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Os Movimentos Feministas

Por:   •  12/4/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.547 Palavras (7 Páginas)  •  170 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

O trabalho a seguir discorrerá sobre os movimentos feministas no Brasil. Explicitando suas lutas, e as conquistas realizadas com o decorrer da história, assim como o que são e o que eles buscam.

Com seu inicio na Europa, o “feminismo”, ou seja, a busca/luta pela igualdade de gêneros se espalhou rapidamente pelo mundo todo, e a cada conquista uma nova luta se formava, por exemplo, a princípio elas buscavam pela igualdade formal dos homens em relações as leis e da política, hoje, após esta conquista, buscam  além dos salários igualitários o poder de amamentação em público e a quebra da cultura da mulher submissa.

O QUE É O MOVIMENTO FEMINISTA?

O movimento feminista é a luta pela igualdade de gêneros e pelo fim de todas as formas de opressão exercidas sobre as mulheres.  Os primeiros movimentos registrados na história moderna foram no século XIX na Europa, as quais ocorreram pelo fato de as revoluções burguesas terem conseguido impor a igualdade formal dos homens nos níveis das leis e da política sem que se estendessem as mulheres.

Em seus primeiros movimentos asa mulheres exigiam que os direitos adquiridos não ficassem acessíveis somente aos homens, porém esta conquista ocorreu muito posteriormente na maioria dos países, na Inglaterra e na França, por exemplo, o “Movimento Sufragista” perdurou por três gerações, sendo conquistado somente no inicio das primeiras décadas do século XX.

As chamadas feministas tiveram como base nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade para chamarem a atenção do mundo para a questão das diferenças de gêneros.

A origem feminista teve como embasamento diversos escritores e escolas filosóficas, mas foi o feminismo francês que buscou por uma maior inspiração. Simone de Beauvoir foi uma importante escritora francesa e ativista política, e também nos direitos femininos ela foi uma das maiores influenciadoras do movimento. Eis uma de suas frases: “É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta.”.

Atualmente diversos debates procuram tratar sobre os direitos das mulheres e obter atenção em relação às diferenças entre os sexos, relembrar e assim celebrar as conquistas já alcançadas e provocar o pensamentos no que ainda pode ser feito para diminuir a violência contra as mulheres. No dia oito de março é comemorado o dia da mulher, sendo exemplo da importância de dedicação de tempo à causa feminina, muito já foi conquistado, mas há muitas mudanças a acontecer, sendo um dos grandes desafios acabar com o machismo presente e entrelaçado em nossa sociedade.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO MOVIMENTO FEMINISTA NO BRASIL

Os direitos das mulheres e as lutas pelas minorias em geral sempre estiveram ligadas. Na era do Brasil Colônia (1500-1822), pouco conseguiu-se ser conquistado, a cultura era voltada a repressão das minorias e vivia-se muito a desigualdade e a relação de patriarcado. As mulheres eram consideradas propriedade de seus chefes de família, seja pai, marido ou irmão, as mulheres negras na sua condição de escrava, e as brancas, restritas às tarefas do lar.

Nesse período a luta das mulheres era voltada as carências da época, sendo elas: direito á vida política, educação, direito ao divórcio e livre acesso ao mercado de trabalho.

No Império (1822-1889) o direito a educação foi conquistado e passou a ser reconhecido, tendo inicio com a professora Nísia Floresta, fundadora da primeira escola para meninas no Brasil. A partir da obra da inglesa Mary Wollstonecraft, Nísia redige vários livros e artigos nos jornais sobre a questão feminina, o abolicionismo e o republicanismo. Suas obras Conselhos a minha filha, de 1842; Opúsculo humanitário, de 1853 são apontadas como as primeiras sobre feminismo no Brasil.

Com a chegada da República, o movimento feminista torna-se mais vasto, porém o novo regime ainda não declara o direito ao voto e nem facilita o acesso ao mercado de trabalho ás mulheres (brancas de classe média urbana ou rica).  Mesmo que a República tenha separado a Igreja do Estado e instituído o casamento civil ainda era difícil de se obter o divórcio.  O Código Civil de 1916 colocava a mulher como incapaz e dependente do pai ou do marido, as que eram casadas deveriam obter a autorização do marido para viajar, receber herança, trabalhar fora de casa ou um patrimônio.  Com a chegada das primeiras fábricas, o trabalho feminino e infantil foi exigido, por ser mal remunerado e ajudar a manter o baixo custo da produção.

Neste âmbito, surgem Leonilda Figueiredo Daltro, fundadora do Partido Republicano Feminino e Bertha Lutz da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, ambas lutavam pelo direito ao voto e pela igualdade entre homens e mulheres.

Governo Getúlio Vargas (1930 - 1945)

Devido a amplitude dos movimentos feministas, as brasileiras conseguem direito de voto em 1932, porém  com o firmamento de Getúlio Vargas e do Golpe de 37, a ditadura varguista fecha o Congresso e suspende as eleições, e em consequência  a imagem da mulher conceituada pelo governo Vargas será a mulher que trabalha como enfermeira, professora ou secretária, além de esposa dedicada ao lar.

Década de 50

Com a volta da democracia, duas advogadas ganham destaque: Romy Martins Medeiros da Fonseca e Oeminda Ribeiro Bastos, as quais solicitaram um estudo à Câmara dos Deputados com relação à situação da mulher casada no Código Civil Brasileiro.

Indignadas com as leis que faziam a mulher casada ser submissa à tutela do marido, fizeram uma nova proposta que ampliaria os direitos da mulher. A proposta foi apresentada ao Congresso Nacional em 51. Mesmo com sua grande repercussão a proposta correu por dez anos por meio da burocracia parlamentar. E foi somente com a pressão do movimento que o Congresso aprovou o projeto.

Década de 70

O país passava pela ditadura e quaisquer que fossem as manifestações, elas eram vistas como ameaça à segurança nacional. Muitas mulheres tentaram lutar contra a ditadura e foram presas, torturadas e exiladas.

Durante o estiramento promovido pelo general Geisel, diversas mulheres, entre elas Therezinha Zerbini, criaram o Movimento Feminino pela Anistia, o qual reunia mães e esposas que tiveram seus filhos e maridos exilados ou presos pela Lei de Segurança Nacional. Em 1975 a ONU declara como Ano Internacional das Mulheres.

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