RESENHA DO LIVRO OPERAÇÃO IMPERADOR
Por: Yasmimrcorrea • 28/7/2022 • Resenha • 640 Palavras (3 Páginas) • 142 Visualizações
RESENHA DO LIVRO OPERAÇÃO IMPERADOR
Aluna: Yasmim Rebuli Corrêa
A presente obra, escrita pelo professor Claudio Madureira, é ambientada, em suma, em uma operação anticorrupção da polícia do estado do Espírito Santo, envolvendo, diretamente, secretarias de governo do estado, assessores e senadores em face de um empreendimento de extração de petróleo em Anchieta.
Inicialmente, cumpre destacar que a obra se inicia nas salas do curso de Direito da UFES,
sob o protagonismo do Professor de Direito Penal defensor de um direito penal mínimo, Antônio Junqueira e os alunos Pedro Alcântara, Álvaro Machado, e Jorge Peçanha. Álvaro Machado é de origem humilde, já tendo sido vítima de inúmeros preconceitos, ao passo que Jorge Peçanha e Pedro Alcântara são amigos de infância e possuem condições financeiras razoáveis.
Em suas formações, Álvaro Machado se tornou estagiário do professor Antônio Junqueira, até se constituir um grande advogado, ambicioso e influente, com escritório situado no Palácio do Café. Já Pedro Alcântara se tornou juiz da Vara da Fazenda Pública, e Jorge Peçanha tornou-se Procurador de Justiça.
A história segue com a figura do assessor de um Senador, chamado de Maurício Pessoti. De grande influência em Brasília, se utiliza de sua comunicabilidade privilegiada para angariar recursos em conluio com empresários do ramo de refinarias, no tocante a uma possível obra em Anchieta, se utilizando também da figura do Secretário Fábio Magalhães, do engenheiro Rogério Lombardo e do advogado Álvaro Machado.
Ocorre que em um dado momento, o referido empreendimento sofre problemas de licença na junta comercial do Espírito Santo, em virtude de impedimentos de ordem financeira por dívidas do Engenheiro. Nesse contexto, o advogado Álvaro Machado tenta se utilizar do seu coleguismo com o juiz Pedro Alcântara para desfazer os imbróglios, sendo que, jurisprudencialmente, a referida liminar possuía embasamento legal. Nesse meio tempo, o Senador cujo assessor era Maurício Pessoti faleceu, vindo este a perder o cargo de assessoria e uma investigação ser instaurada. Tão logo, foi notabilizado a referida ligação entre os personagens, se deflagrando a operação imperador.
O advogado, o secretário e o engenheiro fogem antes da expedição do mandado de prisão para uma ilha, encontrando-se com Maurício, enquanto o Juiz Pedro Alcântara é inocentemente preso. Na ilha, em um jantar, Maurício envenena e mata Álvaro, Rogério e Fábio. Ocorre que Álvaro Machado deixa uma carta explicando toda a situação para a esposa, bem como inocentando o Juiz Pedro Alcântara.
Em seus dias na prisão, o juiz se vê pesaroso, questionando seu caminhar como profissional. Ao comparecer perante o tribunal, abre mão de sua defesa por acreditar que nada do que fale irá provar sua inocência, se encontrando, no referido julgamento, como membro do ministério público, o procurador e ex-colega de sala Jorge Peçanha.
Acompanhando o caso pelo apelo midiático, o professor Antônio Junqueira se constitui como advogado do juiz e tão logo recebe a carta da esposa de Álvaro Machado, que inocentava Pedro Alcântara e dava detalhes preciosos acerca do caso. Após a entrega do documento, o professor Antônio Junqueira prepara uma viagem à Marataízes, juntamente com uma amiga, ex-jornalista, de nome Luciana e de Pedro Alcântara para que conseguissem, juntos, pensar melhor no caso.
O professor então busca acionar o estagiário do advogado Álvaro Machado, que havia presenciado, de plano de fundo toda a história que concerne à operação imperador, sendo que, por uma coincidência, este foi localizado na viagem. Dessa maneira, o Juiz Pedro Alcântara pôde provar sua inocência em um discurso performático veiculado midiaticamente, buscando demonstrar como o linchamento público pode ser cruel e perturbador.
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