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Psicopatas: Conceitos, Sintomas e Tipos

Por:   •  8/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  700 Palavras (3 Páginas)  •  180 Visualizações

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PSICOPATAS: CONCEITOS, SINTOMAS E TIPOS

De acordo com Gomes e Almeida (2010), a psicopatia consiste em um transtorno de personalidade, apresentando, como principal característica, alteração no caráter do indivíduo, que faz com que ele recorra a ações comportamentais patológicas para manipular e controlar mais facilmente as pessoas. No entanto, estabelecer um conceito para o que seja a psicopatia não é fácil: ao contrário, é tarefa que se reveste de alta complexidade.

Tendo surgido na concepção do senso comum como sinônimo de criminoso ou louco, atualmente a definição sintetizada do que seja a psicopatia deriva de contribuições teóricas que foram propostas originalmente sobre o construto com base em estudos empíricos, abrangendo três importantes dimensões, de acordo com Savazzoni (2016):

• Indivíduos que possuem um estilo interpessoal arrogante e enganador, que inclui charme superficial ou desinibição, além de um grandioso senso de autoestima e egocentrismo. Têm na enganação, manipulação, trapaça e mentira seus princípios artifícios;

• Indivíduos com deficiência na experiência afetiva, com pouca capacidade de sentir empatia, culpa ou remorso. Demonstram afeto superficial, são insensíveis e têm uma consciência fraca, não aceitando ser responsabilizados por suas ações;

• Indivíduos com estilo de comportamento irresponsável ou impulsivo, incluindo um estilo de vida parasita (hábitos de trabalho insatisfatórios e dívidas, por exemplo), falha em pensar antes de agir, impulsividade, falta de metas em longo prazo, busca contínua por emoção e tédio.

Sob tal perspectiva, segundo Savazzoni (2016), seguindo as ideias de estudiosos do tema, como Cleckley (1941/1988) e Hare (2003), pode-se afirmar que a psicopatia abrange sempre comportamentos de caráter antissocial, muito embora nem todos comportamentos que se enquadrem nessa definição possam ser atribuídos à psicopatia.

Morana (2004), por sua vez, leciona que a psicopatia pode ser compreendida a partir de dois aspectos básicos, quais sejam, o descritivo e o psicodinâmico.

Sob o ponto de vista descritivo, a psicopatia é um transtorno de personalidade que tem consequências tanto sociais como interpessoais, manifestas no comportamento do indivíduo, que adota condutas não empáticas, espoliativas e antissociais. Já do ponto de vista psicodinâmico (intrapsíquico), na psicopatia ocorrem alterações na estrutura da personalidade, principalmente em questões relacionadas ao narcisismo, fazendo com que o indivíduo estabeleça uma relação autocentrada e distorcida com as normas sociais, com os afetos e com as outras pessoas (MORANA, 2004).

Já Mecler (2015), em sua obra “Psicopatas do cotidiano”, apresenta as classificações de transtornos de personalidade segundo a 10ª Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), editado pela Associação Americana de Psiquiatria.

Pela CID-10, são oito os transtornos específicos de personalidade existentes:

• paranoides (indivíduos que têm suspeitas infundadas de estarem sendo enganados, maltratados ou explorados; nutrem injustificada preocupação com lealdade de colegas e amigos, não sendo capazes de confiar em ninguém);

• esquizoides (indivíduos

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