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Resenha crítica do filme Ponte dos espiões e o sistema acusatório

Por:   •  27/11/2019  •  Resenha  •  684 Palavras (3 Páginas)  •  366 Visualizações

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Resenha do filme Ponte do Espiões X sistema acusatório

Através de uma performance provocante e contestadora o filme Ponte dos Espiões alerta e apresenta palco para debate a respeito de um conjunto de circunstâncias éticas e sociais da problemática do julgamento no sistema penal em um país Democrático, levando em conta os princípios do sistema acusatório. O filme de Steven Spielberg, é considerado do gênero drama, suspense e histórico, sendo assim, baseado em alguns fatos reais, e tratado na época da Guerra Fria.

Logo, o filme se passa em 1957 neste cenário de intensos conflitos entre Rússia e Estados Unidos, a um advogado atuante na área de Seguro, James Donovan, é convidado pelo Tribunal Federal para defender um suposto espião da União Soviética, um senhor de idade chamado Rudolf Abel. Como pressuposto de que o Sistema judiciário não condene sem um julgamento justo Donovan aceita entrar em defesa de Abel, tendo em vista que toda a sociedade, a mídia e assim como o juiz já possuía a ideia formada de condenação ao Réu, ele sofre sérias dificuldades para que se consiga um veredicto de forma íntegra, sobre está questão da interferência midiática em julgamentos é tratado de forma bem inteligente pelo autor Carnelutti(2013) quando ele diz que

“(...) a invasão da imprensa. Que precede e persegue o processo com imprudente indiscrição e não de raro descaramento, aos quais ninguém ousa agir, tem destruído qualquer possibilidade de juntar-se aqueles aos quais incumbe o tremendo dever de acusar, de defender e de julgar. As togas dos magistrados e dos advogados, assim, se perdem na multidão.”.

Nessas circunstâncias, já se pode inferir que um princípio do sistema acusatório já tenha sido ferido, uma vez que o juiz não se mostra imparcial no julgamento, podendo-se perceber no momento inicial em que se reúnem o magistrado, o promotor e Donovan, este que pede ao juiz um prazo maior para avaliar as provas do processo e é negado alegando já ter como fim ao réu a condenação. Outra cena, que merece destaque para se analisar, também numa reunião entre os três o advogado, alega que existe ilegalidade no mandado de busca executado no quarto do hotel de Rudolf Abel. Todavia, o Juiz de forma antiética, adverte-o e ratifica o procedimento ilegal e arbitrário, pelo fato de o magistrado considerar para este caso que as garantias processuais devessem ser opostas, senão nenhuma, ocorrendo que já considera o Réu um inimigo aos interesses do povo dos Estados Unidos. Observando-se que nesta cena, atinge os princípios do réu como sujeito de direitos e proibição de prova ilícita, de acordo com a teoria da árvore envenenada.

Sendo assim, ao decorrer do filme e do julgamento coloca-se em evidência, um momento em que um agente da CIA questiona Donovan a respeito dos segredos obtidos por ele em contato com o suposto espião soviético, contudo o advogado mantém-se firme e preserva o direito do sigilo profissional, advertindo que todos devem estar submetidos a Constituição. Após, todos esses contratempos, é verificado que Powers, um espião americano é aprisionado, sofrendo ele seus direitos ao ser várias vezes torturado. Então, a Cia propõe a Donovan para ir a Berlin negociar o resgate de Powers em troca da libertação do prisioneiro soviético. Que, com várias estratégias e argumentos o advogado

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