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ROTEIRO INSTRUTIVO DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA

Por:   •  20/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.435 Palavras (14 Páginas)  •  306 Visualizações

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ROTEIRO INSTRUTIVO DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA

O presente roteiro instrutivo de uma pesquisa visa a fornecer ao leitor uma sequência de informações que correspondem às diversas etapas necessárias para o desenvolvimento de um trabalho científico, desde a fase de germinação até a de apresentação e exposição. Assim, o que se encontrará versado neste tópico são as diversas etapas, descritas minuciosamente, de construção da pesquisa científica.

A organização da pesquisa dá-se por etapas, seguindo-se uma sequência elementar que costuma observar a seguinte estrutura, partindo do estado de desconhecimento do tema até sua mais desenvolta compreensão: A) escolha do tema de pesquisa; B) levantamento do material de pesquisa; C) leitura preliminar desse material; D) formulação do projeto; E) leitura e exegese aprofundada do material de pesquisa; F) redação do trabalho. Esse esquematismo básico pode estar entremeado por outras fases, inclusive necessárias para determinados tipos de pesquisa, que somente vêm a rechear ainda mais a estrutura mínima a partir da qual se desenvolve a pesquisa científica. De qualquer forma, é este o minimum do qual se parte para a descrição, etapa por etapa, do desenvolvimento de uma pesquisa científica, como a seguir se faz.

 

1. Fase exploratória da pesquisa

• Identificação de preferências pessoais por área de conhecimento: no momento de reflexão acerca das preferências pessoais, deve-se proceder de modo a selecionar aquilo que corresponderá a uma identificação do pesquisador com o objeto de pesquisa372. Todo esforço de pesquisa retrata um empenho de conhecimento, que será tanto melhor e maior quanto maior afinidade houver entre o pesquisador e o objeto de pesquisa. Toda pesquisa corresponde a um envolvimento do pesquisador com aquilo que está sob a mira de sua análise. Nessa identificação, muitos fatores estão concorrendo ao mesmo tempo; além da afinidade com a área, da desenvoltura com questões da área, do relacionamento profissional e/ou prática com a questão temática, da instigação científica, do inconformismo teórico, da vontade de trazer algo novo ao setor, muitas vezes a escolha da área vem determinada pela carência de estudos no setor. Cumpre ao pesquisador, juntamente com seu orientador, por vezes auxiliado por profissionais da área, depurar essa sensibilidade de saber identificar sobre qual objeto de pesquisa haverá de se deter.

• Escolha do campo de pesquisa e do método respectivo: superada a fase de identificação da afinidade com este ou aquele grupo de disciplinas, deve-se proceder à avaliação do campo de pesquisa a ser enfrentado, bem como à seleção dos métodos disponíveis para o tratamento do problema. Para os grupos de disciplinas das ciências naturais, normalmente, os testes laboratoriais, as análises microscópicas, a observação de reações físico-químicas... são pontos de apoio metodológico para o tratamento do campo de pesquisa. Para os grupos de disciplinas das ciências humanas, há que ressaltar a importância da leitura de textos bibliográficos, o exame de estatísticas oficiais, o levantamento de documentos históricos, o estabelecimento de hipóteses373., a interpretação de normas administrativas ou jurídicas, a seleção de jurisprudências e decisões, a coleta de opiniões e entrevistas... como recursos disponíveis para a abordagem do problema. Essa escolha é determinante para os resultados de pesquisa.

• Determinação da especificidade do assunto a ser tematizado e identificação da exequibilidade do tema: todo assunto a ser abordado pertence a um gênero de estudos, o qual deve ser conhecido pelo pesquisador. No entanto, feita a escolha da área de conhecimento, do campo de pesquisa e da metodologia, deverá o pesquisador desenvolver esforços no sentido de alcançar o máximo possível a especificidade do objeto de pesquisa. Partindo do grande gênero de conhecimento em direção ao tema de trabalho, procede-se do geral para o particular, do abrangente ao específico (direito civil → responsabilidade civil → reparação civil por danos morais → quantificação do dano moral → critérios jurisprudenciais para a quantificação do dano moral). O assunto eleito para ser abordado carece de especificação, da descrição de sua importância, de detectação de seu contexto e da metodologia de tratá-lo, reduzindo-o a um problema a ser debatido. Isso determina a própria exequibilidade do tema, pois de nada adianta formular uma pesquisa extremamente abrangente e ampla sem que seja possível alcançar seus resultados, coletar e ler toda a bibliografia que abrange, drenar as múltiplas informações sobre o tema... Assim, na determinação da escolha do tema, deve-se praticar um corte metodológico que permita que a especificidade e o aprofundamento façam frente à generalidade e à superficialidade.

• Coleta de dados, informações e levantamento bibliográfico preliminar de tratamento do tema: corresponde ao levantamento de dados relevantes para o tratamento do tema, ou seja, à coleta de todas as informações disponíveis e acessíveis das quais pode se servir o pesquisador acerca do tema, podendo-se identificar: a) dados primários: nunca antes coletados: amostras; consulta de documentos oficiais e/ou originais; observação; entrevistas...; b) dados secundários: já coletados e documentados: bibliografia... A fase de coleta de dados está entremeada à própria fase de conhecimento e escolha do próprio tema, isto porque se inicia a tatear um determinado tema procedendo à leitura e à coleta de materiais sobre ele, na medida do interesse despertado. Não é qualquer tipo de dado que pode ser aplicado a uma pesquisa científica, devendo-se, durante a escolha das fontes de pesquisa, determinar a origem da informação, a oficialidade da informação, o veículo de divulgação da informação... É a partir desse inventário de dados e informações que surgirão as ideias para a construção (analítica, crítica, exegética...) do trabalho científico.

• Elaboração do pré-projeto de pesquisa: formação de um esboço preliminar de trabalho, ainda em estado rudimentar, com as principais intenções de trabalho, e as principais linhas daquilo que corresponderá à investigação e à pesquisa propriamente ditas. Nesse pré-projeto já deverão estar identificadas as linhas mestras de trabalho, a bibliografia lida, os problemas e preocupações despertados pelo tema de pesquisa e possíveis sugestões de título para a identificação do trabalho científico. Trata-se aqui de um ponto de partida, de uma referência mínima a partir da qual se deve iniciar o processo de formalização da pesquisa, que deve caminhar lenta e organizadamente.

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