Os Governos Fascistas
Por: cesabf • 12/9/2021 • Resenha • 1.080 Palavras (5 Páginas) • 238 Visualizações
Cesar B Fonseca – Ciências Políticas
Atividade Supervisionada - 3 pontos (encerramento 19/09/2021) - enviar em PDF
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O governo atual, do mandato Bolsonaro, tem sido comparado, em mídias sociais e veículos jornalísticos, ao governo fascista, ora ao modelo político nazi-fascista.
A esse respeito, é importante se utilizar de fundamentos técnicos e acadêmicos para fundamentar o posicionamento de eventuais comparações, seja em qual sentido for.
Os modelos políticos fascista e nazista são amplamente abordados e estudados pela ciência política, que identifica quais são os seus elementos e como tais governos foram implementadas, bem como as suas características determinantes.
Assim sendo, como atividade prática supervisionada, é necessário elaborar uma lauda de no mínimo duas laudas, no qual deverá ser analisado o modelo de governo fascista, destacando suas características e elementos determinantes, e comparando-os com os elementos do governo atual, a fim de que seja possível alcançar uma resposta fundamentada a esse questionamento!
Observo que o(a) aluno(a) poderá alcançar a conclusão que entende ser devida, contanto que fundamente a sua dissertação em elementos construídos pela doutrina, e se utilize de argumentos e construção textual coerentes.
O envio deverá ser feito em PDF.
Boa atividade a todos!
O Fascismo é uma ideologia política radical da direita conservadora que surgiu na Itália no final da década de 1910 e tinha como principal característica o amplo controle do estado e pelo autoritarismo. Embora tenha surgido antes, ganhou força em 1922 quando Benito Mussolini assumiu o poder na Itália. Este movimento teve adeptos pelo mundo como Alemanha com o Nazismo de Adolf Hitler que é um movimento influenciado diretamente pelo Fascismo Clássico Italiano de Mussolini. Em Portugal destaca-se o Salazarismo sob a liderança de Antônio de Oliveira Salazar e também tinha fortes influências do Fascismo. Na Espanha destacou-se o Franquismo sob o comando do General Francisco Franco e também seguia as mesmas ideologias Fascistas. De modo geral, o Fascismo se apresentava com as mesmas características:
- Nacionalismo pois defendiam amor à pátria;
- Xenofobia por ter aversão ao estrangeiro pelo próprio sentimento nacionalista exagerado;
- Aversão ao diferente dos padrões sociais concebidos por eles;
-Autoritarismo por impor obediência absoluta a autoridade do líder;
- Conservadorismo por valorizarem apenas os saberes eruditos e tradicionais, Além da manutenção de ideologias e ideias conservadoras e antigas na sociedade;
- E princípio de guerra permanente onde seus defensores vivem em constante ideologia de guerra, procurando um inimigo para derrotar.
Trazendo esse contexto para situação atual do Brasil, não é difícil comparar as ações do presidente Bolsonaro com as características apresentadas sobre o Fascismo. A começar pelo constante discurso de nacionalismo, inclusive seus seguidores se auto intitulam os “Patriotas” e por este sentimento exagerado, acabam sendo xenófobos em relação aos venezuelanos por ter origem de país comunista na concepção dos patriotas. O governo se mostra também como um líder absoluto e mais uma vez os patriotas o chamam de “Mito”, muito semelhante com a atuação de Mussolini na Itália durante o Fascismo Clássico (1922 a 1943), onde o povo o chamavam de “Lider”. O governo e seus seguidores também têm aversão ao que não consideram alinhado com sua concepção de sociedade. Do mesmo modo, o governo atual se coloca com tal autoridade que além da população o veja como líder absoluto, os demais poderes estejam sempre submissos aos seus mandos e desmandos, fatos que vêm ganhando expressividade na mídia por estarem em constante atrito. Além do que foi apresentado, o governo brasileiro prega um senso conservador que por sinal, denota homofobia, misoginia e racismo, adotando práticas não científicas como é o caso do desprezo a vacinação contra o COVID, não se alinhando a ciência moderna. E por fim o clima político atual é de guerra entre partidos políticos, apoiadores e esquerdistas. Esse clima ganha força com a influência do próprio presidente em aparições em manifestos e incitação para a disseminação de notícias falsas o colocando como herói ou construindo conceitos errados para temas que não é de seu agrado, como exemplo o movimento Socialista de Karl Max.
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