Resenha do Filme Quanto Vale ou é Por Quilo
Por: mylle silva • 7/5/2020 • Resenha • 481 Palavras (2 Páginas) • 389 Visualizações
Resenha do filme: Quanto vale ou é por quilo.
O filme dirigido pelo brasileiro Sergio Bianchi traz uma analise critica em torno da sociedade colonial e a atualidade, fazendo uma comparação entre a exploração e comercio dos escravos no período colonial e a exploração da miséria feita pelo marketing social nos dias de hoje.
Podemos observar que a todo o momento o filme gira em torno do capitalismo, é notório a desvalorização e a falta de oportunidade de emprego pra ex-escravos em determinado momento do filme uma negra alforriada, após ver um de seus negros serem levado pelo capitão do mato a mando de um senhor branco corre com os papeis em mãos buscando seus direitos porem esse senhor pega e rasga os papeis demonstrando que isso não fazia diferença, pois pela cor de pele dela naquele momento da sociedade não fazia diferença, ou seja, não havia direitos pelos quais ela devesse lutar.
Outro momento importante do filme trata-se de um jovem que vai ser pai, porém se vê sem oportunidade de empego e acaba virando matador de aluguel, isso nos dias atuais nos traz a marginalização nos mostrando que mesmo após a abolição da escravidão muitas pessoas ainda vivem dessa forma sendo tratados como mercadoria ou simplesmente usados. Muitas vezes sem ver uma oportunidade muitos jovens da periferia acabam entrando no mundo do crime por falta de oportunidade, não tendo uma base educacional solida acabam se vendo sem saída.
Outro ponto importante trata-se da construção de um presidio, com fins capitalistas para geração de renda local, pois os visitantes gastaram com alimentação e transporte, feito uma analogia como o sistema carcerário com o navio negreiro onde mantinham os escravos alimentados para utilizarem sua mão de obra, frase dita por um dos personagens que visa enfatizar o sistema capitalista, “liberdade para consumir, essa é a verdadeira funcionalidade da democracia”.
Nos dias atuais pouco é feito apenas por solidariedade ao próximo, todos buscam de alguma forma tirar proveito de uma situação ruim para superfaturar, a fim de buscar sua própria recompensa é o caso da ONG, apresentada no filme, onde se desejava implantar uma sala de informática na periferia, porem os empresários que participavam desse projeto queria apenas lucrar.
Até hoje, em pleno século 21, parte significativa do povo brasileiro não tem acesso a benefícios sociais e ao direito de ter uma vida de melhor qualidade. Os negros continuam a ter os piores empregos, a morar nas periferias, nas favelas. Seus empregos são os mais insalubres, os mais perigosos e mal pagos, continuam sendo vítimas do racismo, porque, vivemos em uma sociedade desigual, onde a maioria não se importa com o bem do próximo, onde a cor da pele é motivo de desconfiança, de preconceito. Não podemos nos acostumar com injustiças da nossa sociedade, deveríamos nos colocar no lugar do outro e entender o quão difícil é viver em uma sociedade desigual, preconceituosa e corrupta.
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