.

A DUDH decorre como uma resposta das nações acerca das violências cometidas contra o ser humano, procurando assim instalar uma norma que servisse de conduta para organizar e visar pela segurança e dignidade da vida da pessoa humana. Com isso, contém na declaração aspectos que valorizam a cidadania, uma vez que se intitula como direitos universais alocados à todos(as) sem restrição. Obedece, desta forma, o princípio de universalização de direitos mínimos que devem ser presentes na

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